quinta-feira, 17 de maio de 2012

Jornais do PR sobre as farras na Europa estão sendo apreendidos







Oficiais de Justiça estão neste momento (20h) na sede do PR, no Centro do Rio apreendendo de forma ilegal e arbitrária o jornal “A República – 22”, órgão oficial do Partido da República. Nesta edição de maio, o jornal está divulgando as imagens das farras de Cabral na Europa em companhia dos seus secretários.

A decisão é da juíza Ana Paula Pontes Cardoso, titular da 192ª Zona Eleitoral e atende a um pedido do PMDB. Na sua fundamentação a juíza afirma que “as imagens podem configurar propaganda eleitoral antecipada”. Isso é um absurdo. Não há propaganda alguma como podem ver acima. Essas mesmas imagens foram divulgadas em todas as emissoras do país, por revistas de circulação nacional (Veja, Época, Isto É, Carta Capital), e pelos principais jornais do país.

Isto tem outro nome. Não é propaganda eleitoral antecipada. É censura a pedido do PMDB. Mais grave é o que os advogados me informaram pelo telefone já que me encontro na Região dos Lagos em reunião partidária. Na ânsia de atender o partido do governador e do prefeito, a juíza transformou sua decisão num mandado de busca de apreensão. Ora, qualquer advogado sabe que ela tinha que instruir o mandado de busca e apreensão, o que não fez, mas como não tinha tempo, usou a própria decisão para fazê-lo. É uma ilegalidade flagrante.

A decisão é provisória, em caráter liminar, mas é tão absurda que amanhã os advogados do partido ingressarão na Justiça para revertê-la. O desespero de Sérgio Cabral, Eduardo Paes e da Gangue dos Guardanapos é que os primeiros exemplares distribuídos hoje à tarde antes da decisão na Central do Brasil e na Praça XV causaram uma verdadeira revolta na população. O que Cabral e sua turma temem é que as imagens ridículas que protagonizaram cheguem ao conhecimento do povão e produzam um desgaste ainda maior à sua imagem já debilitada e ao PMDB.

A decisão da juíza da 192ª Zona Eleitoral é inconcebível num regime democrático. Não há pedido de voto, não há propaganda política nem eleitoral antecipada. O jornal está reproduzido na íntegra no alto, basta clicarem e conferirem. Há apenas as reproduções de imagens que circularam em todo o Brasil. Isso é censurar o debate político, é interferir na disputa eleitoral para tentar esconder do povo práticas nada republicanas de seus administradores. Em suma, é mais uma vergonha.

O secretário-geral do PR, Fernando Peregrino vai registrar queixa na delegacia contra essa arbitrariedade digna da piores ditaduras. Daqui a pouco daremos mais informações.

Quem quiser baixar o jornal é só fazer o download usando o link abaixo.

Para baixar o Jornal da República, clique aqui

Vergonha! Apreensão de jornais do PR golpeia o Estado Democrático de Direito



Fernando Peregrino lê a decisão judicial, enquanto funcionários da Justiça apreendem os jornais do PR e comemoram em clima de galhofa
Fernando Peregrino lê a decisão judicial, enquanto funcionários da Justiça apreendem os jornais do PR e comemoram em clima de galhofa


O secretário-geral do PR, Fernando Peregrino está neste momento na 5ª DP registrando queixa contra a arbitrariedade da apreensão dos exemplares do jornal oficial do partido “A República – 22”, que mostra as farras de Cabral e seus secretários na Europa, e que começou a ser distribuído hoje nas ruas.

É surreal a alegação de que se trata de propaganda eleitoral antecipada, argumento do PMDB de Cabral e Paes, aceito pela juíza da 192ª Zona Eleitoral que concedeu a liminar.

Não há uma linha sequer do jornal que faça qualquer propaganda ou peça votos. Todas as imagens mostradas no jornal são de domínio público e foram veiculadas em todos os principais jornais, revistas e emissoras de televisão do país, inclusive reproduzidas nos seus respectivos sites na internet.

Como podem ver na última foto acima, onde aparece um serventuário que acompanhava a Oficial de Justiça, Neusa da Silva Oliveira, era evidente o clima de euforia e vibração incompatível com a imparcialidade que se espera de representantes da Justiça.

Amanhã mesmo os advogados do PR irão recorrer dessa decisão estranhíssima que fere a democracia e mais uma vez institui a censura no Rio de Janeiro. Voltamos aos tempos da ditadura onde jornais que mostravam a verdade eram apreendidos.

Mas estejam certos que ninguém vai calar a verdade. Deixo pra vocês as palavras da presidente Dilma, ditas no seu discurso de ontem, ao instalar a Comissão da Verdade para investigar as violações aos direitos humanos durante a ditadura.

”Como disse Ulysses Guimarães uma vez: a verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada, a verdade não morre por ter sido escondida”.

Por mais que tentem, Cabral, Paes e sua turma do PMDB não conseguirão esconder e calar a verdade. Estejam certos disso. 

Vaccarezza é flagrado tentando blindar Sérgio Cabral em CPI


DE BRASÍLIA
DO RIO

O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi flagrado nesta quinta-feira, durante sessão da CPI do Cachoeira, garantindo blindagem do PT ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que corria risco de ser convocado a depor na comissão.

As imagens da troca de mensagens de celular entre Vaccarezza, um dos principais articuladores da base governista na CPI, e Cabral foram registradas por um cinegrafista e exibidas na edição desta quinta-feira do "Jornal do SBT".

"A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu [sic]", escreveu Vaccarezza a Cabral.


Vaccarezza não foi localizado pela Folha para comentar o caso. Procurada, a assessoria do governo do Rio não se manifestou até a publicação desta notícia.

A convocação do governador fluminense era defendida por parte dos parlamentares integrantes da CPI. O governador é amigo de Fernando Cavendish, presidente licenciado do Conselho de Administração da Delta Construções, empreiteira pivô do caso Carlinhos Cachoeira.

Fotos e vídeos divulgados nas últimas semanas pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) em seu blog mostram Cabral e Cavendish juntos em Paris, em momentos de descontração em um restaurante de luxo.

Desde o início da gestão de Sérgio Cabral, em 2007, a Delta firmou contratos de mais de R$ 1,4 bilhão com o governo fluminense, a maior parte sem licitação.

