sábado, 24 de maio de 2014

Por que tanta gente no Enem? Porque as pessoas querem viver melhor.


24 de maio de 2014 | 14:32 Autor: Fernando Brito
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Daqui a pouco serão divulgados os números finais dos inscritos no Exame Nacional de Ensino Médio, o Enem.
E devem ficar em torno de 9,5 milhões.
Um milhão e setecentos mil acima das inscrições do ano passado.
Mais de seis vezes o número de pessoas que se inscreveram há exatos 10 anos.
Não é, obvio, o crescimento do número de jovens, nem mesmo o de concluintes do ensino médio – cerca de 2 milhões por ano – que explica tamanho salto.
Os  fatores são outros.
O primeiro deles, o desejo e a possibilidade de fazer um curso superior para qualificar-se ou requalificar-se profissionalmente.
Possibilidade porque o Brasil superou, em 2012, a  marca de 7 milhões de matriculados em faculdades: 7.037.688, segundo o Censo Escolar do MEC.
Número que, hoje, deve andar perto de 8 milhões, o dobro dos 3,9 milhões de 2003.
São  quase 3 milhões de ingressantes/ano.
Parece muito?
É muito, mas também é pouco, embora seja imensamente mais do que há alguns anos.
Porque o déficit de escolarização superior no Brasil era imenso.
O número de vagas de ingresso nas universidades federais, entre 2002 e 2012 cresceu 124%, uma pena que não se tenha tido o mesmo desempenho nas universidades estaduais que, em 2002, equivaliam à quantidade de ingressantes às federais e, agora, representam apenas a metade. O número de ingressos, nelas cresceu apenas 2,4% em uma década.
No gráfico que reproduzo lá em cima, fica evidente que, apesar dos números fantásticos do Enem, ainda há uma imensa jornada até darmos uma escolarização compatível com os direitos do nosso povo.
E os “analistas”  torcem o nariz para nossos índices de desemprego baixos, alegando que muita gente não está procurando emprego.
Uma parcela deles está lá, nas listas do Enem, já que agora sua estrutura familiar pode “segurar” mais anos de escola e maiores pretensões educacionais.
O país dos bacharéis é como a ilusória “saúde exemplar” dos anos 50, algo de que se tem saudade sem perceber a perversidade que se fazia a milhares de jovens precocemente lançados ao mercado de trabalho.
É apenas uma percepção formada no pequeno mundo de pessoas que, como eu, têm saudades daquela minha velha e boa e querida escola pública dos anos 60, mas que não conseguem compreender que aquele mundo idílico pertencia a menos de 30% das crianças e jovens em idade escolar daqueles tempos.
Para “o resto”, era a exclusão.
Há uma grande dificuldade da elite brasileira – e não me refiro à econômica – em compreender que já não existe lugar – no Brasil ou em qualquer país do mundo que pretenda o desenvolvimento – para a “Belíndia” descrita pelo economista, hoje tucano, Edmar Bacha, ao dizer que éramos, ao mesmo tempo, uma Bélgica e um Índia.
Talvez sejamos, mesmo, hoje, muito mais uma Índia, que vem se encontrando como sociedade de massas apesar e além da sua estrutura de castas.
Que, no final das contas, habita todos nós.
Inclusive os que ascenderam.
Que, pela falta de discurso ideológico, reproduzem o comportamento dos “de cima”, agora que subiram.
E dizem que tudo é ruim, precário, deficiente.
É.
Não é possível repartir sem reduzir, mesmo que se multiplique ao máximo possível o bolo.
Talvez seja esta a grande dificuldade mental do PT.
Que o faz reduzir  tudo a uma questão de indicadores, de renda e de outros avanços sociais;todos fantásticos, é verdade.
Mas a de cair no discurso do “meu amigo, minha amiga” , da fala ao indivíduo.
Não ajudar a perceber que somos um povo, com interesses, desafios e, também, carências que são de todos.
“Povo brasileiro”, como dizia o velho Briza, ou “meu irmão, minha irmã”, quando queria falar diretamente.
Uma família. Um povo. Um organismo que só se desenvolve pelo coletivo.
E numa família onde não se identifica como tal e não há objetivos de todos,   é inevitável que se forme o pensamento dos filhos pródigos.
A ideia da meritocracia,  necessária, não pode ser a única, nem a dominante.
Porque as classes dominantes, de berço ao capital, sempre justificaram seu domínio por isso, por ter méritos.
Embora raramente tenham tido humanidade.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=17644

