segunda-feira, 22 de setembro de 2014

LEWANDOWSKI ASSUME PRESIDÊNCIA A PEDIDO DE DILMA


:
Apenas 13 dias depois de tomar posse como presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski será presidente da República até quinta-feira, 25; pedido foi feito pela presidente Dilma Rousseff, que embarca nesta terça-feira, 23, junto com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para Nova York, onde discursará na abertura da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na quarta-feira, 24; presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Alves (PMDB) e Renan Calheiros respectivamente, estão impedidos de assumir o posto por compromissos eleitorais; Lewandowski consegue feito que nem Joaquim Barbosa conseguiu nos seus dois anos de presidência do STF; último quadro do Supremo a receber a missão foi Marco Aurélio de Mello, em 2002

247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, assumirá a Presidência da República até quinta-feira, 25. O pedido foi feito pela presidente Dilma Rousseff, que embarca nesta terça-feira, 23, junto com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para Nova York, onde discursará na abertura da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na quarta-feira, 24.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que o Executivo enviará ainda nesta segunda-feira mensagem ao Congresso Nacional informando que o ministro Ricardo Lewandowski, o quarto na linha de sucessão, assumirá o comando do país nos próximos dois dias.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), não pode assumir o cargo, porque é candidato ao governo do Rio Grande do Norte. Assim como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), porque seu filho disputa o governo de Alagoas.
Com apenas 12 dias como presidente do Supremo, ministro Lewandowski consegue feito que nem Joaquim Barbosa conseguiu nos seus dois anos de presidência do STF. O último quadro do Supremo a receber a missão foi Marco Aurélio de Mello, em 2002. Além de Marco Aurélio, já assumiram a chefia do Executivo os ministros José Linhares, em 1945, Moreira Alves, em 1986, e Octavio Gallotti, em 1994.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/154367/Lewandowski-assume-Presid%C3%AAncia-a-pedido-de-Dilma.htm

Nosso documentário sobre o “Helicoca” viralizou



Postado em 22 set 2014
E o “Helicoca”, nosso documentário sobre a apreensão de 445 quilos de pasta base de cocaína num helicóptero da família Perrella, personagens conhecidos da política de Minas Gerais, está batendo na casa dos 100 mil views.
Foi parte do nosso segundo projeto de crowdfunding — ou seja, patrocinado por nossos leitores. O primeiro foi sobre o impacto do programa Mais Médicos em Melgaço, interior do Pará, a cidade com IDH mais baixo do Brasil.
Há mais um em gestação, sobre o escândalo da sonegação fiscal da Globo. Aqui os detalhes. Outros virão.
O crowdfunding é uma ferramenta cada vez mais estabelecida no mundo. Totalmente transparente, depende do que pode haver de mais precioso: as pessoas que acreditam na causa.
Projetos jornalísticos, livros, shows, exposições, filmes — há vários exemplos bem sucedidos no país e no exterior.
Recentemente, Dave Grohl, líder da banda Foo Fighters, disse que esse tipo de iniciativa “muda o jogo. Se as pessoas querem que toquemos em algum lugar, nós iremos”. O Foo Fighters se apresentou em Richmond, na Virginia, depois que os fãs organizaram um financiamento coletivo para o show.
O DCM agradece a todos os que contribuíram — e também aos nossos parceiros do Catarse, o site no qual os projetos são hospedados.
Nos últimos dias, o Catarse se manifestou a respeito da liminar determinando a retirada de três matérias sobre o Helicoca.
De acordo a juíza Mônica de Cassia Thomaz Perez Reis Lobo, somos obrigados a “suspender a publicidade [sic] das notícias veiculadas no site” sob pena de pagar mil reais de multa por dia.
“Todo o nosso apoio ao Diário do Centro do Mundo, realizador exemplar da categoria de Jornalismo do nosso site”, postou o pessoal do Catarse no Twitter.
A censura, paradoxalmente, nos faz ter a certeza de que estamos no caminho certo. Temos mais histórias para contar, histórias que consideramos importantes para a sociedade. A julgar pela boa receptividade, bastante gente quer nos ouvir.
Conte conosco para contá-las.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas. 