Em pronunciamento durante a sessão da CPI, na manhã desta quinta-feira, Vaccarezza chegou a dizer que eventuais superfaturamentos não são exclusividade da Delta e defendeu a restrição do alcance das investigações.

"Se tiver superfaturamento em uma obra ou outra, não é competência dessa CPI investigar. É de outra. Como tem [superfaturamento] de outras empreiteiras", disse.

Um requerimento pedindo a convocação de Cabral foi redigido, mas, depois de acordo entre a base governista e a oposição, não chegou a ser votado.

O acordo resultou, também, na desistência de convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Também ficou de fora da CPI, ao menos por ora, a atuação nacional da Delta, que poderia atingir Cavendish. A investigação sobre a empreiteira ficará restrita ao Centro-Oeste.

Sob ameaça de banimento dos EUA, Eduardo Saverin reage



Sob ameaça de banimento dos EUA, Eduardo Saverin reageFoto: Divulgação

COFUNDADOR DO FACEBOOK, BRASILEIRO RENUNCIOU À CIDADANIA AMERICANA EM SETEMBRO PASSADO, PARA MORAR EM CINGAPURA; SEGUNDO CONGRESSISTAS AMERICANOS, DECISÃO FOI ESTRATÉGIA PARA ESCAPAR DE IMPOSTOS; SAVERIN NEGA

17 de May de 2012 às 21:13
247 - Eduardo Saverin, o brasileiro que fundou o Facebook com Mark Zuckerberg, respondeu nesta quinta-feira aos senadores americanos que pretendem bani-lo dos Estados Unidos. Saverin foi acusado pelos políticos de ter renunciado a sua cidadania norte-americana, em setembro passado, para escapar da cobrança de impostos sobre os lucros do Facebook no mercado de ações (leia mais sobre a pendenga aqui, em inglês)-- IPO desta quinta-feira rendeu US$ 16 bilhões à companhia, que passou a valer US$ 104 bilhões. "É lamentável que minha escolha pessoal tenha resultado num debate público baseado não em fatos mas inteiramente em especulação e desinformação", defendeu-se o brasileiro. 
Leia abaixo a íntegra do comunicado de Saverin:
A decisão de me expatriar foi baseada apenas no meu interesse em trabalhar e viver em Cingapura, onde estou desde 2009. Sou obrigado e irei pagar centenas de milhões de dólares em impostos ao governo dos Estados Unidos. Paguei e continuarei a pagar quaisquer impostos devidos sobre tudo que ganhei enquanto fui cidadão dos EUA. É lamentável que minha escolha pessoal tenha resultado num debate público baseado não em fatos mas inteiramente em especulação e desinformação.
Como um nativo do Brasil que imigrou para os Estados Unidos, sou totalmente grato aos EUA por tudo que me deu. Em 2004, investi as economias de uma vida em uma pequena empresa que inicialmente era administrada a partir de um dormitório de universidade. Desde então, a empresa expandiu dramaticamente, criou milhares de empregos nos Estados Unidos e em outros lugares e gerou incontáveis novas empresas pelos Estados Unidos e outros países.
Continuarei a investir em negócios e start-ups nos EUA e acreditar e esperar que estes investimentos criarão muitos novos empregos nos EUA e globalmente. Também espero que estes investimentos criarão oportunidades para muitos outros indivíduos começarem empresas e beneficiarem a sociedade.
- Eduardo Saverin

Aécio e Anastasia em rota de colisão? PSDB nega



Aécio e Anastasia em rota de colisão? PSDB negaFoto: Folhapress

SENADOR E EX-GOVERNADOR NÃO COMPARECE EM MAIS UMA INAUGURAÇÃO IMPORTANTE EM BELO HORIZONTE E INTENSIFICA OS RUMORES DE QUE A RELAÇÃO DELE COM O ATUAL GOVERNADOR ESTARIAM ESTREMECIDAS. MAS O PRESIDENTE TUCANO EM MINAS NEGA: “ESSES BOATOS SÃO UMA GRANDE BARRIGA”

17 de May de 2012 às 18:43
Minas 247 - Seria possível que, em menos de metade do mandato cumprido, o governador Antonio Anastasia (PSDB) já estaria brigado com o seu antecessor e padrinho político, o senador Aécio Neves? As principais lideranças tucanas em Minas Gerais negam veementemente e garantem que a relação entre os dois continua a melhor possível, mas os rumores sobre eventuais desentendimentos voltaram depois que Aécio novamente não compareceu em inauguração importante em Belo Horizonte, a do BH-Tec, parque tecnológico da capital mineira, ocorrida nesta quarta-feira.
Leia texto da jornalista Denise Silva para o jornal Hoje em Dia:
A ausência do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em mais uma inauguração importante ontem, em Belo Horizonte, o Parque Tecnológico da cidade, onde estiveram presentes o secretário de Ciência e Tecnologia de Minas, Nárcio Rodrigues, e o governador de Minas, Antonio Anastasia, fez reacender os boatos de que a relação entre Aécio e Anastasia estariam estremecidas.

Questionado pela imprensa sobre o assunto, Nárcio Rodrigues desmentiu qualquer mal-estar entre os dois tucanos e argumentou que o senador do PSDB não marcou presença porque estaria em Brasília, participando de votações importantes.

"Aécio e Anastasia têm uma relação ótima, se falam sempre e estão afinadíssimos. Eles têm um projeto fechado e consolidado para as eleições em 2014", afirmou.

No mesmo raciocínio, o presidente do PSDB em Minas, Marcus Pestana, também desmentiu que tenha ocorrido alguma briga entre o governador de Minas Gerais e o senador pelo PSDB. "Esses boatos não procedem, são uma grande barriga e um chute na arquibancada. Tem pessoas querendo criar fatos políticos, mas a verdade é que a relação entre o governador e o senador é sólida. Existe há dez anos. Eles se somam, se completam, cada qual com seus talentos e qualidades", afirmou. Pestana garantiu que o governador e o senador do PSDB estarão juntos na próxima semana, em reuniões.

