segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dilma surpreende e indica amiga de ex para STF




Dilma surpreende e indica amiga de ex para STFFoto: Divulgação

ROSA WEBER FOI ESCOLHIDA PELA PRESIDENTE PARA ASSUMIR VAGA NO SUPREMO DEIXADA POR ELLEN GRACIE; GAÚCHA E EX-INTEGRANTE DO TST, ELA É AMIGA DE CARLOS ARAÚJO, EX-MARIDO DA PRESIDENTE; NOMEAÇÃO SAI AMANHÃ NO DIÁRIO OFICIAL

07 de Novembro de 2011 às 20:31
Fernando Porfírio_247 - Sem coloração política, mas com extrema sensibilidade social. Esse é o perfil da nova ministra do Supremo escolhida nesta segunda-feira (7) pela presidente Dilma Rousseff. Filha de empresários rurais gaúchos, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho Rosa Maria Weber vai ocupar a cadeira que pertenceu a ministra Ellen Gracie, que se aposentou em agosto. Rosa tem relações de amizade com o ex-marido de Dilma, advogado trabalhista Carlos Araújo.
Dilma acalentava dúvidas entre dois outros nomes: os das ministras do STJ Maria Thereza de Assis Moura, especializada em Direito Penal e da ministra Nancy Andrighi, apontada como defensora dos direitos sociais.
A nova ministra tem 63 anos e nasceu em Porto Alegre. Foi nomeada para o TST em 2006, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Começou no serviço público na década de 70, como inspetora do Ministério do Trabalho. Em 1991 foi nomeada juíza do Trabalho no Rio Grande do Sul, onde fez carreira.
Uma das preocupações do governo Dilma era indicar um nome que tivesse forte musculatura jurídica e fosse comemorado quase à unanimidade, como aconteceu quando o ministro Luiz Fux foi anunciado para uma das vagas do STF em fevereiro passado. Por isso, o perfil da escolhida primava pela técnica, com pouca coloração política.
Rosa Maria Weber reúne características favoráveis. Eleito como governo trabalhista, o grupo no poder não indicou até hoje nenhum juiz oriundo do mundo trabalhista para o Supremo. Rosa não só substituirá outra mulher, como alguém do Sul do país. Ellen apesar de ser do Rio de Janeiro, fez carreira jurídica no Rio Grande do Sul.
A ministra do TST tem apoio entusiasmado do governador gaúcho Tarso Genro e até mesmo do ex-marido de Dilma. Em setembro, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgou moção de apoio à ministra.
A Agência Brasil distribuiu o texto abaixo sobre a escolha da presidente:
Agência Brasil - A ministra Rosa Maria Weber foi escolhida hoje (7) pela presidenta Dilma Rousseff para ocupar a 11ª cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela integra o Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde 2006 e era um dos nomes em alta na bolsa de apostas. A ministra assumirá a vaga deixada por Ellen Gracie, que se aposentou em agosto.
Rosa Maria Weber tem 63 anos e é gaúcha de Porto Alegre. Atua na área trabalhista desde 1975, quando assumiu o cargo de inspetora do Ministério do Trabalho no estado. No ano seguinte, ela foi aprovada em quarto lugar no concurso de juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Rosa Weber passou a integrar a corte do TRT-4 em 1991.

