terça-feira, 31 de março de 2015

MEMBRO DO MBL DIZ QUE CORRUPÇÃO DO PT É PIOR



Para quem pensa que corrupção é uma prática nociva que deve ser extirpada independentemente de cor, raça, credo e classe social, partidos políticos e instituições, seria bom rever seus conceitos, especialmente se estiver associado a um desses grupos golpistas que arregimenta multidões em protesto à corrupção dos governos petistas e a favor do impeachment da presidenta Dilma.

É que uma das lideranças de um dos grupos que protagoniza as marchas em defesa das causas em epígrafe, declarou num convescote realizado pelo Uol, depois de avaliar a situação de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ambos investigados na Lava Jato, que "a corrupção do PT é pior."

Veja se entendeu. Por qualquer critério moral, detesto essa palavra, tem sido tão mal aplicada por tanta gente que nem possui e muito menos consegue perceber o alcance de seu significado que me repugna o termo.

Se realmente o objetivo fosse de julgar segundo a regra da reta justiça, Cunha e Renan não deveriam continuar presidindo nem a câmara e nem o senado, aliás não deveriam continuar com os mandatos de deputado e senador, considerando que nos dias que correm ser investigado equivale a ser culpado, razões sobrariam para que uma campanha pela cassação dos mandatos dos referidos parlamentares se efetivasse.

Não é isso o que pensa ALGUNS dos líderes dos movimentos que organizam os protestos de rua. Ao que parece não são os únicos, setores do ministério público e do judiciário têm o mesmo sentimento em comum e o compartilha seja por palavras, quando tomamos conhecimento de que certos magistrados fazem uso das redes sociais para expressarem suas opiniões em relação ao governo e ao PT, seja por ações concretas tomadas pelo juiz Moro que julga a Lava Jato, por exemplo quando ignora declarações dos delatores que a corrupção na Petrobras vem de antes dos governos petistas, ou quando, não se sabe por que critérios, avalia que doações das empreiteiras para o PT são propinas e as doações para os demais partidos, das mesmas empreiteiras investigadas na Lava Jato, contribuições legais de campanha.

O surreal está no fato de que por essa moral de bordel quem está sendo investigado não deve perder o mandato e quem não está tem que ter o mandato cassado. O caso da presidenta Dilma. Não é investigada pela Lava Jato, contudo deveria perder o mandato, ainda que tenha tomado todas as providências para que as investigações seguissem adiante, sem nenhum tipo de interferência.

Já Renan e Cunha que são investigados pela Lava Jato podem continuar com os respectivos mandatos e presidindo a câmara alta e a baixa, segundo a visão estreita de mundo desses grupos que conseguem racionalizar que a corrupção pode ser pior ou melhor dependendo de quem a pratica, desde que sirva aos interesses da luta política que travam para sequestrar os 54 milhões de votos que elegeram a presidenta Dilma.

Não à toa os tucanos sabem que têm salvo conduto para roubar, participar de grandes esquemas de corrupção sem sofrerem nenhum incômodo. Seja da imprensa que não divulga, da PF e do MP que não investigam, seja da justiça que não julga e agora dos movimentos que tomam conta das ruas e dizem que a corrupção é tolerável,  podendo até ser melhor caso o PT não esteja envolvido.

O grande paradoxo é que o motivo maior dos protestos está no combate à corrupção, corrupção petista que fique bem claro, conforme declarou um dos líderes do MBL, uma vez que corrupção não tem mais o significado dado pelo pai dos burros, assumiu várias facetas, foi fracionada em diversas subdivisões e especialmente uma é mais cara e merece todo repúdio.

Quando e se o PT for apeado do poder tudo voltará a ser como antes. Nada de investigação, nada de punição.

A PF assumirá suas funções naturais de emitir passaporte, fiscalizar aeroportos e combater o tráfico de drogas.

O MP não contará mais com o apoio irrestrito da velha mídia para o espalhafato na investigação do crime organizado que saqueia o erário.

Também não haverá mais espaço para juízes justiceiros como Moro.

E se porventura alguma coisa fugir ao script, ainda terão o STF para colocar rédeas curtas nesses meninos do MPF.

Holofotes não faltarão para os ministros de sempre reafirmarem as garantias constitucionais dos réus, suspensas na era petista, para condenarem o Estado policial, os vazamentos seletivos, representarem contra juízes afoitos no CNJ e novamente a liberalidade na concessão de Habeas Corpus, durante as férias da magistratura nos plantões da justiça e, de preferência, nas madrugadas.