O deputado estadual e presidente municipal do PSDB, João Leite, atribui o fato de os dois políticos tucanos não estarem aparecendo juntos em eventos públicos às recentes viagens feitas por Anastasia. "O governador sai para viajar e os comentários já começam. Não tem nada de desentendimento. O PSDB é um partido pacificador e tem um projeto político maior, que envolve tanto Anastasia quanto Aécio", afirmou o deputado.

Oposição. João Leite ressaltou a importância de os dois aliados continuarem marchando juntos, desconsiderando os boatos, já que, na opinião dele, o Brasil precisa ter um projeto alternativo de oposição em uma eventual candidatura à reeleição da presidente da República, Dilma Rousseff. "A presidente petista está bem avaliada nas pesquisas, mas em contato com os prefeitos e governadores, a gente enxerga o rombo que o governo federal vem deixando por ai. Mais um motivo que fortalece o PSDB e, consequentemente, a relação do governador Anastasia com o senador Aécio Neves", argumentou.

CPI ignora tubarões para pescar só peixes pequenos



CPI ignora tubarões para pescar só peixes pequenosFoto: Edição/247

PERILLO, CAVENDISH, POLICARPO?; NÃO!; SOB A BATUTA DO RELATOR PETISTA ODAIR CUNHA (MG), COMISSÃO CONVOCA 51 PERSONAGENS MENORES PARA DEPOR; NOMES GRAÚDOS FORAM DELIBERADAMENTE COLOCADOS DE LADO, COM O APOIO DO PARTIDO DO GOVERNO; "O PT ESTÁ SELECIONANDO ALVOS", APONTOU SENADOR ÁLVARO DIAS

17 de May de 2012 às 18:45
247 – Quem apostou que a CPI do Cachoeira não intenciona, efetivamente, apurar todas as ligações do contraventor com o mundo político, mas apenas algumas, ficou nesta quinta-feira 17 mais perto de ter razão. Depois de intenso bate-boca, na manhã de hoje, durante a sessão, os parlamentares que intencionavam convocar nomes de personagens graúdos citados no inquérito da Operação Monte Carlo ficaram falando sozinhos. Com apoio da bancada do PT, o relator Odair Cunha (PT-MG) deixou de lado pedidos para a convocação dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Sergio Cabral (PMDB-RJ) e Agnelo Queiroz (PT-DF), assim como o requerimento que exigia a presença do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções. Por mais que o senador Fernando Collor (PTB-AL) tivesse tentado requerer dos anais do Congresso o conteúdo do depoimento do jornalista Policarpo Junior à CPI dos Bingos, em 2006, no qual fez uma defesa do contraventor Carlinhos Cachoeira, nem isso foi conseguido. Cunha, simplesmente, lançou o requerimento para o arquivo. Por outro lado, nenhum dos parlamentares que foram grampeados ou são citados nos grampos feitos pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, foi chamado a depor. Nova reunião da CPI foi chamada somente para o dia 5 de junho, noutra visível manobra para o resfriamento dos ânimos.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) viu no conjunto de manobras a intenção do relator em trabalhar "selecionando alvos". Do jeito que ficou, a CPI estará ocupada em suas próximas reuniões a ouvir personagens laterais do escândalo político. Não é certa nem mesmo a presença do contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele conseguiu em juízo, sob alegação de não ter informações oficiais sobre o conteúdo das acusações contra si, barrar a primeira tentativa de convocação. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, igualmente teve seus interesses atendidos. Ele terá apenas de responder a um questionário por escrito, em lugar, como se esperava,  de explicar pessoalmente porque levou quase três anos para abrir investigação formal contra o senador Demóstenes Torres, investigado pela Operação Vegas.
Pela ação coordenada do relator Cunha e do presidente Vital do Rêgo (PMDB-PB), apoiados firmemente pelos integrantes do PT na CPI, a projetada caçada a grandes tubarões vai se transformando numa delicada coleta de pexinhos ornamentais, representados nos 51 convocados a depor.
Abaixo, notícia da Agência Brasil sobre o dia da CPI do Cachoeira:
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira deixou de votar hoje (17) os requerimentos que pediam a quebra de sigilo da matriz da empresa Delta Construções e a convocação de seu ex-diretor, Fernando Cavendish. Os requerimentos, por decisão do relator, Odair Cunha (PT-MG), foram retirados de pauta para votação posterior.
Durante a reunião, o relator alegou que ainda não havia identificado indícios de comprometimento da empresa Delta com a suposta organização criminosa comandada pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O relator disse ainda que esses requerimentos poderão ser apreciados no futuro.
"Há indícios evidentes de que essa empresa, a Delta, sob o comando do senhor Cláudio Abreu, serviu à organização criminosa. Na minha opinião, não há ainda indícios suficientes para quebra de sigilos, além das suas filiais no Centro-Oeste", disse o relator ao justificar sua decisão de não colocar os requerimentos em votação.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) tentou derrubar a retirada dos requerimentos da pauta, mas foi vencido pelo plenário da CPMI, que aprovou a decisão do relator. "É um mal começo se nós aprovarmos esse sobrestamento", avaliou.
Além da decisão de ainda não investigar a Delta nacional, o relator também optou por não colocar em votação as convocações de três governadores: o de Goiás, Marconi Perrilo (PSDB), do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). De acordo com o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), esses requerimentos poderão retornar à pauta da comissão no dia 5 de junho, data marcada para a próxima reunião administrativa.
Na reunião de hoje, a CPMI aprovou a convocação de 51 pessoas para prestar depoimento e quebrou mais de 40 sigilos bancários de pessoas e empresas suspeitas de servirem de laranja na suposta organização comandada por Carlinhos Cachoeira. Entre as quebras de sigilo, estão as das filiais da empresa Delta nos estados da Região Centro-Oeste.
A decisão do relator, que recebeu o apoio dos deputados do PT, provocou muita discussão. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) chamou de "devassa" o movimento para quebrar o sigilo da empresa. "Isso está sendo feito pelas pessoas que querem politizar a nossa investigação", disse.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), também defendeu a restrição da investigação das atividades da Delta na Região Centro-Oeste. "Quem muito abraça, pouco aperta", disse o deputado defendendo que a comissão deve buscar um foco.
Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) contestou o entendimento do relator de que não há indícios do envolvimento da empresa Delta Construções no esquema investigado pela Polícia Federal (PF). Ele citou um diálogo interceptado pela PF no qual Cachoeira conversa com o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cláudio Abreu.
Na conversa, Abreu e Cachoeira combinavam um encontro do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o diretor executivo licenciado da Delta nacional, Carlos Pacheco. "Ele dizia que Pacheco precisava participar de uma conversa com Demóstenes. Ele disse que um avião viria pegar Demóstenes para um encontro com o Pacheco, que é diretor executivo nacional da Delta, que tem sede na Região Sudeste", informou Taques.
O senador insistiu com o relator para que o requerimento fosse colocado em votação. "A ética e o crime não respeitam geografia. O crime não ocorre só em uma região. Não há cabimento afastarmos o sigilo da Delta só no Centro-Oeste. Não há que se falar em redução da investigação e, sim, universalização. Não se trata de devassa", defendeu o senador.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que, ao não colocar em votação o requerimento para quebra de sigilo da matriz da Delta, o relator estaria "selecionando alvos". "Há, no inquérito, o repasse de R$ 39 milhões para empresas laranja do senhor Cachoeira. Há gravação com o senhor Cachoeira dizendo 'eu sou a Delta'. Há, no inquérito, a informação de que Cachoeira tinha uma sala na empresa Delta. Há a suposição, inclusive no Ministério Público, de que Cachoeira é um sócio oculto da empresa Delta ou o grande lobista que atuava para marcar os interesses nas esferas municipal, estadual e federal", considerou o senador.

