sexta-feira, 13 de julho de 2012

O lado trágico do ciúme



Esse sentimento tão comum, quando excessivo, pode se tornar 

um quadro patológico e transformar histórias de amor em casos 

de agressão e morte, como aconteceu com a bela modelo em São 

Paulo

Flávio Costa, Natália Martino e Paula Rocha
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AMOR POSSESSIVO
Bruno César Ribeiro e Babila Marcos: por ciúme,
ele matou a mulher e ex-modelo a facadas
Uma história de amor iniciada há quatro anos que terminou em agressão e morte por ciúme excessivo. É assim que pode ser resumido o relacionamento do corretor de imóveis Bruno César Augusto Ribeiro, 30 anos, com sua mulher, a ex-modelo Babila Teixeira Marcos, 24. Após uma discussão regada a muita bebida alcoólica, Bruno matou Babila a facadas. Um dos golpes desferidos esfacelou a maçã direita do belo rosto da jovem, que jazia deitada na cama quando policiais entraram na casa do casal no bairro do Jabaquara, em São Paulo. No quarto ao lado, o filho de 2 anos dormia alheio à discussão dos pais. Bruno foi indiciado por homicídio qualificado e motivo torpe na semana passada. O derradeiro desentendimento do casal parecia apenas mais um entre tantos, geralmente motivados pelo ciúme exagerado dele. Logo no começo do namoro, Bruno proibiu Babila de seguir trabalhando como modelo. Não satisfeito, escolhia as roupas que a mulher poderia vestir e a afastou dos amigos de São Bernardo do Campo, município do ABC paulista onde ela nasceu e se criou. “Ele a exibia como se fosse troféu. Um objeto que ele poderia usufruir quando quisesse”, afirma o comerciante Alexandre Marcos, pai da ex-modelo, que tem uma distribuidora de água mineral onde a filha trabalhava. 

Considerado por muitos o “tempero das relações”, o ciúme é um sentimento comum a quase todos os humanos e pode até mesmo ter desempenhado papel fundamental na evolução da espécie. Segundo teorias da psicologia evolucionista, é uma característica biológica que herdamos de nossos ancestrais, que usaram esse sentimento como um mecanismo de sobrevivência. “As mulheres das cavernas sentiam ciúme de seus machos para que eles não copulassem com outras fêmeas, o que colocaria em risco a sua própria prole.

Já os homens usavam o ciúme como uma forma de garantir que a parceira não geraria filhos de outros machos”, diz o psicólogo Thiago de Almeida, especializado em relações difíceis e autor do livro “Ciúme e Suas Consequências para os Relacionamentos Amorosos” (Editora Certa). Dos primeiros enlaces românticos até hoje, o ciúme muitas vezes apareceu atrelado a conceitos positivos, como zelo e proteção. A máxima de que “quem ama cuida” é comumente citada pelos ciumentos para justificar seus atos. “Porém, quando esse sentimento passa a ser um sofrimento muito grande, a ponto de prejudicar a vida daquele que o sente, ou a de seu parceiro, pode se tratar de um quadro de ciúme patológico”, alerta Almeida.
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PASSADO
Babila e Bruno com o filho: a relação sempre foi conflituosa
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O retrato mais emblemático de ciúme doentio provém da literatura. No clássico “Otelo – O Mouro de Veneza”, de William Shakespeare (1564-1616), o general protagonista da história acredita piamente estar sendo traído por sua esposa, Desdêmona. Cego pelo ciúme e pela raiva, ele asfixia a mulher. Depois, no entanto, ao descobrir que ela não era adúltera, tira a própria vida com um punhal e antes de morrer ainda beija o corpo inerte de Desdêmona. A tragédia shakespeariana acabou por batizar a condição chamada de ciúme patológico, também conhecida como “síndrome de Otelo”. “Diferentemente do ciúme normal, o doentio não precisa de uma motivação. Ele pode surgir sem que algo desencadeie uma suspeita”, explica a psicanalista Tatiana Ades, autora dos livros “Hades: Homens Que Amam Demais” e “Escravas de Eros” (Editora Isis). De acordo com especialistas, há dois tipos mais comuns de ciúme (leia quadro na pág. 78). No ciúme normal, ou protecionista, o ciumento se sente ameaçado por alguma situação ou por um rival em potencial e quer proteger a relação ou a pessoa que ama. Já no doentio ou retaliador, o medo de perder o ser amado faz com que a pessoa aja de forma punitiva, sem considerar argumentos racionais. “O ciumento patológico acredita em seus próprios delírios e essa autoilusão, em casos extremos, pode levar a agressões ou até à morte”, diz Almeida. 