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/e-o-nosso-documentario-sobre-o-helicoca-o-helicoptero-flagrado-com-500-kg-de-po-chegou-a-100-mil-views/

Para Folha quem "matou" Patrícia Poeta é mais importante do que a sonegação fiscal da globo


Postado em 22 set 2014
PP
PP
Engraçada a Folha.
No assunto sério em que deveria investigar a Globo – o caso da sonegação – fica muda, acoelhada.
Num assunto irrelevante que não vai mudar a vida de ninguém – a substituição de Patrícia Poeta no Jornal Nacional – produz textos em copiosas quantidades, tanto no jornal como no UOL.
A última especulação apareceu hoje no UOL, pelo colunista de tevê Daniel Castro. Segundo ele, João Roberto Marinho teria mandado tirar Patrícia Poeta pelo desempenho nas entrevistas com Dilma e Marina.
Com Dilma, o pecado teria sido falar pouco, pelo menos diante da loquacidade febril de Bonner. Ora, não foram combinadas as perguntas entre Bonner, PP e seus chefes? Ou alguém acha que houve improviso?
Se fosse este o motivo, Chico Pinheiro deveria estar tremendo agora. Na entrevista de Dilma para o Bom Dia Brasil ele foi um figurante masculino num duelo particular entre Dilma e Míriam Leitão. Se PP foi apagada, que dizer de Chico, a quem ninguém deu a palavra apesar dos pedidos constantes durante a entrevista?
(Míriam Leitão, em certo momento, parecia convencida de que os telespectadores estavam mais interessados nela do que em Dilma.)
Todos os entrevistadores da Globo se sentirão ameaçados daqui por diante, se o que vitimou PP foi ter falado pouco na sabatina presidencial. “Será que eu fiz perguntas o suficiente?”, se perguntarão.
Tenho para mim que quem acredita na versão que apareceu no UOL acredita em tudo. É virtualmente impossível que PP tenha sido tirada pelas entrevistas com Dilma e Marina.
Mesmo que João Roberto Marinho tenha dito isso, não faz sentido. O mesmo João Roberto me disse, quando Juan Ocerin foi demitido da Editora Globo, que a razão fora a nacionalidade de Juan. Juan era espanhol. Ora. Ele era espanhol desde que nascera, e então ele seria demitido por isso?
Patrões falam qualquer coisa para se livrar de um assunto incômodo como demissão.
Outra especulação da Folha, esta de Ricardo Feltrin, aponta para a queda do Ibope desde que PP assumiu, há três anos. Não faz o menor sentido. Se a queda do Ibope fosse um fator para mandar gente embora do Jornal Nacional, a redação estaria vazia.
Bonner teria sido despedido. Ali Kamel também. E os próprios irmãos Marinhos teriam pensar a respeito de sua competência.
No início da década de 90, quando Roberto Marinho já não tinha condições de tocar o negócio e os herdeiros assumiam papel maior, a audiência do JN estava na casa de 50%. Hoje, luta para se manter em  20%.
Mas o problema aí está vinculado à progressiva transformação da tevê aberta numa mídia de segunda linha, sob o impacto da internet. Patrícia Poeta pode ser culpada de muitas coisas, mas não da perda de audiência do JN.
É fatal que dentro de um ano o Ibope do JN seja ainda menor do que o atual, e a substituta de Patrícia Poeta não terá culpa nenhuma nisso. Os espectadores estão na internet: este o ponto.
A única coisa efetivamente complicada, do que se falou de PP, é o apartamento de 12 milhões de dólares que ela estaria comprando. Não é uma cifra para jornalistas como Patrícia e seu marido, Amauri Soares. Definitivamente, não é.
No Reino Unido, a casa de Thatcher em Belgravia, o bairro mais chique de Londres, foi notícia quando ela morreu. Chamou a atenção da mídia o fato de Thatcher ter uma casa avaliada à época em 8 milhões de libras, mais ou menos o preço do apartamento de PP.
E Thatcher, terminado o seu mandato, ainda teve tempo para ser uma das palestrantes mais caras e requisitadas do mundo. Fora isso, vendeu os direitos de sua autobiografia por alguns milhões de dólares. A não ser por coisas como herança ou sorte na loteria, jornalistas não costumam ter meios para comprar apartamentos de 12 milhões de dólares.
Quem passou essa informação para o jornalista Lauro Jardim, da Veja, fez isso com o deliberado intuito de queimar Patrícia Poeta. Poucos dias depois de publicada a notícia, foi anunciada a saída de Patrícia Poeta.
Num esforço para abafar especulações, Bonner chegou a postar no Twitter uma foto em que aparecia entre PP e a sua substituta, Renata Vasconcellos. Os três riam. O detalhe é que era uma foto velha.
O único mistério deste caso, se existe algum, é o papel do apartamento na história.
A pergunta essencial é: de onde vem o dinheiro, caso seja real o negócio? Entendo que, pelo bem de sua reputação, ela própria deveria esclarecer isso.
Esperar que a Folha investigue alguma coisa aí é o chamado triunfo da esperança sobre a experiência.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quem-matou-patricia-poeta/