De vilão a premiado com cargo na CEDAE




Capa do Extra sobre a Operação Guilhotina
Capa do Extra sobre a Operação Guilhotina


Em fevereiro do ano passado, a Polícia Federal desencadeou a Operação Guilhotina que resultou na prisão do delegado Carlos Alberto Oliveira então subsecretário da Ordem Pública e homem de confiança do prefeito Eduardo Paes, mas que anteriormente foi o subchefe da Polícia Civil do governo Cabral. A Polícia Federal descobriu um esquema que envolvia a cúpula da Polícia Civil com as milícias e o tráfico. O secretário Beltrame atacou duro o Chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski que foi obrigado a deixar o cargo. Beltrame pessoalmente chamou a imprensa para dar detalhes que desabonavam Turnowski.

Mas em 24 horas tudo mudou quando Allan Turnowski mandou recado a Beltrame e a Cabral que não cairia sozinho e jogaria no ventilador gravações que dispunha que comprometiam políticos do PMDB. Turnowski chegou a denunciar que um dos homens de confiança de Beltrame, o diretor da DRACO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado), delegado Cláudio Ferraz tinha montado um esquema de extorsão a prefeitos do interior que fizeram licitações fraudulentas.


Reprodução da capa do Globo
Reprodução da capa do Globo


Tudo mudou a partir daí. Beltrame que foi dormir acusando Turnowski acordou se oferecendo para depor a favor dele na Polícia Federal. Ele e Cabral sabiam que o delegado Allan Turnowski podia revelar muitos esquemas políticos corruptos do governo Cabral e de seus amigos, além de envolvimento deles com o jogo do bicho.


Nota publicadas no jornal O Globo na época da Operação Guilhotina
Nota publicadas no jornal O Globo na época da Operação Guilhotina


Desesperado, Cabral recorreu até ao ex-presidente Lula e ao ex-diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa para montar uma operação abafa. O que se viu em seguida foi um escândalo. O delegado da Polícia Federal que comandou a Operação Guilhotina foi transferido do Rio para Rondônia. O superintendente da PF no Rio de Janeiro foi mandado para Roma como adido policial. E as investigações pararam por aí para salvar a cabeça de Cabral, Paes e seus amigos.

Agora conforme podem ver na reprodução do Diário Oficial do Estado, o delegado Allan Turnowski recebe o seu prêmio por ter ficado calado. Acaba de ser nomeado na CEDAE. E olha que eu denunciei com exclusividade aqui no blog, que ele foi flagrado pela Polícia Federal na Operação BANESTADO com contas no exterior com milhares de dólares (uma conta em seu nome e outra em nome de seu pai).


Reprodução do Diário Oficial
Reprodução do Diário Oficial


Muitos de vocês devem estar se perguntando o que um delegado tirado da Polícia Civil por suspeita de envolvimento com um esquema criminoso e com contas não declaradas no exterior foi fazer na CEDAE? Bem, na CEDAE bem que precisava de um delegado diante do mar de lama. Mas não vai ser essa a função de Turnowski.

Pasmem, mas inventaram na CEDAE o cargo de Coordenador de Ações Anti-Terroristas. Ou seja, esperaram um ano para baixar a poeira da Operação Guilhotina e sem fazer alarde, na surdina, premiaram o delegado que ameaçou jogar no ventilador o mar de lama do governo Cabral. Turnowski vai agora vigiar os esgotos da CEDAE para evitar ações terroristas. Essa é a alegação. O Rio de Janeiro virou uma grande piada de mau gosto. 