A combinação de amor, ciúme e tragédia, que sempre pontuou as crônicas policiais, também está presente em outro caso recente que mobilizou o País. Em 16 de junho, a policial federal Angelina Filgueiras, 42 anos, irmã da modelo Ângela Bismarchi, morreu com um tiro no peito durante uma discussão entre ela, o namorado, Jolmar Wagner Alves Milato, 40, e o ex-marido, o capitão reformado da Marinha Márcio Luiz Dias Fonseca, 48, que também faleceu. Segundo o advogado de defesa de Milato, o ex-marido de Angelina não aceitava o fim do casamento e teria feito ameaças a ela e a seu cliente, antes de entrar armado na casa dela naquela noite. Desesperada pela briga entre os dois, Angelina atirou em si mesma, e Milato, agindo, conforme alega, em legítima defesa, disparou três vezes contra Fonseca. Parentes da vítima disseram que o sentimento que Fonseca nutria por Angelina era doentio. “Quem sofre de ciúme patológico acaba se tornando uma marionete dos próprios sentimentos, mas a violência é um processo cumulativo”, explica Almeida. “Quando o cônjuge aceita uma reação violenta ou uma agressão psicológica do ciumento, acaba reforçando esse comportamento.”

A escalada de agressões verbais, psicológicas e físicas é bem conhecida da enfermeira Bernadete Segatto, 50 anos. Na semana passada, ela chegou à Primeira Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo, munida com quase uma dezena de Boletins de Ocorrência (BO) contra o ex-namorado, Robert de Lima Fonseca, 48 anos. Os documentos relatam parte da história do casal, que começou há quase três anos e teve várias idas e vindas até o fim definitivo, em novembro do ano passado. Bernadete conta que Fonseca a agride desde o início do relacionamento. “Sempre que acontecia, eu terminava o namoro, mas ele ia atrás de mim e me ameaçava. Eu não voltava por amor, voltava por medo”, diz. Conforme relato da enfermeira, Fonseca a agrediu fisicamente várias vezes, a jogou de um carro em movimento, a prendeu em cárcere privado, a estuprou quando ela tentou terminar a relação e ameaçou os filhos dela, que hoje vivem com o pai por determinação do Ministério Público. Tudo por ciúme. “Enquanto eu estava com ele, era proibida de trabalhar, de fazer esportes, de qualquer coisa. Ele sempre me acusava de estar tendo um caso com alguém, fosse o professor da academia ou o pastor da igreja. Uma vez ele cortou meu cabelo para tentar me deixar mais feia”, diz.
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"Quando cheguei, mal abri a porta e ela veio com o ferro de passar quente
na minha direção. Me defendi, mas ela continuou a agressão verbal e física"

F., 40 anos, que se divorciou depois de um ataque de ciúme da mulher
No caso da bela modelo morta em São Paulo, o histórico de violência de Bruno contra Babila era antigo. Há três anos, a jovem ligou certa noite para a mãe, Rosana Marcos, dizendo que estava trancada no banheiro, pois Bruno a ameaçava com um revólver 38 em punho. O caso acabou no 35º DP (Jabaquara), onde a mulher desistiu de prestar queixa. O casal reatou após poucos meses de separação. Uma semana antes de ser assassinada, Babila revelou a familiares o desejo de se separar por conta do ciúme excessivo do marido, que engendrava uma rotina de brigas. “Ela apenas estava esperando passar o batizado e o aniversário do filho para tomar a decisão”, revela a mãe. Dias antes da tragédia, Bruno chegou a ameaçá-la dizendo que a mataria junto com o filho se ela o abandonasse. Na noite do crime, os policiais encontraram o carro da vítima, um Astra Wagon, na garagem, com os vidros abertos e a chave na ignição. Uma mala estava repleta de roupas da criança e ainda continha todos os documentos de Babila, que recebeu várias facadas nas costas, segundo apurou ISTOÉ. “É um erro da vítima subestimar as intenções do agressor. Em casos de violência doméstica, é mais do que necessária a intervenção policial”, afirma a delegada Lisandrea Zonzine Salvariego Colabuono, responsável pelo inquérito policial do caso e titular da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher. Em metade dos casos de homicídio de mulheres havia denúncia de violência daquele agressor anteriormente, segundo o Mapa da Violência 2012.

Tanto homens quanto mulheres podem sofrer de ciúme patológico, porém são elas as vítimas mais frequentes de agressões de parceiros ciumentos. De acordo com a Pesquisa DataSenado 2011, em 27% dos casos de violência doméstica registrados no Brasil a agressão foi motivada pelo ciúme. No mesmo ano, em um levantamento do Instituto Avon, 48% das entrevistadas que declararam ter sido vítimas de violência grave disseram que esse sentimento de posse foi o fator responsável pela agressão. “Apesar de todos os avanços na questão dos direitos femininos, infelizmente vivemos em uma sociedade ainda muito machista, em que a mulher muitas vezes é vista como uma propriedade privada de seu namorado ou marido”, diz Tatiana Ades. “Por isso é mais difícil para os homens aceitar quando uma mulher quer terminar um relacionamento.” Isso não significa, contudo, que elas sejam menos ciumentas, e sim que o sentimento se manifesta de forma diferente. “Homens tendem a sentir mais ciúme sexual, enquanto as mulheres ficam mais enciumadas ao pensar que seus namorados ou maridos podem estar emocionalmente envolvidos com outra”, diz Almeida. “E as mulheres são mais sutis na hora de demonstrar ciúme”, diz Tatiana.