Quando, por fim, tudo cair no esquecimento, os homens de toga estarão reunidos sobre o mármore branco e suntuoso dos palácios da justiça, com suas falas empoladas, livres do clamor das ruas para decretarem a anulação das operações da PF, arguindo O FRUTO DA ÁRVORE ENVENENADA.

É esse Brasil que nos aguarda!

domingo, 29 de março de 2015

PROCURADOR DA ZELOTES DIZ ESTÁ INCOMODADO COM VAZAMENTOS SELETIVOS. E A LAVA JATO PROCURADOR?



Quando se trata de ter melindres com os poderosos o Ministério Público age com todo cuidado para não cair em desgraça perante os meios de comunicação de massa.

Na Operação Zelotes constatou-se o envolvimento de grupos de mídias, grandes empresários e banqueiros. É o desmascaramento completo dessas vestais falsas moralistas.

Óbvio que não vão fazer cobertura isenta dessa operação porque estão enfiados nela. Se o PT enquanto instituição partidária estivesse envolvido, aí sim, cabeças rolariam na guilhotina, Procurador chefe da investigação estaria sendo incensado como o tal Dallagnol da Lava Jato.

Juiz responsável finalmente teria seus 15 minutos de fama em troca de jogar no lixo as leis para aparecer como mais um justiceiro na luta pelo fim da corrupção, recebendo espaços generosos na velha mídia para dizer e escrever o que pensa, como Moro que deixou o ofício de juiz para ser garoto propaganda de interesses ideológicos e defender o fim de garantias constitucionais em busca de um código todo seu para aplicar da maneira como bem entender.

Mas sonegação fiscal meu caro implica uma enorme quantidade de contribuintes e não são contribuintes quaisquer. São os grandes que não se conformam em ganhar dinheiro, imensa quantidade de dinheiro sem A devida contrapartida ao estado que se faz com o pagamento de impostos.

O ministério público tem em mãos um colossal vespeiro. Sabe que não é tarefa fácil ir de encontro aos interesses da velha mídia. Os que a confrontaram pagaram um alto preço. Vide a conflagração em que se encontra o Brasil polarizado por uma campanha hedionda, falso moralista baseada em mera hipocrisia.

Vide a Satiagraha que acabou anulada, o delegado condenado penal e administrativamente, o juíz afastado e "promovido" para uma vara alheia a sua expertise, adquirida em anos de atuação contra o crime organizado.

Tudo isso pesado o Procurador responsável diz não querer saber de vazamentos seletivos. Está incomodado e argumenta que a sociedade tem o direito de saber do teor de toda a operação. Até concordo. Contudo, vazamentos seletivos correram frouxo na Lava Jato para criminalizar o governo e seu partido e nenhuma medida foi tomada para que esse crime fosse evitado.

Serviram para uma sórdida mentira, a de dizer que Dilma e Lula sabiam de tudo, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. O Procurador Dallagnol que está à frente da Lava Jato, representando o ministério público, não veio a público dizer que tais vazamentos lhe causavam incômodo. Pelo contrário, assistiu em silêncio uma mentira ser propagada criminosamente.

A zelotes não pega o governo e nem petista. Fecha o cerco sobre os mega sonegadores, gente que tem dinheiro para comprar a mídia, o judiciário e o ministério público. Assim tem que ser tratada com luvas de pelica, a pão de ló.

O procurador da Zelotes pode ser tudo, menos idiota e não quer comprometer sua promissora carreira. Sabe que não vai contar com o apoio da mídia nessa investigação. Estará só, ao deus dará, diferentemente dos queridinhos Moro e Dallagnol que faz a investigação certa e lhe dá o rumo que a mídia deseja.

A  zelotes nem saiu ainda das fraldas. Aguarde procurador que vem por aí uma campanha de desconstrução de seu trabalho. A hipocrisia ficará abertamente exposta quando começarem a falar dos métodos ilegais que resultaram na descoberta dessa mega sonegação. O STF e alguns de seus ministros aparecerão para dá opinião, diferente da postura pusilânime que adotaram na lava Jato.

Não demorará e o senhor cedo aprenderá que certas investigações não podem ser feitas.