Na CPI do Cachoeira, o Congresso rasga a fantasia e exibe toda a sua desfaçatez



Carlos Newton
É inacreditável que isso esteja acontecendo, mas é verdade. A CPI do Cachoeira pode encerrar os trabalhos a partir de agora, porque não fará a menor diferença. De repente, o corporativismo político falou mais alto, a sem-vergonhice e a falta de caráter prevaleceram, e a Comissão livrou governadores e parlamentares da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico e de serem convocados a explicar suas relações com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A empreiteira Delta, apontada pela Polícia Federal como braço financeiro do esquema, também não terá seus sigilos quebrados nacionalmente, “por falta de indícios”, no entendimento da maioria da comissão. A CPI livrou ainda da investigação o presidente licenciado da empreiteira, Fernando Cavendish.
Para disfarçar (como se isso fosse possível…), os deputados e senadores aprovaram apenas a quebra do sigilo da empresa Delta na região Centro-Oeste, além dos sigilos de pessoas sem foro privilegiado que assessoravam Cachoeira e já foram investigadas pela Polícia Federal.
Segundo os repórteres José Ernesto Credendio e Andreza Matais, da Folha, a votação foi orquestrada pelo PT e PMDB, que comandam a CPI, e contou com ajuda da oposição. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), sequer colocou em votação os requerimentos acerca dos governadores e da Delta nacionalmente. Esses requerimentos só devem constar na pauta da CPI no dia 5 de junho.
“Nós não vamos fazer devassa”, afirmou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). “A generalização cheira a devassa”, complementou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), como se isso explicasse a omissão da CPI.
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UM GRANDE ACORDO
Foi feito um acordão entre caciques do PT, PMDB e PSDB para poupar os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ). No pacote dos governistas entrou ainda a preservação da Delta nacionalmente, que tem obras com o governo federal.
“Reuniu-se um grupo numa sala e decidiram quem vai morrer. O Rio de Janeiro está enterrado até a alma. O que vamos dizer?”, afirmou a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). “Na minha opinião, estamos convocando os bagrinhos da história. Os importantes estão de fora”, complementou.
“Dá impressão de estarem selecionando alvos por orientação político-partidária”, criticou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “É um mau começo desta CPI”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos poucos a insistir na convocação dos governadores. “Estamos amarelando”, afirmou o senador Pedro Taques (PDT-MT).
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DELTA DE FORA
O que provocou maior vexame foi a decisão do comando da CPI de não quebrar os sigilos da Delta em todo o país. O relator e parlamentares do PT e PMDB afirmaram que não existem indícios contra a atuação da empresa em todo o país, o que gerou protestos.
“Estamos passando vergonha aqui. A Delta recebeu mais de R$ 4 bilhões do governo federal e não vamos quebrar o sigilo da empresa? Como vamos explicar isso ao Brasil?”, afirmou o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR).
“É a CPI do conta-gotas. O dinheiro do Centro-Oeste vai para a central da empresa”, afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). “Em relação à Delta não existem apenas indícios, existem provas”, disse o senador Álvaro Dias, em referência a vários diálogos interceptados pela PF que citam a empresa. Apesar das críticas, a oposição ajudou a aprovar o requerimento de quebra do sigilo apenas da Delta Centro Oeste.
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CONVENCER UMA CRIANÇA…
Segundo a Folha, o relator e deputados do PT e PMDB se esforçaram para negar um acordão para poupar alguns das investigações. “Não vamos resumir nossos trabalhos em apenas uma reunião”, disse Odair Cunha. “Eu não participei de acordão nenhum. Temos que ter serenidade”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
“Vossa excelência não consegue convencer a uma criança de três anos que essa Delta não tem que ter seu sigilo aberto em todo país”, rebateu o deputado Silvio Costa (PTB-AL), em resposta ao relator.
A votação desta quinta-feira praticamente sepulta a CPI. As investigações devem ficar restritas ao que já foi apurado pela Polícia Federal sobre os membros do grupo de Cachoeira sem avançar para os pontos não apurados pela PF, até o momento, por envolverem políticos, que têm direito ao foro privilegiado. A PF também não investigou a Delta porque seu trabalho era voltado para Cachoeira, vejam só a que ponto chegamos.

CPI poupa Delta, governadores e políticos de investigação





A CPI do Cachoeira livrou, governadores e parlamentares de serem convocados alem da quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico



A empreiteira Delta, apontada pela Polícia Federal como braço financeiro do esquema, também não terá seus sigilos quebrados nacionalmente, "por falta de indícios", no entendimento da maioria da comissão. A CPI livrou ainda da investigação o presidente licenciado da empreiteira, Fernando Cavendish. 
Os deputados e senadores aprovaram apenas a quebra do sigilo da empresa Delta na região Centro-Oeste, além dos sigilos de pessoas sem foro privilegiado que assessoravam Cachoeira e já foram investigadas pela Polícia Federal, conforme antecipou a Folha na edição de hoje. 
 
A votação foi orquestrada pelo PT e PMDB, que comandam a CPI, e contou com ajuda da oposição. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), sequer colocou em votação os requerimentos acerca dos governadores e da Delta nacionalmente. Esses requerimentos só devem constar na pauta da CPI no dia 5 de junho. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Fernando Franceschini (PSDB-PR), da oposição, apoiaram a proposta de adiar a discussão. 
 
"Nós não vamos fazer devassa", afirmou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). "A generalização cheira a devassa", complementou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). 

PIZZA 
 
Conforme a Folha antecipou na edição de hoje, foi feito um acordão entre caciques do PT, PMDB e PSDB para poupar os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ). No pacote dos governistas entrou ainda a preservação da Delta nacionalmente, que tem obras com o governo federal. 
 
"Reuniu-se um grupo numa sala e decidiram quem vai morrer. O Rio de Janeiro está enterrado até a alma. O que vamos dizer?", afirmou a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). "Na minha opinião, estamos convocando os bagrinhos da história. Os importantes estão de fora", complementou. 
 
"Dá impressão de estarem selecionando alvos por orientação política partidária", criticou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "É um mal começo desta CPI", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos poucos a insistir na convocação dos governadores. "Estamos amarelando", afirmou o senador Pedro Taques (PDT-MT). 
 
DELTA 
 
O que provocou maior polêmica foi a decisão do comando da CPI de não quebrar os sigilos da Delta em todo o país. O relator e parlamentares do PT e PMDB afirmaram que não existem indícios contra a atuação da empresa em todo o país, o que gerou protestos. 
 
"Estamos passando vergonha aqui. A Delta recebeu mais de R$ 4 bilhões do governo federal e não vamos quebrar o sigilo da empresa? Como vamos explicar isso ao Brasil?", afirmou o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR). 
 
"É a CPI do conta-gotas. O dinheiro do Centro-Oeste vai para a central da empresa", afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). "Em relação à Delta não existem apenas indícios, existem provas", disse o senador Álvaro Dias, em referência há vários diálogos interceptados pela PF que citam a empresa. Apesar das críticas, a oposição ajudou a aprovar o requerimento de quebra do sigilo apenas da Delta Centro Oeste. 
 
ACORDÃO 
 
O relator e deputados do PT e PMDB se esforçaram para negar um acordão para poupar alguns das investigações. "Não vamos resumir nossos trabalhos em apenas uma reunião", disse Odair Cunha. "Eu não participei de acordão nenhum. Temos que ter serenidade", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "Vossa excelência não consegue convencer a uma criança de três anos que essa Delta não tem que ter seu sigilo aberto em todo país", rebateu o deputado Silvio Costa (PTB-AL), em resposta ao relator. 
 