O poder e a esquerda festiva


Leio postagem do jornalista Paulo Henrique Amorim em que ele fornece duas informações cruciais porque conduzem a uma reflexão que já passou da hora de ser feita. PH, que sabe das coisas, diz que o governo Dilma não fará “ley de medios” alguma porque acredita que a tecnologia dará conta do recado. São, portanto, duas informações. Vamos a elas.
Não chegará a ser surpresa se o governo Dilma ou o Congresso não propuserem uma lei da mídia de verdade, como a da Argentina, a dos Estados Unidos ou a da França, entre tantas outras. Um governo que não consegue nem impedir que a mídia lhe derrube um ministro por mês certamente não teria força para aprovar uma lei que a mesma mídia não quer.
A outra informação é a de que o governo, simplificando a explicação, aposta na fusão da tevê e do rádio com a internet e na entrada das teles (empresas de telefonia) na produção de conteúdo. Com o tempo, os meios impressos e eletrônicos terão que migrar para a internet. Então, serão obrigados a disputar público com empresas que têm muito mais recursos.
Nenhum outro país sul-americano que elegeu governo oriundo da esquerda está esperando que o fim do monopólio da direita nas comunicações lhe caía no colo. Isso porque a esquerda brasileira difere completamente da que há em países como Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai ou Venezuela.
Nesse contexto, Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela são os países da região que enfrentaram as lutas mais duras para aprovar uma “ley de medios”. Por que os governos desses países optaram por não ficar esperando que a tecnologia acabasse com o oligopólio nas comunicações? Não seria melhor do que enfrentarem até tentativas de golpe por terem desafiado o principal sustentáculo da direita no Terceiro Mundo?
Hugo Chávez, o casal Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa sabem que a influência desses impérios de comunicação entranhou-se nas sociedades latino-americanas e que, por isso, eles acabariam se compondo com as teles e migrando para as novas plataformas. Por isso não ficaram esperando a democratização da comunicação cair do céu.
O Brasil, porém, está preferindo o auto-engano. Isso ocorre porque, à diferença da esquerda de outros países que finalmente elegeram governos progressistas, a centro-esquerda brasileira se deixou amaciar, amansar e, em boa medida, cooptar pelo capital e suas delícias.
Já a esquerda mais radical (no bom sentido), que mantém seus dogmas intocados tanto aqui quanto nos países que adotaram projetos de centro-esquerda baseados em crescimento econômico fomentado pelo Estado e em intensa inclusão social, não é opção por acalentar dogmas incompatíveis com a realidade global contemporânea.
Na América do Sul progressista que vai se desenhando, portanto, o Brasil é o único país em que a centro-esquerda governa, mas no qual quem manda é a direita.
Tudo decorre, por aqui, da inevitável aproximação da centro-esquerda com os setores “pragmáticos” da direita que se aliam até ao diabo para se manter próximos ao poder. Com governos de coalizão como o atual ou o anterior, nos quais coube e cabe um partido de centro-direita como o PMDB, a centro-esquerda petista decidiu relaxar e gozar.
Essa esquerda acomodada e festiva se perdeu em autocongratulações e convescotes, no desfrute da fartura do poder e de tudo que o dinheiro público pode comprar. Acabou, assim, por ceder as ruas à direita –hoje, vemos a situação inusitada de a direita estar conseguindo pôr mais gente na rua do que a esquerda.
Por conta disso – e à diferença de outros países sul-americanos governados pela esquerda –, nenhuma reforma estrutural de verdade foi feita no Brasil nesses quase dez anos de governo do PT. Ou seja: se um governo de direita voltar ao poder, desmontará facilmente todos os avanços sociais logrados até aqui.
Bolsa Família, Prouni, exploração do Pré Sal, fomento do crescimento pelo Estado, tudo pode virar pó em questão de meses se a direita voltar ao poder. Políticas públicas concentradoras de renda podem voltar a ser aplicadas, programas sociais podem ser desinflados.
Enfim, se o PSDB volta ao poder em 2014, tudo o que os setores que estão ascendendo socialmente lograram nos últimos anos pode ser perdido rapidamente.
Falemos do Pré Sal, por exemplo. Muitos devem ter lido as revelações do Wikileaks sobre as reuniões entre José Serra e as petroleiras estrangeiras durante as eleições do ano passado e as promessas que ele fez de mudar o regime de exploração do Pré Sal de partilha para concessão. Em 2015, se esse ou qualquer outro tucano for o presidente, a mudança ocorrerá.
Detalhe: se o modelo tucano de concessão for usado na exploração do pré Sal, os estrangeiros novamente se fartarão com o patrimônio público brasileiro como fizeram na época da privataria. As petroleiras alienígenas sugarão todo o petróleo e nos darão uma gorjeta por deixarmos que seja tirado daqui.
Em vez de lutar pela diluição da capacidade da direita de falar sozinha na mídia, o que tornaria o jogo eleitoral mais equânime, a centro-esquerda brasileira parece acreditar em alguma força mística que a manterá no poder. Despreza o fato de que uma eventual redução no nível de atividade econômica colocará fim à sensação de bem-estar que vem mantendo o PT no poder.
Não que o Brasil esteja sendo mal governado. Dilma Rousseff é uma boa gerente. Está cheia daquelas boas intenções das quais o inferno está cheio. Uma delas é a de não conflagrar o país politicamente, adotando tática de distensão que a está levando a ceder e ceder e ceder politicamente, ainda que esteja gerenciando o governo com a competência que a consagrou.
Todavia, o Brasil não tem mais um líder político – tem uma gerente competente, honesta e bem-intencionada, mas apenas uma gerente. Sem liderança política, o povo se despolitiza. Despolitizado, torna-se presa fácil para o canto da sereia reacionário que vai turvando o debate público com a lente conservadora.
Enquanto o venezuelano mais humilde conhece hoje, de trás para frente, a constituição de seu país, lida e explicada pelo Estado nas favelas urbanas e em cada rincão da Venezuela, o brasileiro não tem nem idéia do que está por trás do jogo do poder e continua acreditando na predestinação dos ricos e na fatalidade de que padeceriam os pobres.
Enquanto isso, a cena que se vê na esquerda brasileira lembra a da orquestra do Titanic, que tocava animadamente no convés enquanto o navio afundava.
A esquerda festiva precisa parar de festejar, de se congratular e de, não raro, refestelar-se com dinheiro público. Urge que se dê conta de que o poder não lhe pertence, de que lhe foi apenas delegado. Tem que começar a semear já mudanças estruturais que impeçam que eventual volta da direita ao poder desmonte tudo que foi feito na década passada.