Hoje casada e mãe de uma filha de 4 anos, a relações-públicas M., que pediu para não ser identificada, chega a sorrir ao se lembrar do namorado por quem foi “loucamente apaixonada” aos 19 anos. Depois das brigas constantes, ela fazia plantão na portaria da casa do namorado e se jogava em frente ao carro dele para obrigá-lo a parar e conversar. Quando ele a deixava em casa depois de uma festa, imediatamente uma amiga era acionada para persegui-lo e, assim, descobrir se ele realmente foi para casa ou se iria se encontrar com “a outra”, a suposta amante que nunca foi flagrada. Essa relação complicada durou dois anos e terminou quando ela percebeu quanto ficava fora de si diante do namorado. “Foi um período conturbado, mas serviu de lição, aprendi o que não queria para a minha vida. A questão não é o tamanho do amor, mas sim a forma como o direcionamos”, avalia.
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"Sempre que ele me agredia, eu terminava o namoro, mas ele vinha atrás
de mim e me ameaçava. Eu não voltava por amor, voltava por medo"

Bernadete Segatto, 50 anos, que pede na Justiça medidas
protetivas contra o ex-namorado Robert de Lima Fonseca
O fato de a maior parte dos crimes motivados por ciúme ser cometida por homens pode ser explicado pela alta impulsividade deles, na opinião do psiquiatra forense Miguel Chalub. “Homens são mais agressivos e mais inseguros de sua performance sexual, o que os torna mais propensos a sofrer com o ciúme doentio”, diz Chalub. “Por isso, quando uma mulher agride ou mata o cônjuge por ciúme, a sociedade fica escandalizada.” O administrador de empresas F., 40 anos, que pediu para não ser identificado, sofreu na pele com uma ciumenta patológica. O namoro e o casamento foram tranquilos até que ele, em um novo emprego, começou a trabalhar até tarde da noite. “Era um tormento, ela dizia que eu tinha um caso com alguma mulher do trabalho e, com o tempo, isso foi crescendo. Ela criava situações na cabeça dela e acreditava naquelas fantasias todas”, conta. Enciumada, ela ligava para o ramal dele várias vezes ao dia para conferir se o marido realmente estava trabalhando. Até o dia em que ele não atendeu – já estava a caminho de casa. “Quando cheguei, mal abri a porta e ela veio com o ferro de passar quente na minha direção. Me defendi, mas ela continuou a agressão verbal e física. Para não perder a cabeça, saí de casa naquela noite.” No dia seguinte, outra surpresa. Todas as roupas, CDs e livros de F. estavam rasgados e quebrados em uma pilha no meio da sala. “Foi o estopim para o divórcio”, diz.

Paradoxal como grande parte dos sentimentos humanos, o ciúme em demasia também pode significar desejos ocultos da própria pessoa. “Muitas vezes aquele que sente ciúme exacerbado está projetando no parceiro algo que ele mesmo faz ou gostaria de fazer”, afirma a psicanalista Tatiana. “Já vi vários casos de homens ciumentos que eram eles próprios os infiéis.” Foi o que aconteceu com a escritora catarinense Vanessa de Oliveira, 37 anos. Há dois anos ela conheceu por meio de uma amiga aquele que parecia ser o grande amor de sua vida. “Ele era calmo, educado, gentil. Um príncipe encantado”, conta Vanessa. Durante os primeiros seis meses em que viveram juntos, tudo correu bem. Até que ele começou a revelar seu lado ciumento. “Ele me ligava o dia inteiro para saber onde eu estava e passou a me tratar mal por ciúme dos outros funcionários do shopping onde tínhamos uma loja”, diz. Um dia, Vanessa descobriu que, apesar de ser extremamente ciumento, o marido mantinha relacionamentos paralelos com diversas mulheres e até era casado legalmente nos Estados Unidos com outra brasileira. “Quando o confrontei com a verdade, ele me agrediu, quebrou minhas coisas, me expulsou de casa e até me ameaçou de morte.” A história de decepção rendeu o livro “Psicopatas do Coração” (Editora Matrix), lançado no início do ano. “Hoje estou recuperada, mas ainda me assusto quando vejo fotos da época em que vivia com ele. Eu parecia outra pessoa, até tinha mudado meu jeito de vestir em função dele”, diz.

