segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Onda Difamante de Boataria Religiosa Leva Eleições Para o Segundo Turno.‏

Uma onda de boatos às vésperas das eleições, tendo a candidata Dilma como eixo central das mais ignominiosas calúnias, como as que lhe atribuiam a declaração estapafúrdia de que nem Jesus Cristo a impediria de vencer as eleições no primeiro turno, ou a que dizia ser ela favorável ao abôrto e que seu vice é um satanista, resultou no imponderável: as eleições serão decididas no segundo turno. O que chama atenção é o nível de desinformação dos milhões de internautas que usam a rede mundial de computador. Teoricamente deveriam está menos expostos a esta central de boatos já que dispõem de múltiplas ferramentas capazes de em frações de segundos matar a boataria na origem. Uma simples consulta no Google, no Yahoo, no Cadê, no You tube e pronto, as mentiras seriam prontamente desmontadas. Infelizmente, porém, pessoas inescrupulosas aproveitaram-se da influência que tem sobre outras incautas e por meio de e-mail e das rede sociais disseminaram uma onda de insidiosas ofensas a honra, a reputação da candidata Dilma. O alvo eram católicos fundamentalistas e evangélicos pentecostais que receberam as informações que lhe foram repassadas acriticamente, como se verdade incontestável fosse. Líderes religiosos gritavam dos púlpitos para que os seus rebanhos não votassem na candidata do PT, porque ela era contra a vida e a favor do assassinato de criançinhas ainda por nascerem. Quando não conseguiam incutir tais mentiras nas mentes dos fiéis da maneira como pretendiam, distorciam declarações dadas por Dilma, tirando-as do contexto sempre na intenção de reforçar a mentira, na linha do ex-ministro da propaganda de Hitler, Josef Goebbels, que dizia que se uma mentira fosse repetida várias vezes se tornaria verdadeira. E pensar que no evangelho do Cordeiro de Deus é-nos ensinado que não "devemos julgar, para não sermos julgados, porquanto com a medida com que julgamos seremos igualmente julgados". Neste princípio está subjetivamente expresso o verdadeiro sentido da lei auréa do cristianismo, de não desejarmos para os outros aquilo que não queremos para nós. Tenho certeza de que nenhum destes guias querem ser objeto de falsas acusações, vítimas das mais horrendas imputações morais, sem que lhe sejam dado o benefício da dúvida ou a oportunidade de se explicarem. Se querem saber da posição da candidata Dilma sobre as questões em debate, perguntem-na concisamente, advertindo-a de que não aceitarão respostas evasivas e nem tergiversações. Seria o justo a ser feito, se dúvidas têm a respeito das posições da candidata de Lula. Espalhar mentiras sobre o caráter do nosso próximo, é tanto repugnante quanto pecado aos olhos de Deus. Mais do que ninguém deveriam saber os religiosos que assim procederam, uma vez que dizem conhecer a verdade revelada da palavra de Deus. Contudo, tudo isto é parte de uma grande encenação que só tem um objetivo: evitar o debate entre o governo atual que está a encerrar-se e o governo que o PSDB deseja para o país. Simples assim. É questão de agendas. A que foi montada pelo presidente Lula e pode ser percebida nos mais 15.000,000,00 de empregos gerados, na ascensão de mais de 30.000,000,00 para classe média, na construção de escolas técnicas, universidades, no crescente consumo interno que aquece a economia, ou a agenda do desmonte do Estado, com privatizações, sucateamento do serviço público. A imprensa é a principal fiadora deste programa neoliberal defendido por Serra. É disso que se trata. Não é o voto na Dilma ou no Serra simplesmente, é o voto pelo futuro de nossos filhos e das gerações vindouras. Que Brasil queremos daqui para frente? O que é reconhecido internacionalmente, respeitado pelas nações como potência emergente que cuida de seu povo como um todo e especialmente dos mais necessitados, ou o Brasil da estagnação, da roda presa que sempre anui aos interesses das grandes potências? É desse debate que querem tirar nossa atenção para centralizá-la em questões periféricas que dizem respeito as idiossincrasias de cada um individualmente. Inventam um escândalo, passam dias repercutindo-o com grandes alaridos e assim nossa atenção é desviada daquilo que realmente importa e é de interesse vital para o futuro da nação. Neste transe hipnótico, poderemos ser os responsáveis pelo naufrágio do projeto em curso que seguramente corre sérios riscos de sofrer solução de continuidade.