Médico de Michael Jackson é condenado por homicídio culposo


O médico Conrad Murray, 58, foi condenado por homicídio culposo no caso da morte de Michael Jackson, ocorrida em 25 de junho de 2009. O veredito foi anunciado nesta segunda-feira (7), em Los Angeles.

A pena de Murray pode chegar a quatro anos de prisão, mas a sentença só vai ser anunciada no próximo dia 29.

O cardiologista terá o direiro recorrer, porém lhe foi negado o direito de aguardar a leitura da pena em liberdade.

Murray deixou o Tribunal do Condado de Los Angeles algemado e, pela primeira vez, será encarcerado.

Mais de 100 pessoas estavam do lado de fora do tribunal à espera da decisão final do júri. Murray, que se diz inocente, tem três semanas para recorrer.

Kevork Djansezian/Associated Press
O cardiologista Conrad Murray, condenado pela morte de Michael Jackson, em Los Angeles
O cardiologista Conrad Murray, condenado pela morte de Michael Jackson, em Los Angeles

Os pais do cantor, Joe and Katherine Jackson, e seu irmão Jermaine estiveram presentes quando o veredito foi lido.

Murray estava com o cantor quando ele morreu, após uso excessivo do anestésico propofol.
O julgamento durou pouco mais de um mês --começou no dia 27 de setembro-- e ouviu médicos, especialistas, enfermeiros e ex-funcionários de Jackson. Para a promotoria, Murray foi negligente ao administrar propofol ao cantor como tratamento para a insônia.

A defesa começou defendendo a tese de que o cantor teria tomado o propofol por conta própria, mas abandonou o argumento.

Farc não tem nome de peso para substituir comandante Alfonso Cano



Farc. Enfraquecida, insurgência busca novo líder para voltar a disciplinar 8 mil guerrilheiros e as fontes de capitais.