João Santana: campanha de Dilma será propositiva


24 de maio de 2014 | 15:14 Autor: Miguel do Rosário
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Em palestra para secretários de comunicação do PCdoB, João Santana, coordenador geral da campanha de Dilma Rousseff, vazou algumas estratégias que serão adotadas. Ele explicou, por exemplo, que o conceito de “mudança” está sendo manipulado pela oposição e por analistas da mídia. Explicou que, por trás do termo mudança, há vários filtros: econômico, social, político, partidário, atitudinais, oferta eleitoral.
Esta é a razão, disse Santana, pela qual analistas de mídia não entendem porque o eleitorado quer mudança e ao mesmo tempo diz “estar satisfeito com sua vida” e vota em Dilma.
“O sentimento de mudança é inerente à humanidade”, observou o publicitário. Todo mundo quer mudar, mesmo quem está bem.
Ao ser cobrado pelos participantes sobre se o governo pensa em incluir o tema da democratização da mídia na campanha, Santana ressalvou que não tem “legitimidade política” para responder a essa pergunta, mas admitiu que ficaria “surpreso” se o tema não entrasse, porque o entendimento “hegemônico” na cúpula, incluindo a própria presidenta, é que se trata de um assunto que precisa ser abordado. Lembrou que o ex-presidente tem falado cada vez mais nesse tema, e a própria presidenta já tem mencionado o assunto de vez em quando.
Santana explicou também que a recente propaganda do PT, que tanta polêmica gerou por explorar o sentimento do medo, não será o mote da campanha de Dilma. “Temos o que mostrar”, revelou o publicitário.
Os participantes cobraram fortemente que a campanha da presidenta seja mais próxima das ações espontâneas da internet. Uma das reclamações é a demora da campanha em responder a ataques que a militância identifica rapidamente na internet.
A precariedade da comunicação governamental também foi duramente criticada pelos participantes, tanto diretamente, em perguntas a João Santana, quanto nos bastidores, no café e no almoço. Santana admitiu que o governo falhou neste campo.
Ele assegurou que haverá mais proximidade entre a campanha central de Dilma e a militância na internet. “Temos uma militância na internet muito mais autêntica que a oposição”, lembrou Santana.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=17648

O dilema de Dudu: subalterno de tucano ou traíra duas vezes?


24 de maio de 2014 | 15:59 Autor: Miguel do Rosário
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Depois de trair Lula e Dilma, Eduardo Campos agora vive um dilema. Como as pesquisas mostram uma polarização do eleitorado entre PT e PSDB, os estrategistas de Campos viram que tinham que romper com a imagem de aliados dos tucanos para se diferenciar e produzir uma terceira via.
A imagem de linha auxiliar do PSDB não está dando certo. Então a ordem agora é bater no PSDB.
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Só que agora Campos vive um dilema. Ao romper um acordo firmado publicamente com Aécio em Minas Gerais, Eduardo Campos reforça a imagem de político não confiável. Na linguagem do vulgo: traíra. E em dose dupla, porque ele já fez o mesmo com Lula e Dilma.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=17653