Médico de família 'dirige Chevette e namora Creisom' em apostila para concurso

Médicos de família e comunidade estão no centro de programas de governo e propostas para a saúde
"Ao ouvir as histórias dos amigos, você ficava triste: os dermatologistas, todos bem de vida (...); o pessoal da cirurgia plástica chegando de carro importado e você caladinha, envergonhada de estar em um fim de mundo, dirigindo seu Chevette hatch, ano 87, com três calotas, e namorando Creisom, motorista da ambulância do seu município...".

Esta é a descrição de um hipotético encontro de colegas de Medicina que aparece em uma apostila do Medcurso, o principal curso preparatório para concursos médicos no Brasil. A situação descrita acima introduz uma série de perguntas sobre a atenção básica de saúde. A "motorista do Chevette", que aparece envergonhada, é uma médica que optou por atuar em um Posto de Saúde da Família (PSF) em uma cidade do interior. O material do curso preparatório chega a dizer ainda que líderes de esquerda como Hugo Chávez e Evo Morales seriam os "heróis" dos médicos que trabalham com atenção básica.

A apostila ilustra a imagem que médicos de família e comunidade — que atuam majoritariamente no SUS e em postos de saúde — têm entres os profissionais de Medicina no Brasil. Apesar de estarem no centro de programas de governo — como o Mais Médicos — e das propostas de candidatos à Presidência para a saúde, os médicos de família são ainda uma especialidade pouco conhecida da população e pouco procurada dentro das escolas de Medicina: dos cerca de 390 mil médicos no país, apenas cerca de 4 mil são médicos de família, cerca de 1% do total.

Profissionais que optaram pela especialidade relatam sofrer preconceito entre professores e colegas, apesar da importância da categoria no atendimento aos problemas de saúde mais básicos que afetam os brasileiros. "Sou formado há 12 anos e aconteceu em vários momentos em encontros de turma de me perguntarem quando farei uma especialidade de verdade", disse Rodrigo Lima, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, à BBC Brasil.

"Eu já tive muitos alunos que chegaram a relatar: 'Eu tenho vontade de ser médico de família, mas não sei como minha família encararia isso, não sei se vou conseguir convencê-los'. Para um aluno de 20 anos é difícil resistir à pressão de ter que ter o carro do ano, ser muito bem sucedido financeiramente. É o ideal que a sociedade tem do que é ser médico."

Desvalorização

O Programa de Saúde da Família — criado durante o governo Fernando Henrique Cardoso — tem o objetivo de oferecer atendimento primário de saúde, que procure prevenir e resolver a maior parte dos problemas em determinado território sem a necessidade de encaminhamento para hospitais especializados. A estratégia foi ampliada durante os governos do PT.

Nos postos de saúde e unidades básicas, uma equipe de médicos, enfermeiros e agentes comunitários deve acompanhar até quatro mil pessoas — desde crianças até idosos. O bom funcionamento do modelo, que também é adotado por países como Inglaterra, Canadá e Austrália, ajudaria a evitar a superlotação de emergências e hospitais, um dos principais gargalos do atendimento médico no país.

Na prática, no entanto, os profissionais relatam unidades com demanda mais alta do que o previsto, condições precárias de trabalho, falta de materiais básicos para o atendimento e dificuldade de completar as equipes médicas.

"Os Postos de Saúde e Unidades Básicas de Saúde hoje não dão conta da demanda por uma série de razões. Então o que temos hoje é uma rede enorme de serviços que não conseguem resolver os problemas e cria nas pessoas a ideia de que 'o postinho não resolve, o melhor é o hospital'", diz Rodrigo Lima.

Além do Mais Médicos, que contratou profissionais brasileiros e estrangeiros para complementar equipes de saúde da família em todo o país, a formação de profissionais dispostos a atuar na atenção básica também foi alvo de diversas estratégias durante os governos Lula e Dilma. Entre elas, a mudança no currículo de Medicina — que passou a exigir que os alunos frequentem postos de saúde desde o início do curso, e o estímulo à abertura de mais programas de residência da especialidade no país.