Tags: - walterfm1 às 16:32
Alfonso Cano, executado em 4 de novembro de 2011.
Alfonso Cano, executado em 4 de novembro de 2011.
-1. A verdade sobre a morte de Alfonso Cano, 63 anos e comandante das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colômbia (FARC), talvez nunca seja conhecida. O certo é que Cano, em condições físicas precárias, e o seu grupo de proteção estavam cercados em Cauca bem antes de sexta-feira, quando teria ocorrido o confronto e a sua morte.
Uma das versões em circulação fala em delação de membros da própria  organização insurgentea. Como se sabe, Cano, depois da morte em março 2008 do fundador e comandante Manuel Marulanda Vélez (apelidado Tirofijo), sofreu resistência à aprovação do seu nome como sucessor.
O descontentamento da base era bem conhecida e Cano não conseguia disciplinar e  controlar os grupos que realizavam o tráfico de cocaína e de maconha. Desde a morte de Mono Jojoy (setembro de 2010) as arrecadações não chegam as cofres da cúpula de governo. Muitos guerrilheiros associaram-se a narcotraficantes e atuam sem dar satisfação aos comandantes das frentes armadas.
Desde o fim da União Soviética e a quebra econômica de Cuba, as FARC precisaram buscar fontes de financiamentos criminosas: tráfico de drogas, seqüestros para fim de extorsão, roubo de gado, exigência de pagamento de “taxa” da vacina de gado, “imposto” sobre as áreas de cultivo de coca e sobre a circulação da cocaína, etc.
Ao contrário de Marulanda, Cano nunca foi unanimidade. Seu desgaste começou quando, pela cúpula de governo das FARC e não pelas bases (cerca de 8 mil guerrilheiros) foi proclamado chefe do movimento.
Cano era um intelectual. O seu nome verdadeiro era  Guilermo Léon Sáenz . Antes de ingressar nas FARC, foi professor universitário de antropologia. Nas FARC, era o ideólogo encarregado da formação teórica dos guerrilheiros. Em 1992, foi designado, sem sucesso,  como “embaixador das FARC” para tratar, no México, de um acordo de paz com o governo.
Desde que assumiu o comando em 2008 e para as bases guerrilheiras e frentes combatentes, Cano  era considerado como uma pessoa que preferia os livros à batalha.
Quando da morte de Marulanda e escolha do sucessor, o opositor de Cano era Mono Jojoy, - uma espécie de ministro da guerra das FARC.
Diante desse quadro de indisciplina e legitimação contestada, Cano estava isolado e, portanto, bem possível ter havido deleção.
A segunda versão, –ao contrário da primeira que se refere à delação e ao bombardeamento, por terra e ar, de uma área determinada de Cauca–, sustenta encontro casual. Ou seja, um grupo de soldados do Exército suspeitou,, sem imaginar que Cano lá estivesse, de uma movimentação d  guerrilheiros. Houve troca de tiros e Cano teria sido abatido e morto quando fugia. Essa segunda versão, por evidente, preserva, na organização eversiva, os delatores.
–2. Cano não era apenas o “professor da guerrilha”. Ele tinha sangue nas mãos, pois mandou matar, por indisciplina, 40 guerrilheiros. A indisciplina marcou o governo de Cano nas FARC.
Com a morte natural de Marulanda e as elimiações de Rául Reyes, Mono Jojoy e Alfonso Cano, nenhum nome de destaque sobrou. Os especialistas falam que o novo líder será um jovem e que um acordo de paz vai ser possível.
–Wálter Fanganiello Maierovitch

Cinco centrais sindicais defendem Lupi de denúncias




Cinco centrais sindicais defendem Lupi de denúnciasFoto: Marcello Casal Jr./ABr

FORÇA SINDICAL, CENTRAL DOS TRABALHADORES DO BRASIL (CTB), UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES (UGT), NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES (NCST) E CENTRAL GERAL DE TRABALHADORES DO BRASIL (CGTB) PUBLICARAM MANIFESTO

Por Agência Estado
07 de Novembro de 2011 às 14:06Agência Estado
Cinco centrais sindicais divulgaram hoje um manifesto de solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, alvo de denúncias que implicam assessores na cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs) contratadas para oferecer cursos de capacitação. Para as entidades, Lupi está sendo vítima "de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta".
O manifesto é assinado pelos presidentes da Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB). De acordo com o texto do comunicado divulgado hoje à imprensa, as denúncias surgem em um momento que as demandas dos trabalhadores estão sendo atendidas e por trás das denúncias estariam "interesses políticos inconfessáveis".
"Ressaltamos o elevado comportamento moral do ministro Carlos Lupi à frente da pasta do Trabalho e Emprego como um defensor ferrenho dos direitos dos trabalhadores, sendo um importante protagonista na luta pelo emprego e pela qualificação profissional", diz a nota das centrais sindicais.

“Espero que Dilma continue limpando”



“Espero que Dilma continue limpando”Foto: Divulgação

PALAVRA DO EX-PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE, A RESPEITO DA CRISE NO MINISTÉRIO DO TRABALHO; EM ATENÇÃO À SUA AMIGA PRESIDENTE, ELE RESSALVOU: “ESTÁ MUITO RUIM, MAS NÃO ME SURPREENDE. TODA A POLÍTICA ESTÁ METIDA NO JOGO DE FAVORECIMENTOS E BENESSES”