Paulo Coelho está errado. Ronaldo não é imbecil, é “esperto”. Um “fenômeno”…


24 de maio de 2014 | 17:42 Autor: Fernando Brito
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Ronaldo estava junto com a turma de papagaios de pirata na hora do Brasil ganhar a Copa.
Ganhar o direito de ser anfitrião, não (espero, ainda) como campeão.
De lá, Ronaldo acabou saindo com um lugar de membro do Comitê Organizador.
Durante todo o tempo, não teve uma palavra de crítica ao andamento das obras (que aliás, mereciam muitas).
Há seis meses, apenas seis meses, chegou a dizer que Cuiabá – a sede onde mais problemas houve com as obras para a população, como o VLT que o governo local atrasou, atrasou e atrasou – era a cidade  onde se deixaria “o maior legado para a população após o evento”.-
-A gente foi ao Mato Grosso, na Arena Pantanal. A cidade era um canteiro de obras e a população estava orgulhosa, pois havia 30, 40 anos que não viam tamanho interesse naquele local, tamanho planejamento para mudar e estruturar a região.
Arrumou encrenca com os manifestantes no ano passado, dizendo que não era papel da Copa produzir obras de infraestrutura ou hospitais.Enquanto isso, como é seu direito, faturou super com as campanhas de publicidade ligadas à Copa.
Três semanas atrás, tudo mudou. Ronaldo abriu o jogo, depois de anos.
Agora está “envergonhado do Brasil”.
 - O que espero é que a população cobre cada vez mais. Estão chegando as eleições de outubro. Está todo mundo descontente, mas tem de escolher bem o seu candidato e votar com consciência. As manifestações foram um aviso de que a população está de saco cheio”.
Surpresa?
Não para quem acompanha as ligações de Ronaldo na política.
Ronaldo é ave de estimação dos tucanos faz tempo.
Joga pôquer em Higienópolis com Fernando Henrique, dizem os jornais, e o mau velhinho já tentou filiá-lo para ser candidato pelo PSDB.
Talvez porque, quando este estava no poder, ele estivesse fora, jogando na Europa e não pudesse ouvir o que diziam do “Príncipe” lá em Bento Ribeiro.
Muito menos é nova a conversa com Aécio, que, segundo a Época, já o quis como vice.
Ronaldo tem todo o direito de apoiar quem quer que seja. É um cidadão e um empresário de marketing e patrocínio, que vive de seu passado de gols.
Mas vão ser inevitáveis as lembranças de 98, e os boatos como os de então sobre CBF, Ricardo Teixeira e Nike.
Paulo Coelho não tem razão. Ronaldo não é um imbecil, é um fenômeno de esperteza.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=17658

O justiceiro de toga


Joaquim Barbosa novamente extrapola contra os “mensaleiros” e é criticado pelo mundo jurídico
 