Mesmo que nem todos os ciumentos excessivos sejam infiéis ou desejem ser, algumas características se repetem nos perfis daqueles que padecem dessa condição. Em comum, homens e mulheres que sofrem de ciúme patológico apresentam sinais de alta ansiedade, pouca tolerância à frustração e baixa autoestima. “A maioria carrega uma sensação de rejeição que vem da infância”, explica Tatiana Ades. Opinião compartilhada por Chalub. “Esse sentimento está ligado a transtornos de personalidade, especialmente entre os homens. Quando um homem não recebe afeto suficiente da mãe quando pequeno, as chances de ele se tornar um ciumento em excesso são grandes.” Outros distúrbios psicológicos, como paranoia e transtorno obsessivo compulsivo, também são geralmente associados ao ciúme em demasia. “O problema do ciumento patológico é com ele próprio, e não com seu parceiro ou parceira”, diz Tatiana.
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SUICÍDIO
A policial federal Angelina Filgueiras se matou diante de uma discussão entre o namorado,
Jolmar Milato, e o ex-marido Márcio Luiz Fonseca (na foto com ela), que não aceitava o fim do casamento
A boa notícia é que existem grupos que podem ajudar essas pessoas a controlar o sentimento. O Mada (Mulheres Que Amam Demais Anônimas), que existe há 18 anos no Brasil, acolhe mulheres que se encontram em relações destrutivas. “Ter ciúme é uma característica comum de todas nós, mas apenas algumas apresentam um quadro de ciúme patológico”, diz uma integrante do grupo. Seguindo uma versão adaptada dos 12 passos do grupo Alcoólicos Anônimos (AA), as mulheres do Mada, que possui mais de 30 pontos de encontro pelo País, procuram evitar os comportamentos destrutivos, um dia de cada vez. “Através do depoimento das outras mulheres, consigo aprender algo sobre mim mesma e manter sob controle meus sentimentos.” A mesma filosofia move o grupo de apoio aos ciumentos patológicos do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. O serviço é gratuito e destinado a homens e mulheres. “O objetivo é melhorar a autoestima e ajudar a controlar o comportamento de ciúme daqueles que buscam ajuda”, explica Mônica Zilberman, coordenadora do projeto. “Não falamos em ‘cura’ até porque não se trata de uma doença em si, mas de um sintoma que pode estar exacerbado até em pessoas sem transtorno psiquiátrico.” 

No caso de Babila, tal qual Otelo, Bruno buscou no suicídio a forma de lidar com sua culpa. Cortou os pulsos e o pescoço, mas não obteve sucesso porque o irmão adolescente, que morava com o casal, chegou minutos depois do assassinato da jovem. Até a sexta-feira 13, Bruno continuava internado em estado grave no Hospital Saboya, no Jabaquara, sob escolta policial. “O amor dos dois era doentio, obsessivo. Ambos eram muito ciumentos. Mas ninguém esperava que fosse acabar assim”, diz um amigo do casal. Como disse o poeta espanhol Lope de Vega (1562-1635), “não existe glória maior do que o amor, tampouco castigo maior do que o ciúme”.
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PERIGO
O ciumento patológico acredita em seus delírios e isso pode
levar a agressões ou até à morte, diz o psicólogo Thiago de Almeida
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Fotos: Marco Ankosqui; reprodução; PEDRO DIAS; João Castellano/Ag. Istoé; Reprodução/internet; Divulgação

Pastor Malafaia vai integrar campanha de Eduardo Paes




Depois de chefiar uma gestão que deu espaço ao movimento dos homossexuais (criou uma Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual) e às religiões (implantou o ensino religioso nas escolas), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, incorporou à sua campanha o pastor Silas Malafaia. Pelo acordo, o presidente da Assembleia de Deus do Ministério Vitória em Cristo e um dos mais duros críticos do que chama de "privilégios" dados aos gays pelos políticos, o religioso gravará vídeo indicando o voto no peemedebista e ganhará apoio para o candidato a vereador Alexandre Isquierdo, da sua igreja. Em 2010, o pastor apoiou José Serra (PSDB) para presidente, em meio à polêmica envolvendo o direito ao aborto.
"(A prefeitura) Tem Secretaria (sic) da Diversidade Sexual, mas meu problema não é esse", disse Malafaia. "Acho que um prefeito, governador, tem de atender tudo: católico, espírita, homossexual... Minha questão não é essa. Minha questão fala de privilégios. Não quero para evangélicos, mas também não quero para ninguém."
Em maio, Paes e Malafaia estiveram no centro de uma polêmica. A prefeitura liberou R$ 2,48 milhões, em dinheiro público, para financiar a Marcha para Jesus, evento religioso que foi liderado Malafaia, também presidente do Conselho de Pastores do Estado do Rio de Janeiro. Era a sétima edição anual do evento, mas, segundo o religioso, a primeira que teve apoio da prefeitura. Na caminhada, o pastor anunciou que devolveria R$ 410 mil que não tinham sido gastos na organização do evento. "O povo de Deus é correto", afirmou na ocasião. Mas a relação entre Malafaia e o prefeito é anterior. Segundo o religioso, começou quando Paes ainda era secretário do então prefeito Cesar Maia (DEM) e se fortaleceu a partir da eleição do prefeito.
"Quando o Eduardo Paes foi candidato em 2008, estava em uma disputa acirrada com o (Fernando) Gabeira (PV)", disse Malafaia, recordando o segundo turno da eleição. "Observaram que o Gabeira, apesar das suas posições sobre maconha e homossexualismo, tinha um índice enorme entre os evangélicos."
Paes, relatou o pastor, o procurou em casa, esperando que voltasse de uma viagem. "O senhor pode decidir essa eleição", teria dito o prefeito. Malafaia contou ter respondido dois dias depois. Gravou sua participação no horário eleitoral, pedindo votos e, desde então, houve um relacionamento mais estreito. "Falei com ele direto, nesses quatro anos", relata, elogiando a facilidade de acesso ao prefeito. Ele contou que, este ano, Paes o procurou novamente e disse: "Conto com vocês". Na semana passada, selaram o acordo.
Agência Estado