07 de Novembro de 2011 às 18:22
Agência Brasil - O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC), disse, hoje (7), que não se surpreendeu com a denúncia sobre cobranças de propinas no Ministério do Trabalho. “Espero que a Dilma [Rousseff] continue limpando [o governo], porque está muito ruim. Mas não me surpreende, porque toda a política está metida de tal maneira nesse jogo de favorecimentos e benesses, que é uma pena”, disse o ex-presidente.
A declaração foi dada logo depois que FHC deixou o encontro organizado pelo Instituto Teotônio Vilela, onde a cúpula do PSDB se reuniu para discutir propostas para uma agenda para os próximos 20 anos.
Durante o evento, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que o partido tem o dever de denunciar, mas também propor soluções para o país. O senador lamentou a acusação de que 75% dos cargos de livre provimento no Ministério dos Esportes tenham sido ocupados por “militantes do partido e não por pessoas que tenham qualquer familiaridade com o tema”. Aécio Neves defendeu um “choque de profissionalização” na Administração Pública Federal e uma nova postura do governo.
“É preciso que o governo pare de reagir apenas às denúncias da imprensa e passe a agir internamente e dê demonstrações claras de que quer enxugar a máquina pública, quer diminuir os gastos correntes e investir, efetivamente, em gestão pública de qualidade que não vemos no Brasil nos últimos anos”, disse o senador tucano.
Durante o encontro que reuniu representantes do PSDB de várias regiões, especialistas indicaram gargalos e desafios em diferentes áreas. A modernização do sistema de segurança pública, com a reforma das polícias, foi apontada como medida essencial para o avanço de outras áreas sociais, como a saúde e educação. Os tucanos também trataram de propostas de valorização da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como formas de estímulo a uma taxa de juros menor em médio prazo.
Em relação ao sistema previdenciário brasileiro, o economista Marcelo Caetano, identificou pontos que precisam ser debatidos para preparar o país para 2050, quando a projeção é que o número de pessoas com mais de 60 anos, que hoje representam 10% da população, passe a 35% dos brasileiros. “Vai ficar cada vez mais caro porque as pessoas estão envelhecendo. Mas a Previdência vai ter que continuar existindo, mas são necessários alguns ajustes para que a sociedade consiga se adaptar e não pagar cada vez mais impostos ou sacrificando gastos em outras áreas relevantes, como saúde e educação”.
Para Marcelo Caetano, o governo tem que reavaliar as idades de aposentadoria que ainda são muito baixas na opinião do especialista, além de repensar diretrizes sobre benefícios como pensão por morte e a vinculação do valor de aposentadoria com a política de ganho real do salário mínimo. O economista, que destacou que hoje são gastos 12% do Produto Interno Bruto (PIB) para sustentar o sistema, lembrou ainda que é preciso repensar os benefícios do funcionalismo público.
“Existem aposentadorias muito elevadas quando você olha o serviço público, são aposentadorias de R$ 15 mil, em média. Tudo bem que as pessoas se aposentem com esse valor, mas isso não deve vir do Orçamento do governo, deve vir de sua própria poupança. É preciso uma reforma, com criação de previdência complementar do serviço público. O próprio governo federal, sabiamente, vem tentando fazer, assim como alguns governos estaduais e municipais”, disse o economista.