 
STF
Nos bastidores do STF comenta-se: ele trocou o posto de ministro pelo de carcereiro
Houve certa vez um juiz na Grécia antiga que passou à história por seu poder e extremo rigor. Tanto fazia se o crime fosse furto ou assassinato, ambos eram punidos com a morte. Esse legislador se chamava Drácon (650-600 a.C.) e sobre ele diria um orador ateniense que escrevera leis com sangue, e não com tinta. Sua celebridade não é, portanto, exatamente digna de orgulho.
Nos últimos dias, o epíteto “draconiano” foi repetido muitas vezes em conversas no meio jurídico da capital para se referir ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Houve também quem o comparasse a Tomás de Torquemada, o inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão, responsável por levar milhares à fogueira no século XV. Nada lisonjeiro para o ministro. A causa das comparações é o excesso de rigor com que Barbosa age em relação e tão somente em relação aos condenados do chamado “mensalão”, principalmente o ex-ministro José Dirceu.
Na sexta-feira 9, o presidente do Supremo negou novamente a Dirceu, preso em regime semiaberto na Penitenciária da Papuda, o direito de trabalhar fora durante o dia. Segundo Barbosa, seria preciso cumprir um sexto da pena para obter o direito. Com a ordem, desfez de forma monocrática um entendimento do Superior Tribunal de Justiça de 1999 que permite o trabalho de detentos no regime semiaberto até hoje. Ou seja: sua decisão não atinge apenas Dirceu, seu alvo preferencial, mas milhares de encarcerados nas mesmas condições em todo o País.
As críticas a Barbosa partiram de todas as direções: juristas de diferentes espectros ideológicos, além da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, condenaram a decisão. A mais contundente divergência em relação ao entendimento do presidente do Supremo partiu, porém, de seu antecessor no cargo, Carlos Ayres Britto. Em entrevista exclusiva a CartaCapital, Ayres Britto considerou que negar ao preso em semiaberto o direito de trabalhar fora não é praticar uma visão humanista do Direito e se assemelha a uma decisão “taliônica”: olho por olho, dente por dente. “Isso remonta aos tempos da barbárie.”
O ex-presidente do Supremo fez questão de destacar que falava “em tese” e que é “um grande admirador da independência” de Joaquim Barbosa em relação aos outros poderes da República. Também ressaltou que a posição defendida pelo sucessor no comando do STF não é isolada: outros juristas interpretam a lei da mesma maneira, exigindo cumprimento de um sexto da pena antes de liberar para o trabalho externo. Sua visão, porém, é distinta da defendida pelo ex-colega.
“Peço data venia ao ministro Joaquim, mas não concordo com seu entendimento. Meu modo de interpretar é mais humanista”, afirmou Ayres Britto. “O regime semiaberto não passa pela necessidade de cumprimento de um sexto da pena. Como requisito de progressão, para saltar de uma pena mais dura para uma mais branda, sim. A pena tem dois significados: o castigo, que é o caráter retributivo, o indivíduo paga pelo erro cometido, e o caráter ressocializador. É um signo de humanismo e de civilização de um povo incorporar à pena sua dimensão ressocializadora. E o trabalho é um mecanismo de ressocialização.”
Disse ainda Ayres Britto: “Entre o trabalho externo e o interno, é preferível o externo, porque o interno tem um caráter estigmatizante e o externo é extramuros. O apenado passa a ser visto pela sociedade como alguém em franco processo de recuperação e isso é bom para atenuar o estigma. O Direito humanista preza pela desestigmatização do apenado, porque isso é um preconceito. O preso é privado da liberdade, não da dignidade. Melhorar sua imagem faz parte do processo.”
O ex-presidente do STF, condutor do julgamento do “mensalão”, lembrou que a Lei de Execuções Penais fala do trabalho em colônia industrial ou agrícola, inexistente no Brasil. “O preso não pode pagar o pato por uma omissão do Estado. Foi por isso que se chegou ao entendimento permitindo o trabalho externo no semiaberto.” Para Britto o julgamento foi “legítimo” e é importante continuar a ser “exemplar” na execução.
“Não se pode ser exemplar no julgamento e errar na execução. O preso não pode ir para um regime mais severo do que o que foi condenado. Se foi para o semiaberto, tem que desfrutar do semiaberto”, defendeu. “Não se pode praticar nem o Direito Penal do compadrio nem o do inimigo, que estigmatiza o preso, o réu, e o vê como uma besta-fera, um cão dos infernos. É preciso muito equilíbrio nesta hora.”
Ex-presidente do STF entre 1995 e 1997, Sepúlveda Pertence concordou com Ayres Britto na manutenção do entendimento do STJ, ao contrário do que prega Barbosa. “Independentemente da discussão teórica sobre a Lei de Execução Penal, que é confusa, existe um entendimento do STJ e milhares de presos beneficiados por ela. Eu seguiria esse entendimento.”
Um aspecto ilustrativo da escolha de Barbosa para castigar os “mensaleiros” é que, no projeto de reforma da Lei de Execução Penal a ser votado neste ano pelo Congresso, os artigos sobre o trabalho do preso foram modificados e preveem o trabalho externo não só para condenados ao semiaberto como ao regime fechado, independentemente da fração de pena cometida. A diferença é que os presos em regime fechado estariam sujeitos à vigilância constante. O projeto deixa claro o caráter ressocializante do trabalho. “Não se trata de benefício penitenciário, mas de componente da própria execução penal tendente à reintegração social do apenado”, explica o texto.
O próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitiu parecer favorável ao trabalho externo de Dirceu. “No que concerne ao requerimento de trabalho externo ao sentenciado, não há nada a opor, porque, do que se tem conhecimento, os requisitos legais foram preenchidos”, afirmou ao arquivar o processo que investigou o suposto uso de celular por Dirceu na Papuda, uma “regalia” na prisão. Uma comissão de deputados que vistoriou a penitenciária tampouco constatou flagrantes diferenças de condições na cela do ex-ministro e dos demais detentos.
O fato de Joana Saragoça, filha de Dirceu, ter pegado carona com agentes penitenciários e furado a fila de visitas deu novo fôlego a Barbosa para recusar a autorização ao ex-ministro. “É lícito vislumbrar na oferta de trabalho em causa uma mera action de complaisance entre copains (ação entre amigos, em francês), absolutamente incompatível com a execução de uma sentença penal. É que, no Brasil, os escritórios de advocacia gozam, em princípio, da prerrogativa de inviolabilidade (estatuto da OAB), que não se harmoniza com o exercício, pelo Estado, da fiscalização do cumprimento da pena”, argumentou o presidente do Supremo.
Em resposta por escrito, o advogado José Gerardo Grossi, disposto a contratar Dirceu, chamou publicamente Barbosa de Torquemada. “A visão de Justiça Penal, dele, é torquemadesca, ultramontana. Houvesse de escolher entre Tomás de Torquemada e o bom Juiz Magnaud (magistrado francês célebre por suas decisões consideradas humanitárias), certamente ficava com este.”
O advogado Luis Alexandre Rassi, empregador de outro condenado, João Paulo Cunha, negou a inexistência de fiscalização do “Confere” (como é chamado pelos presos o órgão avaliador do trabalho externo). “Eles já estiveram aqui ao menos sete vezes”, afirma Rassi. Ele prevê a interrupção do benefício a Cunha. Por causa da decisão sobre Dirceu, foi revogado o direito a trabalho de Delúbio Soares, Romeu Queiroz e Rogério Tolentino. Não se sabe se Barbosa fará o mesmo com os cerca de 20 mil presos em regime semiaberto liberados a trabalhar fora da prisão.
A defesa de Dirceu anunciou a decisão de recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A ordem de Barbosa pode ainda ser derrubada no plenário do STF, mas, incrivelmente, depende do presidente da Corte colocar o assunto em pauta: a agenda é prerrogativa do comando do tribunal, que há meses não vota nenhum tema importante. Nos bastidores do STF, comenta-se que Barbosa trocou o ofício de ministro da mais alta Corte pela função bem menos nobre de carcereiro de Dirceu. Por que seus pares se calam?
http://jornalggn.com.br/noticia/o-justiceiro-de-toga-por-cynara-menezes

