sexta-feira, 21 de junho de 2013

Esse jogo tem regras, golpe de Estado não!‏



Ou o PT governa com essas alianças espúrias que estão formalizadas no
congresso ou governa com o povo nas ruas. O que é melhor para o país: a
democracia representativa ou a democracia popular? Todas essas alianças
estão reproduzidas na mesma intensidade ou em menor escala nos governos do PSDB.

O primeiro governo Lula foi formado na tentativa de governar
com os partidos do arco de esquerda que sempre marcharam junto com o PT. Não demorou muito para Lula perceber que sem uma maioria sólida não conseguiria introduzir as chamadas reformas estruturais no país, compromisso assumido durante a campanha que o elegeu pela primeira vez presidente da República, quando apresentou para nação a denominada "Carta ao Povo Brasileiro".


As resistências mais gigantescas vieram dos partidos tradicionais de esquerda que se opuseram fortemente a implementação do programa naquela carta apresentado. Daí Lula tentou construir uma agenda política comum no congresso com o PSDB e demais partidos de oposição que foi terminantemente recusada.

Depois disso eclodiu o escândalo do "mensalão" e o bombardeio midiático incessante que levou o PT a uma guinada para o centro direita. De lá para cá são crises e mais crises artificiais geradas pela mídia para criar uma situação de instabilidade política.

Da tapioca a Palocci, o PMDB sempre foi o esteio que deu freios aos ímpetos golpistas. Como jogar aliados às feras?
Não faz 10 meses daquela fatídica foto de Lula, Haddad e Maluf que agora é tida como símbolo da revolta que está nas ruas.

O que não podemos esquecer é que o povo de São Paulo chancelou todas as alianças até agora montadas pelo PT, elegendo Haddad. Logo, isso não justifica as manifestações que tomaram conta das ruas e nem de longe condizem com os fatos que estão postos na mesa.

Nada do que está acontecendo tem razão de ser. Com todas as mazelas desse país que vêm de um jugo de 500 anos, ainda assim temos uma situação melhor do que a Europa, melhor do que a dos E.U.A no tocante a geração de empregos.

E se há no mundo um povo que menos motivos tem para fazer esse tipo de protesto completamente ensandecido e descontrolado, esse é o Brasil.

Uma juventude porém, associada a um grupo de esquerda radical
estão jogando todas as conquistas de uma geração na beira do abismo,
agora que ficou claro que esse é um movimento completamente dominado pela extrema direita com a Rede Globo de televisão e demais emissoras a reboque, insuflando e patrocinando abertamente um golpe de estado.


Se fosse o caso de não haver empregos, de haver descontrole de inflação, baixas reservas cambiais, fuga de capitais, falência do sistema financeiro, como vimos na grande crise financeira que derrubou o gigante do Norte e seus satélites, aí sim teríamos uma batalha a travar.

Olhando para todos os indicadores desse país, não há um só que justifique o que está acontecendo. De modo que não podemos interpretar esses movimentos se não for pela ótica de que se trata de uma insatisfação de uma juventude que quer protestar.

Protestar contra tudo e contra todos. Se fosse um movimento politizado
não teria ido para as ruas, até porque a situação atual do país não
enseja o que está reproduzido nessas manifestações.

Não há uma razão objetivamente plausível para o que está acontecendo.
Exceto pelos protestos contra o aumento de passagens, reivindicação dirigida aos prefeitos das capitais, o governo federal fez sua parte com a desoneração de impostos, e sob pressão popular legítima, atendida, o que sobra é um processo de instrumentalização do movimento que agora claramente caiu nas mãos da extrema direita golpista.

A nós nos cabe fazer igual movimento pelas redes sociais, em conversas com amigos e vizinhos para abortarmos esse golpe de estado que está em curso. E para essa juventude insatisfeita, a meninada que saiu com os coleguinhas do face para brincar de mudar o Brasil, ensinar-lhes que esse jogo tem regras e que os políticos que aí estão sejam os do PT, inclusive a presidenta, sejam os de outros partidos poderão sair pelas portas do fundo e para o olho da rua mas pelo voto porque nós somos os patrões. Pelas vias do golpe não, é inaceitável.