Pastor paga R$ 5 milhões e mantém horário nobre na Band em 2012


RICARDO FELTRIN
EDITOR E COLUNISTA DO F5
Mais uma vez a Band obteve um, digamos, incremento sobre o valor que cobra mensalmente do pastor R.R.Soares e sua Igreja Internacional da Graça, pela venda de grade de programação. Ameaçado de perder o horário nobre para a linha de Silas Malafaia, pressionado pela cúpula da Band que queria ganhar mais pela venda do horário, Romildo aquiesceu e renovou por mais um ano.
Fernando Donasci/Folhapress
Missionário R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graca de Deus
Missionário R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graca de Deus
A estimativa é que, em 2012, ele vá pagar cerca de R$ 5 milhões para continuar com sua meia horinha do "Show da Fé", na Band. Para comparação, a Igreja Mundial, de Valdemiro Santiago, paga metade disso para ter mais de 200 minutos nas madrugadas da mesma Band. Mas, obviamente, o fato de ser o único programa religioso na TV aberta em horário nobre é imperdível para R.R.Soares.
Até a semana passada, blogs e colunistas davam como certo que Romildo Ribeiro Soares, cunhado de Edir Macedo, deixaria a emissora. Houve até a informação (não confirmada pela Band) de que seu espaço seria ocupado por Milton Neves. Na verdade, era outro televangelista, Silas Malafaia, da Assembleia de Deus-Vitória em Cristo, quem estava no páreo.
Histórico de "reajustes"
Não é a primeira vez que o religioso Soares se vê obrigado a aceitar condições e reajustes impostos pela emissora. Esse tem sido uma espécie de 'dia da marmota' para o evangélico todos os anos, na hora de renovar.
Sempre assim: cerca de seis meses antes do vencimento do contrato, "vazam" informações daqui e dali na Band, dando conta de que Soares deixará o horário nobre, que a emissora decidiu fazer outra coisa com a grade etc.
E, então, o preço do horário aumenta exponencialmente. Estima-se que ele pagava não mais de R$ 2 milhões por esse espaço cerca de três anos atrás. De lá pra cá o preço mais que dobrou. Soares não tem outra saída senão aceitar, já que a Band é ainda a única TV aberta que vende horário nobre.
A propósito, essa é uma velha reivindicação de alguns grupos dentro da Igreja Universal de Edir Macedo, também. Eles gostariam que a Iurd também tivesse um espacinho semelhante na Record, em horário nobre. O grupo "laico" na Record, porém, até hoje tem mantido a igreja nas madrugadas.
Ricardo Feltrin, 48, está no Grupo Folha desde 91. Exerceu os cargos de repórter, colunista, editor e secretário de redação, entre outros. É atualmente editor e colunista do F5, site de entretenimento da Folha, e também colunista do UOL, onde apresenta o programa Ooops! às terças.

Os insanos




Laerte Braga

Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro do estado terrorista de Israel quer atacar o Irã e mobiliza apoios para essa insânia. Dentro e fora do seu país. Nos EUA, decisivo para as pretensões de Israel (mesmo hoje sob forte controle de grupos sionistas), falcões como são chamados os partidários das várias guerras inconsequentes que travam mundo afora tentam levar o governo Obama a apoiar essa desvairada loucura.



Um dos setores mais radicais do sionismo, o serviço secreto de Israel, o MOSSAD, se coloca contra a guerra, considera-a uma aventura. Militares norte-americanos já advertiram o governo que as consequências serão desastrosas em todos os sentidos em médio e longo prazo. Político, econômico e militar.

Uma ação contra o Irã pode trazer como reação a unidade entre sunitas e xiitas e complicar a situação no Oriente Médio.

Nazi/sionistas enfrentam dificuldades em Israel. As manifestações contra o governo de Netanyahu e suas políticas terroristas crescem, tomam vulto e podem vir a se transformar num problema político interno sério.  

Obama tem vinte milhões de indigentes nos EUA e não sabe como fazer para aplacar os protestos do movimento OCCUPY WALL STREET (mas a Polícia sabe, tem baixado o sarrafo). Não seria o caso de ajuda humanitária da OTAN para evitar violações sistemáticas dos direitos humanos?

Obama também está às voltas com as colônias da Comunidade Europeia em estado falimentar e tem pela frente a disputa eleitoral de 2012. Quer mais quatro anos para fingir que é negro e tem práticas políticas diferentes das de seus antecessores, por exemplo, George W. Bush.  

Radicais de extrema-direita, tanto em Israel como nos EUA, não consideram a questão econômico/financeira como problema para uma guerra contra o Irã. É o contrário. Entendem que é preciso liquidar de vez com qualquer perspectiva adversa no Oriente Médio.  

A “Primavera Árabe” é encarada como risco para os interesses dos dois países – Israel e EUA – e o único dado que levam em conta é o poder bélico que dispõem.

Na avaliação desses insanos, destruir o Irã, liquidar com a Revolução Islâmica, vai permitir que os ajustes econômicos se façam pelo terror e pelo medo, mesmo que a China, e eventualmente a Rússia, possam se inquietar com a voracidade do complexo ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.  

E antes que o mal cresça, a reação dos povos árabes, é necessário cortá-lo pela raiz.

É o modo de pensar dos malucos do IV Reich. Temem, entre outras coisas, que os generais egípcios, subordinados a Washington, percam o controle da situação no país e grupos islâmicos, em eleições livres, se transformem em governos.  

Se vão conseguir ou não é outra história. Via de regra têm alcançado seus objetivos desde o primeiro mandato de George W. Bush.