DE DILMA PRA RONALDO: "NÃO VAMOS NOS ENVERGONHAR"

AÉCIO FALA SOBRE DROGAS: "ME ACUSAM HÁ 15 ANOS"

Se foi ou não usuário, o fato é que isso se disseminou na rede não pelos canais do PT, como afirma o senador. É costume desse pessoal do PSDB atribuir ao PT todo tipo de baixaria, práticas usadas por eles. Quem primeiro insinuou que o senador era um viciado em pó, foi o jornalista Mauro Chaves, já falecido, do insuspeito jornal o Estado de São Paulo, em artigo publicado nesse mesmo jornalão. O atual candidato a presidente do PSDB jamais veio a público falar das insinuações do jornalista. 

Muito tempo depois outro jornalista fez acusações ainda mais sérias em seu portal Novo Jornal, o único periódico eletrônico de Minas Gerais a fazer graves denúncias das gestões de Aécio à frente do governo de Minas Gerais. Segundo Carone, Aécio por duas ocasiões quase chega a óbito por ingerir uma quantidade de cocaína superior a que seu organismo suportaria, vindo a ser socorrido em um helicóptero da polícia militar para uma clínica em Belo Horizonte. Carone foi silenciado numa trama que envolveu o ministério público e a justiça mineiras, encontrando-se preso há mais de 3 meses sem ter sido julgado e todo conteúdo de seu portal retirado da Web, inclusive os mecanismos de busca do Google. 

O caso de Carone é ainda mais grave do que o de Dirceu. Dirceu foi julgado e condenado. Num julgamento de exceção, um simulacro. Mas foi julgado e condenado e se encontra refém do carcereiro Barbosa. Carone não. Não foi julgado. Está preso sem passar pelo devido processo legal. Sem julgamento, a pedido do ex governador mineiro e candidato a presidente pelo PSDB. Ele não pode falar das acusações de que Aécio é um cocainômano e provar o que escreveu a respeito porque se encontra ilegalmente preso. Seu portal foi empastelado. Lá havia as mais escabrosas denúncias de corrupção contra Aécio, sua irmã Andréa, retiradas da rede mundial de computadores e de seus mecanismos de busca, 

Há também a acusação de que Aécio teria se negado a soprar o bafômetro por estar em visível estado de embriagues. Um outro vídeo que circula no youtube mostra ele cambaleante em um bar do Rio de Janeiro. Juca Kouri o acusou de ter espancado a namorada. Nada disso partiu do PT. É fruto de seu comportamento inadequado para um homem público. E a imprensa independente, a blogosfera progressista fez e faz a cobertura que a velha mídia se nega a fazer. Faz com o presidente Lula chamado de pinguço pelos seus colunistas amestrados, de Reinaldo Azevedo a Diogo Mainard et caterva.