Nassif acusa Veja de golpismo em entrevista a revista boliviana



Nassif acusa Veja de golpismo em entrevista a revista bolivianaFoto: Edição/247

JORNALISTA DISSE AO SEMANÁRIO LA ÉPOCA QUE A REVISTA REALIZOU LONGA CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO CONTRA O EX-PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

13 de Julho de 2012 às 17:28
247 - O jornalista Luis Nassif apresentou a revista Veja à imprensa boliviana como uma publicação golpista. "A revista brasileira Veja, nos últimos 15 anos, incorre em um jornalismo muito complicado de chantagem e utilização de gravações clandestinas a fim de fazer jogadas empresariais jornalísticas", diz o blogueiro em entrevista ao semanário La Época que será publicada na íntegra no domingo (a Agência Boliviana e Informação antecipa alguns pontos da entrevista).
Nassif, que concedeu a entrevista via Skype, diz que a revista Veja realizou longa campanha de difamação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A campanha foi de forma direta, porque a revista Veja chegou a publicar 40 páginas e capas contra Lula que consistem numa perseguição sem fundamentos e cheia de preconceitos que se constituem numa tentativa de derrubar governos", disse, acrescentando que o caráter golpista da revista afetou até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Questionado sobre a tendência política que caracteriza a revista, Nassif disse que a Veja recorre a um "anti-comunismo ultrapassado e um macartismo pesado para disfarçar seus movimentos empresariais". Segundo o jornalista, esse comportamento leva a publicação a perder cada vez mais prestígio.
Nassif também comenta a denúncia de Veja que ligou o ministro da Presidência boliviano, Juan Ramón Quintana, ao traficante brasileiro Maximiliano Dorado Munhoz Filho. “O que a revista disse são mentiras e já nem se imagina em que medida suas reportagens não mantêm relação com a realidade”, disse o blogueiro, citando reportagem sobre suposto acordo entre o governo Lula e as Farc. “Era uma reportagem que não tinha nem pé nem cabeça e também utilizou a Venezuela e a Bolívia para tentar criar um clima de ameaça comunista”, completou.
O jornalista se disse ele mesmo vítima da revista, ao dizer que um dos sócios da editora Abril se associou, em 2007, com “um banqueiro muito polêmico”, na descrição da Agência Boliviana de Informação, chamado Daniel Dantas. “A estratégia consistia em colocar alguns jornalistas para atacar violentamente a quem ousasse denunciar a revista por suas práticas. Decidi enfrentar e publiquei uma série pela internet sobre o caso Veja, conseguindo o apoio de 800 blogs”.

Deposição de Fernando Lugo foi golpe contra o Brasil



Deposição de Fernando Lugo foi golpe contra o BrasilFoto: Edição/247

OSCILANDO ENTRE MOMENTOS DE CHOQUE E PRESSÃO NOS BASTIDORES, ATITUDE DOS ESTADOS UNIDOS NA CRISE PARAGUAIA COLOCA BRASÍLIA EM XEQUE

13 de Julho de 2012 às 08:43
Breno Altman _Opera Mundi - Quase um mês após o desfecho sumário do processo que provocou a derrocada do presidente constitucional do Paraguai, já é possível analisar com mais acuidade os interesses geopolíticos envolvidos.
Não é uma novidade que as iniciativas de integração sul-americana, aprofundadas após a posse de governos progressistas nesse rincão, estabelecem desafio para a estratégia da Casa Branca, cujas raízes remontam à velha Doutrina Monroe. Desde que o quinto presidente dos Estados Unidos proclamou seu enunciado, em 1823, "a América para os americanos" virou o zênite da política continental de Washington.
Na virada do século, o centro dessa estratégia era a constituição da ALCA - a Área de Livre Comércio das Américas, que selaria a hegemonia sobre nações que considera sua reserva natural de influência. As vitórias eleitorais de esquerda, especialmente de Hugo Chávez e Lula, colocaram por terra o plano expansionista.

Os formuladores do Departamento de Estado levaram algum tempo para reagir. Substituíram a abordagem de bloco pela bilateralidade. Através de tratados de livre-comércio e acordos militares, entenderam que o melhor caminho para defender suas posições seria dificultar que a região encontrasse fórmulas de unidade fora de seu controle.
Com esse objetivo, além dos vínculos com governos conservadores (o caso da Colômbia é o mais exemplar), os EUA trataram de intensificar sua atuação para isolar os processos mais consolidados de mudança política (especialmente a Venezuela de Chávez) e interferir contra novos avanços da esquerda. As fichas reveladas pelo Wikileaks estão fartas de informações a respeito.