A votação desta quinta-feira praticamente sepulta a CPI. As investigações devem ficar restritas ao que já foi apurado pela Polícia Federal sobre os membros do grupo de Cachoeira sem avançar para os pontos não apurados pela PF, até o momento, por envolverem políticos, que têm direito ao foro privilegiado. A PF também não investigou a Delta porque seu trabalho era voltado para Cachoeira.

Pizza regada à lama de cachoeira


Mais uma vez, CPI adia convocações de Perillo, Agnelo e Sergio Cabral

http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br/2012/05/pizza-regada-lama-de-cachoeira.html

Uma vergonha.A gente fica aqui lutando para que se apure a fundo a relação entre cachoeira, o PiG, os demotucanos corruptos, e essse bando de vagabundo da CPI do Cachoeira faz acordo para não se apurar nada.Tomem vergonha na cara, safados, bandidos.Respeitem seus eleitores.


No vocabulário dos trabalhos legislativos, o sobrestamento é a suspensão temporária da deliberação de um tema. Foi isto o que ocorreu nesta quinta-feira 16 com os pedidos para a CPI do Cachoeira ouvir os três governadores envolvidos com a quadrilha do bicheiro. Na prática, graças a um acordo entre governo e oposição, liderado por PT e PSDB, os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sergio Cabral (PMDB-RJ) continuam sem ter de dar explicações à CPI. Pelo menos por enquanto.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o acordo foi firmado nos bastidores depois de o PT, na companhia do PMDB, cogitar votar nesta quinta a convocação de Perillo. O governador de Goiás é o que tem mais problemas com Cachoeira expostos até aqui. Perillo foi protegido, segundo a Folha, por tucanos que integram a CPI. Estes teriam reagido ameaçando pedir a convocação de Cabral e Agnelo. Nesta quinta, parlamentares negaram na CPI que existisse tal acordo, mas o relator, Odair Cunha (PT-MG), alegou que seria melhor esperar para chamar os governadores e foi apoiado. Os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), não incluídos no acordo, disseram que adiar a convocação era “jogar o lixo para debaixo do tapete”.

Ainda de acordo com a Folha, em troca da não convocação de Perillo, o PSDB teria aceitado a quebra de sigilo da construtora Delta apenas na região Centro-Oeste. Os membros da CPI debateram este tema por uma hora e meia e, no fim, concordou-se em quebrar o sigilo da construtora apenas nos três estados do Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), além do Distrito Federal e do Tocantins. Com isso, ficou adiada também a convocação do ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish.

Auxiliares de governadores são convocados

Nesta quinta, mais de 70 pessoas foram convocadas para prestar depoimento à CPI. Entre elas estão familiares de Cachoeira, como Andréa Aprígio (ex-mulher), Adriano Aprígio (ex-cunhado), Sebastião de Almeida Ramos (pai), Marcos Antonio de Almeida Ramos (irmão) e Leonardo Ramos (sobrinho). Leonardo teria comprado uma casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Outros convocados são o chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, e o irmão do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres. O irmão do ex-senador do DEM é suspeito de ter favorecido Cachoeira a pedido de Demóstenes.

Também foram quebrados os sigilos fiscal, bancário e telefônico de pessoas físicas e jurídicas envolvidas com a quadrilha liderada por Carlinhos Cachoeira. Entre eles estão Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares do bicheiro, e Claudio Abreu, ex-diretor da Delta Construções para a região Centro-Oeste. Segundo o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), todas as quebras são necessárias para dar subsídios à continuidade dos trabalhos da comissão.

Cachoeira e o sigilo das operações

Um dos principais requerimentos aprovados nesta quinta envolve o próprio Carlinhos Cachoeira. Os parlamentares pediram à 11ª Vara Federal em Goiânia e ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determinem o sequestro dos bens do contraventor.

Outro requerimento importante pedido pela CPI é aquele em que a comissão faz um “apelo” ao STF para a quebra do sigilo das Operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal. As duas operações investigaram o esquema envolvendo Cachoeira.

Imprensa

O senador Fernando Collor (PTB-AL) apresentou à CPI um requerimento específico para obter os áudios em que o jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, é citado. O jornalista aparece em cerca de 200 conversas com Cachoeira. Collor e outros parlamentares querem saber se a relação entre os dois tinha alguma ilegalidade. O requerimento foi derrubado pelo relator, Odair Cunha (PT-MG). Ele afirmou que os áudios em que o jornalista é citado já estão à disposição da CPI e, portanto, não seria necessário um requerimento específico para isso.

O debate foi acirrado sobre o tema e alguns parlamentares acusaram outros de ameaçar a liberdade de imprensa. O relator se mostrou irritado com a insinuação. Segundo Odair Cunha, a CPI investiga condutas e “não busca fazer investidas contra a imprensa”. Em um segundo momento, a direção da CPI foi acusada de “blindar” o jornalista. Novamente, Odair Cunha respondeu. “Não haverá blindagem para nenhuma pessoa, seja jornalista, deputado, senador, governador, empresário, polícia, procurador, juiz que se envolveu com essa quadrilha”, disse Cunha.CartaCapital.