As forças armadas norte-americanas, os serviços de inteligência e os interesses daquilo que o general Eisenhower chamava de “complexo industrial e militar” são maiores que a propalada “democracia”, tanto nos EUA como em Israel. E estão privatizados nos milagres do neoliberalismo. A isso se juntam interesses de banqueiros, apavorados com a possibilidade de alguma mudança de maior porte da ordem econômica mundial e essa vir a representar a perda de juros, extorsões, etc..

O fracasso militar no Afeganistão, ou as perdas no Iraque não pesam na balança de qualquer raciocínio dessa gente, pelo simples fato que não raciocinam. Eles grunhem, é bem diferente.  

Um holocausto nuclear, hipótese não descartada, já que o governo de Israel dispõe de pelo menos cem ogivas de fusão e ameaça usá-las, também não assusta os insanos de Washington e Tel Aviv.

As cavernas sempre estarão prontas para acolhê-los. Os cidadãos de seus países, nem de longe. São adereços no processo político da barbárie.

E o resto do mundo então?  

A maneira de agir dos insanos cresce em ferocidade na exata proporção das dificuldades econômicas e financeiras. Do ponto de vista militar o Irã é uma incógnita, embora se saiba que sua capacidade de defesa seja maior que a de outros países da região. A ideia de começar a guerra fomentando manifestações contra o governo iraniano e a Revolução Islâmica a partir de mercenários infiltrados, como fizeram na Líbia, pode se repetir.

O maior risco segundo alguns observadores inclusive do próprio MOSSAD é o nacionalismo árabe.  

A inconsequência dessa gente, o jeito banana de ser de Barack Obama, pode ser visto em sua totalidade na decisão de cortar suas participações na UNESCO – órgão das Nações Unidas voltado para a cultura e a educação – pelo simples reconhecimento da Palestina como Estado independente e o direito de um assento no organismo.   Retaliação imediata e brutal do complexo terrorista.  

A superioridade militar desse complexo é indiscutível. O preço a ser pago esse não. De qualquer forma a insânia é de tal ordem que não se importarão de praticar ações militares de terra arrasada. Fizeram isso na Líbia.  

Ou massacram com o consentimento de governos locais, como o da Arábia Saudita, do Iêmen, ou ainda na Europa, como o da Grécia, ou despejam robôs travestidos de humanos e toneladas de bombas. Os falsos pretextos são os de sempre:

  • Armas químicas e biológicas que não existiam no Iraque.
  • Violação dos direitos humanos na Líbia.
  • Plano Colômbia para colonizar o país e instalar bases militares contra toda a América do Sul.
  • Golpe militar (como em Honduras) para afastar riscos de governo hostil.

Todo um arsenal de mentiras geralmente anunciadas pelo primeiro-ministro britânico, “sparring” preferido de Washington e Tel Aviv.  

Londres é a pérola, o diamante, do império ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A. Tem um ar assim de rainha Elizabeth II, cheira a formol e traz destruição em sua genética.  

Um dos generais norte-americanos que defendem o plano de Israel de destruir o Irã, posto diante de uma pergunta sobre a reação dos chineses, respondeu assim – “e daí, vão nos atacar?”.  

 Todo o poderio econômico da China, ou de quem quer que seja, ou venha a ser, é impotente contra a insânia de generais, políticos, banqueiros e grandes corporações empresariais montados em arsenais nucleares capazes de destruir o planeta centenas de vezes.  

A lógica dos insanos é a destruição. Para figuras como Netanyahu pouco importa o que pensa boa parte dos cidadãos de Israel, ou do resto do mundo, desde que o poder terrorista possa ser mantido intacto. É ele que sustenta o poder econômico e permite as políticas históricas de saques, barbárie crueldade contra povos considerados inferiores.  

Por isso são insanos.  

Não há saída fora da luta nas ruas mesmo que o preço a ser pago seja alto. É uma questão de sobrevivência da espécie que se pretende classificada como humana e racional.   E nem alternativas dentro do mundo chamado institucional em qualquer lugar. Está ruindo e a despeito de um bramir aqui e outro ali sujeita-se ao complexo terrorista.  

Chegamos ao ápice da evolução. Do processo civilizatório. A insânia com o comando do leme.


Enviado por Laerte Braga via Facebook (Union de los Pueblos de Nuestrra America)
Publicado originalmente no Diário da Liberdade