A atitude em relação ao Brasil, no entanto, vinha se mostrando instável. Com momentos de choque, como no caso iraniano, e outros de pressão nos bastidores, buscando enfraquecer as posições brasileiras no cenário internacional sem afrontá-las. Na maior parte do tempo, contudo, a Casa Branca preferiu defender seus interesses atrás do palco.

Base militar

A derrubada de Lugo, porém, abre novo capítulo. Imediatamente reconhecido por Washington, o governo de Federico Franco facilita enclave norte-americano na área do Mercosul, incluindo a retomada do projeto da base militar de Mariscal Estigarriba. Poucos dias após a queda do presidente, uma delegação do Pentágono já se encontrava em Assunção, conforme revelou o insuspeito deputado Lopes Chávez, presidente da Comissão de Defesa da Câmera de Deputados e aliado do general Lino Oviedo, um dos mentores do golpe.

Além de pretensões práticas, os EUA, ao favorecerem uma virada de mesa na vizinhança brasileira, possivelmente imaginaram colocar em xeque a capacidade do principal país da região em reagir a situações de conflito. Não é segredo, afinal, que o bloco sul-americano depende da força política, econômica e militar do Brasil.

Mas o desenlace, por ora, fustiga os desejos da superpotência. Apesar da influência de grupos pró-Monroe, e por isso mesmo criticado pela hesitação perante o golpe, o Itamaraty seguiu as determinações da presidente Dilma e a Casa Branca tomou o troco, com a suspensão do Paraguai e a integração da Venezuela ao Mercosul.

Logo os aliados de Washington, das mais distintas nacionalidades, começaram a espernear, tentando reverter ou desgastar a resposta liderada pelo Brasil. A começar pelo secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), entidade notoriamente subordinada aos desígnios norte-americanos. Uma reação que ressalta o quanto a disputa ultrapassa o cenário de um pequeno país.

Está em jogo o próprio projeto de integração sul-americana. Os adversários desse processo arriscaram um ataque frontal à liderança brasileira, em plena Rio+20, na expectativa de derrubar uma peça do dominó e ver todas as demais caírem na sequência. Até agora, encontraram resistência à altura.

*Breno Altman é jornalista e diretor editorial do Opera Mundi

Bola da vez, Wilder diz não ter gratidão por Cachoeira



Bola da vez, Wilder diz não ter gratidão por CachoeiraFoto: Divulgação

SUPLENTE DE DEMÓSTENES ALEGA QUE CONVERSA COM CONTRAVENTOR ESTÁ FORA DE CONTEXTO: "MEU REAL PROPÓSITO NÃO FOI MOSTRAR GRATIDÃO, MAS PÔR FIM A UMA CONVERSA CONSTRANGEDORA"; DEM QUER EXPLICAÇÕES E SENADORES JÁ FALAM EM PROCESSO NO CONSELHO DE ÉTICA; EMPRESÁRIO ESTARIA FAZENDO CONSULTAS JURÍDICAS PARA SE FILIAR AO PSD