Após 11 infrações, Justiça do RJ suspende CNH de Thor Batista



O filho do empresário Eike Batista atropelou e matou um ciclista 

em março deste ano

Do Portal Terra
A juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, decidiu nesta quinta-feira (17) suspender por um ano a carteira de habilitação de Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, dono do Grupo EBX. A magistrada considerou que, em pouco mais de dois anos, ele cometeu 11 infrações de trânsito, sendo nove por excesso de velocidade.
Thor atropelou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, no dia 17 de março, quando dirigia uma McLaren por volta das 19 horas na BR-040. A vítima morreu depois de ser arremessada, pelo impacto do carro, a uma distância aproximada de 65 m. "Além disso, o acusado, após o fato denunciado (morte do ciclista), praticou nova infração de trânsito, o que acarretou a apreensão de seu automóvel", lembrou a juíza, referindo-se a uma Ferrari de Thor apreendida sem a placa dianteira no dia 6. Ele tem um prazo de cinco dias para entregar a CNH no cartório da vara criminal.
A ação foi encaminhada à Justiça pelo Ministério Público do RJ (MPRJ) na quarta-feira. O MP também denunciou Thor por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No final do processo, caso seja condenado pela morte do ciclista, ele poderá cumprir pena de detenção de dois a quatro anos, em regime aberto ou semiaberto.
Thor de Oliveira Fuhrken Batista atropelou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos no dia 17 de março, quando dirigia uma McLaren, por volta das 19 horas na BR-040. A vítima morreu depois de ser arremessada, pelo impacto do carro, a uma distância aproximada de 65 m.
De acordo com a denúncia, Thor agiu de forma imprudente ao dirigir o veículo em velocidade incompatível com a pista, conforme laudo pericial. Foi demonstrado que o veículo trafegava pelo menos a 135 Km/h, enquanto a velocidade máxima permitida no trecho é de 110 Km/h.
Ainda segundo a denúncia, Thor ultrapassou um ônibus da empresa pela faixa da direita e, em seguida, momentos antes de atingir a vítima, repetiu a manobra irregular ao ultrapassar outro carro. Thor estava habilitado para dirigir desde dezembro de 2009.

Lula dá uma força a Zuckerberg antes do IPO



Lula dá uma força a Zuckerberg antes do IPOFoto: Edição/247

UM DIA ANTES DE O FACEBOOK FAZER SUA OFERTA PÚBLICA DE AÇÕES, EX-PRESIDENTE BRASILEIRO DÁ UMA DEMONSTRAÇÃO DA POTÊNCIA DA REDE SOCIAL CRIADA PELO AMERICANO: A PÁGINA DE LULA NO FACEBOOK MAL FOI CRIADA E JÁ REÚNE MAIS DE 70 MIL FÃS

17 de May de 2012 às 15:58
247 – "A internet permite que todos possam ter uma voz", diz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no vídeo de apresentação de sua nova página no Facebook, criada nesta quinta-feira. Talvez o ex-presidente não tenha se dado conta, mas seus elogios à internet e a iniciativa do instituto que leva seu nome de criar a página têm um grande beneficiário fora do Brasil: Mark Zuckerberg, o criador da rede social da qual Lula, agora, faz parte.
Na véspera de o Facebook fazer sua oferta pública inicial de ações – os papéis devem custar entre US$ 34 e US$ 38 cada na Nasdaq e podem render até US$ 16 bilhões à companhia –, Lula deu uma demonstração do poder da rede social, e bem no dia mundial da internet. Horas depois de criada, a página de Lula já havia mobilizado mais de 70 mil pessoas.
Com o IPO desta sexta-feira, espera-se que o Facebook alcance US$ 100 bilhões em valor de mercado, mais do que companhias tradicionais, como a Ford, a Kraft Foods e até a Disney. A perspectiva de entrada da rede social na Nasdaq provoca intensa expectativa desde que o grupo anunciou, no dia 3 de maio, a intenção de vender mais de 337 milhões de ações.
A histeria se justifica. Apesar de ser um fenômeno inquestionável, o Facebook ainda tem para onde crescer. Mais de 900 milhões de pessoas checam suas páginas na rede social pelo menos uma vez por mês em todo o mundo, mas, nos Estados Unidos, por exemplo, dois em cada cinco adultos ainda não aderiram à rede, segundo pesquisa realizada pela Associated Press-CNBC.
Não que Zuckerberg precisasse de uma ajudinha de Lula, mas a exibição do poder de influência e do alcance do Facebook, cortesia do ex-presidente brasileiro, veio em boa hora.