Senador Aécio Neves atribuiu ao PT a insinuação de que seria usuário de drogas; "A gente vive um submundo da política nas redes, onde se dissemina qualquer tipo de acusação contra os adversários esperando que alguém, talvez desavisadamente, leve o assunto para o dito jornalismo sério. Tenho uma história de vida, para quem não me conhece, absolutamente digna e honrada, reconhecida até pelos adversários", afirmou, ao ser questionado sobre uso de cocaína; "Como não têm sobre a minha vida absolutamente nada, dizem que eu sou despreparado, que eu sou incompetente. Me acusam (de usar drogas) há 15 anos, mas ao longo dos últimos 15 anos eu me especializei em uma coisa: em derrotar o PT. Há 15 anos eu ganho do PT no primeiro turno, em todas as eleições, no meu Estado"

24 DE MAIO DE 2014 ÀS 18:13

247 - O senador Aécio Neves parece disposto a exorcizar o tema das drogas, na pré-campanha presidencial. Nesta semana, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, ele disse ter experimentado maconha aos 18 anos. Disse que não gostou, que não recomenda aos jovens e afirmou, ainda, que é contra experiências de legalização, como vem ocorrendo no Uruguai (leia mais aqui).

Neste sábado, em Porto Alegre, ele foi questionado sobre o uso de cocaína e atribuiu essas insinuações ao PT."A gente vive um submundo da política nas redes, onde se dissemina qualquer tipo de acusação contra os adversários esperando que alguém, talvez desavisadamente, leve o assunto para o dito jornalismo sério. Tenho uma história de vida, para quem não me conhece, absolutamente digna e honrada, reconhecida até pelos adversários", afirmou.

Depois, ele afirmou que essa acusação vem sendo feita nos últimos quinze anos, mas afirmou que, neste período, ele se especializou em derrotar o PT. "Como não têm sobre a minha vida absolutamente nada, dizem que eu sou despreparado, que eu sou incompetente. Me acusam (de usar drogas) há 15 anos, mas ao longo dos últimos 15 anos eu me especializei em uma coisa: em derrotar o PT. Há 15 anos eu ganho do PT no primeiro turno, em todas as eleições, no meu Estado", afirmou.

http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/141020/Aécio-fala-sobre-drogas-Me-acusam-há-15-anos.htm

Retrato de uma eleitora de Aécio (mas não quando jovem)


24 de maio de 2014 | 01:38 Autor: Miguel do Rosário
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A coluna do nosso querido Wandinho é de humor, mas também nos traz informações políticas e antropológicas interessantes. Reproduzo abaixo trecho da coluna desta sexta-feira, onde ele comenta entrevista de uma socialite carioca que faz uma divertida declaração de voto.
É engraçado, porém retrata uma verdade triste, a mentalidade antidemocrática de nossa elite, assentada num conjunto prodigioso de desinformação política. Desinformação que eles mesmo patrocinam. Eles patrocinam as mentiras, depois acreditam nelas.
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A alta sociedade brasileira é mesmo diferenciada. Essa semana ela esteve em evidência no Rio de Janeiro, quando socialites cariocas botaram a boca no trombone e criticaram a “orkutização” de um shopping de luxo da cidade.
Mas quem se destacou no universo do high society foi Lourdes Catão, que desfilou toda sua sabedoria aristocrática em entrevista para o jornal O Globo, levando o beijo no coração dessa semana:
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A elegância da guardiã da elite brasileira é tão grande, que, segundo o jornal, Lourdinha “tem o hábito de sempre terminar as frases com um sorriso largo, até quando o assunto não é muito agradável”. Aos 85 anos de idade, a socialite ainda encontra fôlego para reclamar dos novos tempos e das trasformações na alta sociedade:
“A sociedade mudou de hábitos. Empobreceu mesmo… Não dão mais festas como antigamente. E as celebridades são mais conhecidas das pessoas. Não importa mais tanto o sobrenome e sim se a pessoa circula, se é vista”
Mas não é só de sobrenome e glamour que vive a nata social brasileira. Política também é um tema que ronda o circuito. Depois de falar mal de todos os candidatos à presidência, Catão confessa:
“Acho que o Aécio é o melhor, mais do nosso lado… Dilma não pode ser reeleita de jeito nenhum. (…) Estamos virando a Venezuela. Se eu pudesse, voltaria amanhã para Nova York. Mas estou mais velha e daria muito trabalho empacotar tudo isso aqui de novo”
De fato, não deve ser fácil empacotar toda a enorme mobília e prataria de Lourdes e se mandar de repente pros EUA. Pra quem já morou 20 anos em Nova Iorque e 5 anos em Paris, não será nada fácil passar o fim da vida no comunismo de Caracas. Força, Catão!
http://tijolaco.com.br/blog/?p=17636