13 de Julho de 2012 às 11:30
Goiás247 - Wilder Morais (DEM-GO), suplente do ex-senador cassado Demóstenes Torres, disse ontem no microbolg Twitter que conversa gravada pela Operação Monte Carlo entre ele e Carlinhos Cachoeira está fora de contexto. No grampo, o contraventor diz ter indicado o empresário para a suplência de Demóstenes.
"Áudio exibido pela imprensa mostrando Carlos Cachoeira dizendo q me indicou a suplente e secretário é fragmento de uma conversa...", alega Wilder, na primeira de quatro mensagens. Em seguida, afirma que ele e o contraventor discutiam "sobre questões de foro íntimo, que resultou na separação da esposa". Andressa Mendonça, atual mulher de Cachoeira, foi casada com Wilder por seis anos.
Na conversa grampeada, Cachoeira sustenta ter sido ele a iniciar Wilder na vida política:
– Fui eu que te pus na suplência, essa secretaria, fui eu. Você sabe muito bem disso.
Wilder dá a entender que concorda:
– Carlinhos, deixa eu te falar um negócio procê. Pensa um cara que nunca teria, enfim, encontrado um governo, que nunca teria sido bosta nenhuma, cara. Você tá falando com esse cara.
No Twitter, Wilder afirma, no terceiro post, que "ao contrário do que vem sendo divulgado, meu real propósito não foi mostrar gratidão, mas pôr fim a uma conversa constrangedora." E conclui: "Se a íntegra da conversa fosse divulgada, a interpretação dos fatos certamente seria outra."
O grampo caiu como uma bomba no Senado, segundo notícia do jornal O Popular, de Goiânia. “O fato de ter sido indicado para a suplência pelo Cachoeira é uma suspeição evidente. Não acho justo prejulgar, mas os fatos falam mais alto. Na hora que você toma posse, se submete à luz do sol. Se você tiver razão, não derrete”, disse ao jornal o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O líder do PT, Walter Pinheiro (BA), também diz a O Popular que Wilder poderá ter de se explicar no Conselho de Ética: “Nossa obrigação é colher explicações na CPI ou no Conselho de Ética, se necessário for. Além dele ter a obrigação de dar uma explicação ao eleitorado de Goiás, ele tem a responsabilidade com o Brasil”.
Explicações
Antes de incursão de Wilder pelo Twitter, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que iria cobrar explicações do empresário. Maia quer que o futuro novo colega esclareça também denúncia de que omitiu bens em suas declarações ao Tribunal Superior Eleitoral e à Receita Federal. Sobre esse episódio, Wilder argumenta que os empreendimentos citados, dois shoppings centers, pertencem ao Grupo Orca, onde é um dos cotistas: "Isso consta em minha prestação de contas", disse pelo Twitter.
O grupo Orca possui shopping centers em Goiânia, Anápolis, Valparaíso de Goiás, Uberaba e Medellín, na Colômbia.
O pedido de explicações do presidente do Democratas acontece depois de noticias veiculadas na imprensa goiana dando conta de que Wilder não estaria disposto a seguir à risca as orientações do partido. Atualmente secretário de Infra Estrutura do Governo de Goiás, o empresário teria encomendado estudos jurídicos sobre a possibilidade de filiar-se ao PSD sem correr o risco de perder o mandato de senador.
Wilder não teria interesse em confrontar a base de apoio ao governo federal no Senado. O empresário tem relações com todas as forças políticas em Goiás. Ele foi um importante doador para a campanha de Pedro Wilson (PT) a prefeito de Goiânia, em 2004. Wilson é ao atual Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.

Demóstenes já tem sala no MP e pode ganhar 200 mil



Demóstenes já tem sala no MP e pode ganhar 200 milFoto: Folhapress_Divulgação

IRMÃO VAI DECIDIR SE O EX-SENADOR CASSADO TEM DIREITO A TRÊS LICENÇAS PRÊMIO; DEMÓSTENES JÁ DESPACHA NA 27ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA – SALA COM PLACA E TUDO (FOTO) – E VAI ENFRENTAR PROCESSO DISCIPLINAR; ONTEM, ELE FOI AO TWITTER SE DEFENDER: “A OPOSIÇÃO É NECESSÁRIA, ALIÁS, É VITAL PARA A DEMOCRACIA. SE FUI CASSADO POR ISSO, ENTÃO, O MOTIVO FOI UMA VIRTUDE.”