O retorno de Lucy Sky e a torpeza de Reinaldo Azevedo


Episódio que começou no último fim de semana teve o condão de revelar a natureza maligna daquele que já se tornou o símbolo da podridão que impera na comunicação deste país. Reinaldo Azevedo, da Veja,  reúne todos os comportamentos reprováveis e chocantes de uma imprensa decadente e a cada dia mais desacreditada.
No último sábado (12 de maio), a revista Veja publicou uma reportagem tão mentirosa que não resiste a qualquer análise aprofundada. Em matéria com chamada na capa da revista, intitulada “As táticas de guerrilha para manipular as redes sociais”, Veja tenta explicar ao seu público os constantes protestos de que tem sido alvo no Twitter.
A “tese” que fundamentou a matéria acusou o Partido dos Trabalhadores e seu presidente, Rui Falcão, de terem usado cerca de 100 perfis no Twitter – que seriam militantes petistas ou perfis falsos usados para fazer “bombar” hashtags (expressões-chave precedidas pelo símbolo cerquilha) como #VejaBandida, #VejaVaiPraCPI, #VejaCensuraInternet ou #VejaMente – a fim de “difamar” a revista.
Veja, leitor, o que disse a matéria da Veja sobre o público que tuitou
– Uma amostragem de 5.200 tuítes recolhidos durante um dos tuitaços recentes revelou que 50% das mensagens partiram de apenas 100 perfis – entre eles robôs e peões, que ajudam a fazer número, mas não têm convicções.
O blog de Luis Nassif desmontou a farsa sobre o baixo número de pessoas que teria conseguido, segundo a Veja, “fraudar as regras do Twitter” – rede social que, note-se, jamais endossou a acusação da revista ou tomou qualquer das medidas que costuma tomar contra fraudes.
Para desmontar a farsa de Veja, reproduzo, abaixo, post do blog de Nassif
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Enviado por luisnassif, ter, 15/05/2012 – 10:26
Por Stanley Burburinho
Veja diz no texto: “Uma amostragem de 5.200 tuítes recolhidos durante um dos tuitaços recentes revelou que 50% das mensagens partiram de apenas 100 perfis – entre eles robôs e peões, que ajudam a fazer número, mas não têm convicções.
Ela diz que são só 100 pessoas e os demais são robôs. Impossível o site que te enviei antes, não contabiliza robôs nem spams.
Só ontem tivemos mais de 1.300 perfis que mencionaram quase 6.000 vezes a tag #VejaCensuraInternet.
Com as tags VejaBandida, VejaComMedo e VejaTemMedo foi muito mais gente. Veja neste link:  is.gd/PAHLy7 que mostra a briga entre hashtags que a tag VejaCensuraInternet teve 2.184 perfis tuitando e JN 755.
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Na mesma matéria, Veja ainda tentou ludibriar seu público a fim de tentar fazê-lo acreditar que não há um volume crescente e diversificado de cidadãos questionando os métodos e as relações incestuosas da revista com o crime organizado, como está sendo flagrantemente denunciado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Carlinhos Cachoeira.
No trecho abaixo, a matéria da edição desta semana da revista Veja acusa um perfil específico na internet de ser um “robô” criado para retransmitir mensagens de dentro do quartel-general “petralha”:
– Análise aprofundada desses episódios – e em especial daquele identificado pelo marcador #vejabandida – mostra que dois artifícios fraudulentos foram usados para fingir que houve adesão enorme ao movimento. Um robô, que opera sob o perfil “@Lucy_in_sky_”, foi programado para identificar mensagens de outros usuários que contivessem os termos-chave dos tuitaços, replicando-as em seguida.
Guarde bem este trecho da matéria da Veja, leitor, porque irá precisar lembrar dele mais adiante. Note bem: Veja diz que o perfil @Lucy_in_Sky é um “robô”. Está escrito com todas as letras, certo?
Vamos em frente.
Na segunda-feira, um tuiteiro que, como Lucy Sky (o nome que emoldura o endereço do Twitter @Lucy_in_Sky_), freqüenta incógnito aquela rede social exatamente como grande parte dos leitores do blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo, com a diferença de que se opõe ao que faz a revista, teve a idéia de fazer contato com “Lucy” e pedir para que se pronunciasse sobre a matéria que a acusa de ser um “robô”. Confira, aqui, a entrevista.
Todavia, Veja tem um esquadrão que atua no Twitter para defendê-la. São algumas dezenas de simpatizantes que fustigam os críticos da revista. Eu mesmo fui ameaçado de espancamento por um militante “vejista” que aparece em fotos com Reinaldo Azevedo e alguns militares, mas isso é outra história que será contada no futuro, quando as investigações chegarem a termo.
O fato é que a carioca de 59 anos que responde pelo perfil @Lucy_in_Sky_ me procurou por conta de matéria que fiz e que disse que ela, o PT e o presidente do partido tinham direito de ir à Justiça buscar reparação das acusações que sofreram de Veja. Relatou-me que não estava agüentando a pressão não só dos militantes “vejistas”, mas também as dos seus contrários, que a estariam pressionando para se envolver na briga entre “vejistas” e “antivejistas”.
Veja abaixo, leitor, o diálogo que tive com essa senhora.
Foi aí, então, que entrou em campo o funcionário da Veja designado para atacar todo aquele que enfrente ou denuncie as fraudes que a revista pratica cotidianamente. Reinaldo Azevedo não hesitou em se aproveitar da decisão de Lucy Sky de trancar seu perfil no Twitter para usar a decisão de uma mulher assustada com o próprio envolvimento em uma guerra política desse porte e sua exposição (de seu perfil) na maior revista semanal do país para reafirmar o que não ousara dizer quando ela dera a entrevista.
Veja o título que Azevedo deu ao post:
– FRAUDE NA REDE – Perfil usado como robô pelos petralhas para difamar a VEJA e que até concedeu “entrevista” desaparece do Twitter
No texto, entre outras distorções dos fatos, Azevedo afirma o seguinte:
– Fui acessar o tal perfil [de Lucy Sky] agora há pouco só por curiosidade. “Vamos ver o que andam dizendo… Vamos ver se aquela pacata dona de casa, que se dedica com tanto afinco a difamar uma publicação, continua lá, firme!, na sua militância doméstica” (…) Aquela alma sensível caiu fora! Não está mais no Twitter. Vai ver a alma transmigrou!
Em post subseqüente, ainda preocupado com a afirmação absurda que Veja fez sobre a senhora carioca de 59 anos, Azevedo ainda tentou desdizer o que a revista dissera (lembre-se do trecho acima que pedi para não esquecer):
– A reportagem [de Veja acusando as redes sociais] nem chegou a afirmar que o perfil não existia; sustentou que foi usado por um robô, o que é coisa diferente
Vamos rever – em benefício dos que têm memória mais fraca – se é isso mesmo. Veja trecho do trecho da matéria de Veja que Azevedo agora renega.
– Um robô, que opera sob o perfil “@Lucy_in_sky_” (…)
Como se vê, Azevedo confia na burrice e na falta de memória de seu público, assim como a revista, pois disse, sim, que quem usa o perfil @Lucy_in_Sky_ é um robô. Ou seja, não existia uma senhora carioca de 59 anos.
Diante do uso torpe e covarde da sensibilidade de Lucy Sky, amigos vieram reclamar da sugestão que fiz a ela de encerrar sua conta no Twitter. Uma pessoa chegou a ser descortês comigo naquela rede social dizendo que dei “um palpite infeliz” àquela senhora ao aconselhá-la dessa forma e, assim, permitir a Azevedo explorar o fato.
Digo e repito: no dia em que eu tiver que usar uma senhora pacata e assustada na luta contra esse império do mal que Veja simboliza, terei descido ao nível de Reinaldo Azevedo. Eu nem pretendia contestá-lo para não expor ainda mais a sensível “Lucy”.
Todavia, na manhã desta quinta-feira o destino e a consciência dessa senhora mostraram aquilo que sempre sempre digo, que “A Verdade é uma força da natureza como o vento ou a chuva” e que, portanto, não pode ser contida. Lucy Sky reativou seu perfil no Twitter e me enviou a mensagem que reproduzo abaixo.
Claro que Azevedo virá dizer que “outro petralha” reativou o perfil de Lucy Sky, mas ele irá correr novo risco. Primeiro, porque só o usuário original de @Lucy_in_Sky_ poderia reativar o perfil. Segundo, porque, se Lucy decidisse, poderia até processar os que acusam seu perfil de ser uma fraude pedindo à Justiça quebra de seu sigilo telemático para mostrar que ela é ela mesma.
Não acredito que fará isso. Mas Veja poderia fazê-lo, poderia tentar provar na Justiça que o PT e Rui Falcão criaram os perfis falsos para atacá-la. Será que fará? Pelo que me disse o próprio presidente do PT, o partido iria adorar que Veja fizesse isso. E eu também. E vocês?