Muitos desses programas, no entanto, não conseguem preencher boa parte das vagas, segundo a SBMFC. Para os médicos, é um sinal de que os estudantes precisam de mais estímulo para seguirem a carreira. O salário é considerado um dos fatores que desestimula os médicos — eles ganham em média R$ 8 mil, contando com bonificações oferecidas pelas prefeituras para complementar os salários.


"Nos últimos anos, o governo teve iniciativas que foram interessantes, mas não suficientes. Se você não botar dinheiro no bolso do cara para que ele pague as contas, ele não vai ficar", disse Paulo Klingelhoefer de Sá, médico de família e coordenador do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), à BBC Brasil.

Apostila de curso preparatório para médicos
fala em "vergonha" de médicos de família
"Os alunos falam isso na minha cara. Eu os coloco na atenção primária desde o começo do curso. Eles acham muito legal, ficam com pena da população, mas escolhem outro caminho. Escolhem fazer oftamologia, radiologia, dermatologia. Dizem que medicina da família é coisa para pobre."

Os três candidatos melhor colocados nas pesquisas sobre a disputa pela Presidência, Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves, mencionam a "ampliação" da Estratégia de Saúde da Família em seus programas de governo e a "valorização" dos profissionais de saúde que atuam no serviço público. Dois deles, Marina e Aécio, falam especificamente da criação de uma carreira para médicos no SUS.

'De esquerda'

Segundo relatos colhidos pela BBC Brasil os médicos de família costumam ser vistos — até mesmo pelos pacientes — como profissionais de qualidade inferior, discriminados por receberem salários mais baixos em relação aos colegas e por serem considerados "de esquerda".

Nas situações criadas para as perguntas sobre saúde da família, a apostila do Medcurso chega a dizer que "Evo Morales e Hugo Chávez passam a ser heróis" da personagem que começa a trabalhar em um Posto de Saúde da Família.

"Achamos que não valia a pena nos pronunciarmos publicamente sobre a apostila, mas ele contribui com esse estigma social de que o médico de família é um médico inferior, que 'não presta para nenhuma especialidade'. Isso é de uma ignorância incrível", diz Rodrigo Lima.

"Nesse cenário desfavorável, nas faculdades os alunos que se aproximam da área geralmente são os que se incomodam mais com a questão da igualdade, algo que costuma ser associado à esquerda. Mas isso também não é regra, conheço muitos médicos de família que são de direita". afirma.

Até a publicação desta reportagem, o Medgrupo, que produz as apostilas do Medcurso, não havia respondido ao pedido de resposta da BBC Brasil.

Camilla Costa
No BBC Brasil

http://www.contextolivre.com.br/2014/09/medico-de-familia-dirige-chevette-e.html

De como se prepara a ressurreição de Aécio Neves


22 de setembro de 2014 | 17:56 Autor: Fernando Brito
dois
Quem acompanha este blog sabe que seu autor só fica “quieto” assim por completa falta de condições físicas de trabalhar e focar o pensamento.
Mas, mesmo quieto, dá para vez que começou um movimento de “chororô” na direita com os resultados das próximas pesquisas.
Lauro Jardim, como já mencionei aqui, aventa uma “conspiração” entre Dilma e Aécio para apresentar uma queda de Marina.
Ainda que desejassem, parece que será desnecessário.
Como diz o insuspeito Rodrigo Constantino, pit-bull da direita hidrófoba, “vem pesquisa ruim aí”.
É o que ele depreende da enésima crise especulatória da Bolsa de Valores, que o rapaz defende, dizendo que “ não é um grande cassino como alguns dizem, e sim um instrumento de antecipação de expectativas de milhares de investidores atentos”.
E essa turma mergulhou tanto de cabeça nas tais “antecipações de expectativas” que quebrou a cara, por achar que era dona do voto popular.
Constantino está tão furioso que sobra até para Aécio:
“O mercado está nos dizendo que a tática pérfida do PT de bater pesado em Marina surtiu efeito. Para piorar, o próprio candidato tucano fez coro aos ataques, ainda que de forma mais civilizada. O período de “desconstrução” de Marina Silva, somado aos boatos espalhados e ao terrorismo eleitoral, acabou por reduzir sua chance de vitória.”
Quem tem mais de 30 anos de convívio com esta turma não baixa a guarda.
As lágrimas por Marina não duram uma semana.
Se der, daqui a dias Aécio é de novo o homem para somar e “expelir o PT”, ao menos no raciocínio doentio deste pessoal.
O “probleminha” é que não dá para mexer muito nos índices de Dilma e a “ressurreição” de  Aécio terá de ser providenciada com cortes significativos dos números de Marina.
E, em si, isto não é difícil, porque é perceptível o seu encolhimento.
E aí, tome mídia…
O fato é que hoje a eleição fica apertada demais para Aécio e Marina. Um dos dois terá de morrer eleitoralmente para que haja segundo turno.
E, escrevam aí: as coisas caminham para que seja Aécio quem vá ao confronto final.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=21425