13 de Julho de 2012 às 11:23
Goiás247_ O ex-senador Demóstenes Torres pode receber R$ 200 mil do Ministério Público de Goiás, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Ele teria direito a três licenças prêmio que, somadas, alcançariam esse valor. A pessoa responsável pela autorização do benefício é o procurador geral de Justiça de Goiás, ninguém menos do que Benedito Torres, irmão de Demóstenes.
O ex-senador cassado já voltou ao trabalho. Ontem mesmo despachou, por cerca de 30 minutos, na pequenina sala da 27ª Procuradoria de Justiça, que tinha até mesmo placa na porta com seu nome. No MP goiano, Demóstenes terá direito a dois assessores, muito abaixo dos 18 a que tinha no Senado, e salário entre R$ 22 mil e R$ 24 mil, contra os R$ 41 mil (com benefícios) que recebia no Senado. Demóstenes perde ainda verba de representação, passagens aéreas e moradia por conta.
Demóstenes esteve afastado da função de procurador de Justiça desde 1999, quando assumiu o cargo de secretário de Segurança Pública de Goiás. Ato contínuo, foi eleito senador pela primeira em 2002 e reeleito em 2010. Ele foi procurador geral de Justiça de Goiás entre 1997 e 1999.
Processo disciplinar
A Corregedoria-Geral do MP afirmou que vai instaurar "de ofício" procedimento disciplinar a fim de apurar se Demóstenes cometeu eventual falta funcional. Nenhum procedimento foi instaurado até então porque as acusações e suspeitas contra o ex-senador não atingiram sua atuação como membro do Ministério Público. A Corregedoria aguardava apenas a publicação da resolução que cassou Demóstenes, o que torna automaticamente sem efeito sua licença no MP. A publicação aconteceu na quarta-feira.
Mantido o vínculo com o MP, Demóstenes continuará detendo foro privilegiado por prerrogativa de função. Assim, o processo do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Já se ele for desligado do Ministério Público antes do julgamento, poderá ser julgado pela Justiça Federal em Goiás.
A Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público também está apurando o suposto envolvimento do irmão de Demóstenes, procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, com o grupo de Carlinhos Cachoeira.
Há um grupo de promotores que defende a expulsão de Demóstenes. Ele perderia até o direito à aposentadoria. O procurador pode ainda ser mantido ou receber uma advertência. O processo disciplinar contra Demóstenes expõe a divisão política no órgão entre apoiadores e detratores do ex-senador.
OAB
Ontem o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, defendeu que Demóstenes deveria aguardar o fim das investigações de seu envolvimento com Carlinhos Cachoeira para só então reassumir as suas funções no Ministério Público. "Milita em favor dele e de qualquer pessoa a presunção da inocência antes da sua condenação na Justiça, mas, do ponto de vista ético e moral, é claro que há um comprometimento por ele ter sido cassado", afirmou ao site UOL. "O ideal era que ele ficasse afastado para preservar a imagem da instituição e dele próprio."
Twitter
Ontem o senador cassado passou a noite no Twitter debatendo sua defesa e respondendo às mensagens de apoio que recebia. Ignorou os posts com referências agressivas. Foram 141 tweets, a maioria se dizendo inocente e injustiçado, que retomaria o mandato no Supremo, criticando o fato de que os áudios da Operação Monte Carlo não terem sido periciados e sugerindo a leitura de sua defesa.
Confira alguns posts:
@sandraniero O mandato é importante, mas dignidade é o que mais importa.
@mirandanilo Foi exatamente o que houve, uma leniência com a violação à Constituição.
@thalesmatzkeit Porque humanos, todos estamos sujeitos a erros. Mas nesse caso fui vítima de uma grande injustiça, como já provei.
@alyssonpato Vou repetir sempre: foi uma campanha exagerada, baseada em vazamentos criminosos de grampos ilegais com áudios montados.
@OPoltico A oposição é necessária, aliás, é vital p/democracia. Se fui cassado por isso, então, o motivo foi uma virtude.
@CaioBarbosa @HenrinB Sua frase é ótima: "Ideologia mata e como mata. No mínimo, de vergonha".
@CaioBarbosa @HenrinB Quando vê a lista de integrantes, a gente pensa que o PT não é de esquerda. Quando vê a prática deles, tem certeza.
@paulomff Já me desculpei mais de uma vez. Não é fácil enfrentar um sofrimento tão terrível e tão injusto durante tanto tempo
@amsppp52 Compreendo o seu sentimento, mas peço que conheça as peças de minha defesa. Nelas você vai ver por que reafirmo a minha inocência.
@BetoLimaSilva @josianecoutinho Não apenas na mídia. O áudios do inquérito estão montados, fraudados, p/transcrição me incriminar
@CCambara @jaimeramos21 Foi o que sempre pedi: um julgamento justo. Mas aceitaram pressa, pressão, ilegalidades, tudo a jato, p/linchar
@joaopedropalmas Todos os sigilos já foram quebrados. Entreguei ao Conselho de Ética extratos bancários e telefônicos
@CCambara @EdmarLyra A perícia já comprovou. Só que foram analisados poucos trechos. Antes de julgar, tudo tem de ser periciado
@CCambara @EdmarLyra O próprio procurador-Geral de Justiça, procuradores da República,delegados e juízes disseram q nada tenho c/organização
@Jhunioor Nunca houve, muito menos nessa escala, gravação ilegal que durasse quase quatro anos. Não tem precedente nenhum.
Para ler o memorial entregue pela defesa, http://migre.me/9S7od
@MeireGouveia Muito obrigado pela admiração. Qualquer dúvida acerca do caso, pode enviar que conversamos aqui.
@CCambara @EdmarLyra 250 mil horas de gravações. Nem assim conseguindo algo relevante, apelaram p/montagens e transcrições erradas
@jaimeramos21 Grampos ilegais, provas contaminadas. A própria PF contabilizou e mudou o dicionário: pode ser fortuito algo repetido 416 vezes?
Boa-noite, me desculpem os muitos que não consegui responder e muito obrigado pela oportunidade do debate
@OPoltico @jornalogoiano @JosianeCoutinho Não, o que resta é o debate e estou pronto p/ele.
@JosianeCoutinho Fui atacado de maneira covarde 50 vezes p/segundo, dia e noite, com base em provas ilegais e montadas. Isso não é campanha?
@ihamma @conteessi Não necessariamente. É preciso periciar, para que sejam atestados o conteúdo e a qualidade da transcrição
@conteessi Os grampos são inquestionavelmente ilegais. O conteúdo, que está contaminado, foi editado, montado, uma fraude.
@LaurinhaIMDS_PS @dudu_aritana Os projetos foram produtivos para Goiás e o Brasil. Dos que relatei diretamente, mas de 50 viraram leis
@ProfRbispo A denotação é exatamente de amizade. O problema foi a conotação exposta na campanha da máquina de moer reputações.
@MoacirNeto10 @apcesaraugusto Foi exatamente Deus quem me sustentou. Agradeço às orações, que foram vitais p/mim.
@serviooliveira Além de duvidoso e tendencioso, o vazamento é criminoso. Expuseram documentos tidos pela Justiça como sigilosos
@OPoltico E o que vimos, ouvimos e assistimos: uma campanha sórdida, desmedida, e baseada em provas ilegais e áudios sem perícia?