Dilma em MG: "Não só tenho propostas, como elas são concretas, quantitativas e qualificadas"

Durante entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (22), em Ribeirão das Neves (MG), a presidenta Dilma Rousseff falou sobre mobilidade urbana, segurança pública, Dia Mundial sem Carro e apresentou também suas propostas reais de governo. 
Dilma afirmou que, anteriormente, pouco se investia em transporte urbano, mas agora essa realidade mudou drasticamente. O governo federal investiu R$ 143 bilhões em obras de mobilidade urbana em todo o país, como os 658 km de trilhos, 3.204 km de BRTs e corredores exclusivos, 20 km para o transporte fluvial, nove metrôs, cinco novos trens interurbanos, três monotrilhos, 13 VLTs e dois aeromóveis. "Tudo isso melhora a qualidade de vida das pessoas, pois as pessoas ganham tempo pra desfrutar da vida", diz. 
A presidenta aproveitou para lembrar que a diminuição do papel dos bancos públicos, uma das propostas da candidata Marina Silva, impedirá o andamento das obras. "Essas obras só são viáveis porque o BNDES e a Caixa Econômica são os agentes de financiamento. E o financiamento é feito em condições especiais", explica. 
Quando indagada sobre seu programa de governo, Dilma enfatiza que uma parte dele já é realidade. "Não só tenho propostas, como elas são concretas, quantitativas e qualificadas. Eu não tenho culpa se quem tem programa muda de casaco toda hora. Aí a culpa não é do programa, é da pessoa", diz a presidenta. 
Dilma lembrou também o sucesso que foi a segurança pública durante a Copa. "Em todos os programas eu já tenho mostrado as propostas e o que o governo já tem feito. Sobre segurança pública, por exemplo, a gente tem falado sobre a integração das polícias, coisa que já fizemos na Copa", afirma a presidenta, que citou ainda o reaproveitamento dos centros de comando e controle em todas as cidades sedes da Copa.  
Confira a visita de Dilma em Ribeirão das Neves:

Ouça a coletiva de Dilma em Minas Gerais na íntegra:
http://mudamais.com/daqui-pra-melhor/dilma-em-mg-nao-so-tenho-propostas-como-elas-sao-concretas-quantitativas-e

Uma interrupção a cada 16s: eles não deixam Dilma falar

Se as constantes interrupções de Bonner e Poeta na entrevista de Dilma ao Jornal Nacional, no mês passado, já foram preocupantes, a Rede Globo conseguiu bater o recorde hoje pela manhã. Na entrevista ao Bom Dia Brasil, Miriam Leitão, Ana Paula Araújo e Chico Pinheiro fizeram OITENTA E DUAS interrupções à fala de Dilma durante os 30 minutos e meio de entrevista. Se considerarmos que por mais de 8 minutos desse total a palavra foi dos jornalistas, Dilma foi interrompida, nos pouco mais de 22 minutos restantes, em média, uma vez a cada 16 segundos. É quase o dobro do que ocorrera no Jornal Nacional, quando havia uma interrupção a cada 29 segundos.
A campeã de interrupções é Miriam Leitão, que responde por quase metade das 82. As intervenções dos três jornalistas chamaram tanto a atenção e atrapalharam tanto o andamento da entrevista que Dilma teve que avisar: “Deixa eu acabar de responder, pelo amor de Deus? O debate é comigo, não é?”. Era quase impossível a presidenta concluir seu pensamento, poucas falas não eram interrompidas.
Foi tanta vontade de interromper a presidenta que cenas bizarras chegaram a acontecer,  como a sincronizada interrupção tripla a 18 minutos de entrevista e a interrupção da interrupção, quando a 23min30s, Miriam Leitão pede licença para Ana Paula para poder falar mais um pouco.
A cena é recorrente. Dilma é a entrevistada, mas nenhum jornalista quer ouvir o que ela tem a dizer. Preferem ficar perguntando em círculos, sem ouvir as respostas e ignorando os dados que apresentam os avanços do país. Quase deixam de lado o papel de entrevistadores; viram debatedores.
http://mudamais.com/ruas-e-redes/uma-interrupcao-cada-16s-eles-nao-deixam-dilma-falar

As “erratas” da Globo contra Dilma: uma aula de antijornalismo, por Michel Arbache


Todo o mundo jornalístico já conhece o velho vício do jornalismo de opinião: não deixar ao espectador a chance de pensar; de tecer o próprio juízo sobre determinado assunto. Pois o que deve prevalecer, sempre, é a opinião do dono da mídia. Se, por exemplo, o dono da mídia é a favor da redução da maioridade penal, o telejornal não dará margem ao contraditório. É do jogo – ainda que isto seja perigoso à democracia, já que os donos da mídia costumam comungar as mesmas idéias. E quando isto acontece, é óbvio que a opinião pública refletirá a opinião de meia-dúzia de oligarcas que mandam no país. A despeito de todo esse jogo, o que o ‘Bom Dia Brasil’ (1), da Globo, fez hoje (22/09/2014) com a entrevistada, Dilma Rousseff, foi de uma baixeza comparável com a manipulação do debate em 1989 (2).
Acontece que, em meio à entrevista (que, importante salientar, foi pré-gravada) com a candidata à reeleição, Dilma Rousseff, a entrevistadora Miriam Leitão divergiu de alguns números – como a taxa de crescimento na Alemanha e o índice de desemprego entre jovens no Brasil – ocorrendo uma ligeira discussão. E logo após a entrevista pré-gravada, já ao vivo, a jornalista Ana Paula Araújo fez as “erratas”para deixar claro que Miriam Leitão estava certa e Dilma Rousseff errada nos dois pontos. Se o apuro da emissora com a correção dos números fosse levado à risca todos os dias e em todos seus programas, a blogosfera não precisaria fazer, quase que diariamente, as “erratas” para corrigir os erros da Globo em seus noticiários – e que a emissora jamais se preocupou em corrigir. Ou seja: a Globo é parcial até na arte da truculência.
Talvez a deselegância (ou truculência, como queira) da Globo com Dilma Rousseff sirva de alerta para que a assessoria da presidenta reflita se realmente vale a pena se sujeitar às entrevistas na empresa que faz explícita oposição a ela e seu partido. Pois é pura arapuca. Um dos funcionários da Rede Globo, Jô Soares, por exemplo, cansa de dizer que “já cansei de convidar pessoas do PT ou do governo federal para entrevistas, mas eles negam”. Só não diz por que eles negam. Ora, pegue-se o exemplo da entrevista com o então ministro da saúde Alexandre Padilha ao Programa do Jô (3). Após a entrevista, Jô Soares ficou uma semana lendo mensagens (4) de corporações médicas – contrárias ao programa Mais Médicos - que “desmentiam” dados do ministro – até que, enfim, fosse convidado o presidente do Conselho Federal de Medicina para “anular” a entrevista do ministro (5). Outro exemplo mais recente que bem ilustra o que significa se submeter a uma entrevista na Globo foi o pedido “delicado” de Ricardo Noblat a ninguém menos do que a presidenta da República: “fale um pouquinho menos” (6). Por muito menos, Barack Obama, presidente dos EUA, passou a tratar parte da mídia (como a Fox News) no seu país como oposição (7).
Fontes:
1- Entrevista de Dilma ao Bom Dia Brasil:

2- Boni confessa que Globo manipulou o debate de 1989 para favorecer Collor contra Lula:

3- Jô Soares entrevista Padilha:

4- Jô Soares, uma semana lendo mensagens atacando a entrevista de Padilha:

5- Jô Soares faz entrevista para desdizer a entrevista de Padilha:

6- “Fale menos” – Noblat para Dilma –  a 0:47 do vídeo:

7- Obama trata parte da mídia como oposição:
http://jornalggn.com.br/noticia/as-%E2%80%9Cerratas%E2%80%9D-da-globo-contra-dilma-uma-aula-de-antijornalismo-por-michel-arbache