"NÃO PAGO UM CENTAVO A MAIS DE IMPOSTO ATÉ QUE ESSES BASTARDOS SEJAM PRESOS"



Gostaria de saber por onde anda os indignados com mensalão, Lava Jato, o mar de lama petralha que não aparecem para comentar A MAIOR E MAIS IMPORTANTE OPERAÇÃO POLICIAL DA PF, A ZELOTES que trouxe a lume um mega esquema de sonegação fiscal da ordem de quase 20 bilhões de reais que envolvem bancos e grandes empresas.

O que dizer do Swissleaks, outro mega escândalo de sonegação fiscal e evasão de divisas desta feita envolvendo contribuintes individuais, pessoas físicas que muito recentemente estiveram nas varandas de seus suntuosos apartamentos batendo panelas por não suportarem mais tanta corrupção?

É essa gente corrupta que vai as ruas protestar contra a corrupção, no mais insano ato de falso moralismo. Se aqui fosse mesmo o país que dizem tanto desejar, livre de corrupção e dos petralhas, estariam todos presos com bens confiscados e os nomes estampados nos jornais impressos e televisivos.

Sorte deles que não é e sabem que não, por isso podem pousar de virgens de bordel porque o que querem mesmo são facilidades, o fim da polícia federal como instituição republicana que a todos investiga para voltar o que era antes, mero órgão emissor de passaporte, fiscalizador de fronteiras, aeroportos e repressor do tráfico de drogas.

Não veremos a cobertura que é dada pela mídia à Lava Jato reproduzida com o mesmo estardalhaço à Operação Zelotes. Não haverá capa de Veja, manchetes garrafais com ares de indignação nos jornalões e muito menos 10 minutos de JN desancando esse crime de lesa pátria porque para eles interessa demonizar a corrupção do varejo, o crime coletivo de sonegação fiscal é uma bobagem qualquer e como a maioria sonega, estamos todos acordados.

Vá falar pra qualquer gringo sueco, americano, inglês, alemão, italiano ou espanhol que sonegar imposto no Brasil é o esporte favorito do brasileiro que eles ficarão rubros de indignação porque superaram há décadas o debate da responsabilidade social do indivíduo e suas obrigações para com o estado, exercício pleno de cidadania para a qual contribui como parte integrante de suas vidas.

O Swissleaks e a Zelotes, somadas ultrapassam em mais de 200 vezes o escândalo na Petrobras, o quíntuplo dessa matemática de tudo que alegam ter havido de desvio no esquema do mentirão.

Os barões da mídia estão com o pescoço até o talo envolvido nesse mega esquema e por isso não tratam de colocar os holofotes sobre o horror que constitui esse que é o maior atraso, especialmente quando se discute o arrocho fiscal para economizar 20 bi, valores que foram sonegados e descobertos pela Zelotes e cuja fatura recairá sobre quem? Advinha aí? Sobre nós trabalhadores que já somos tão sacrificados com tantas mazelas e bem ali na esquina os cofres públicos foram lesados, deixaram de arrecadar toda quantia que por si já cobriria o arrocho fiscal pretendido pelo governo.

Os brasileiros que pagamos corretamente nossos impostos, deveríamos fazer tal como a atriz Emma Thompson e seu marido, Greg Wise que declarou, ao tomar conhecimento do escândalo de sonegação no HSBC por correntistas compatriotas, que não iria pagar um centavo a mais de impostos até que "esses bastardos sejam presos".

A LIÇÃO DOS BRASILEIROS QUE SE RECUSAM A DÁ A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR‏



Finalmente um escândalo a descoberto que perpassa o falso moralismo dos hipócritas que se enchem de indignação com a corrupção praticada no varejo e que está espraiada em tudo que é estatal, repartição pública, União, Estados e Municípios, na iniciativa privada e também na vida diária de muitos de nós para provar que o brasileiro é um corrupto por excelência, guardadas as exceções que fogem à regra.


Essa cultura de corrupção que faz parte da moral do brasileiro, salta aos olhos porquanto quem a pratica mais deleteriamente não são os que estão no andar de baixo, aqueles desprovidos dos meios de sobrevivência ou os que os possuem com grandes dificuldades, embora também não estejam isentos de tais crimes, atenuados pelo fato de seguirem um modelo que vem de priscas eras adotado por quem tem maior obrigação de dá o exemplo, até pelo nível de educação que possuem, pelo acesso a informação, a classe social a que pertencem.


Ressalte-se porém que não é porque sejam mais honestos, isso decorre da ausência de oportunidades, dos meios para disporem do dinheiro público que não lhes pertencem, mediante ilícitos e esquemas vários que estão entranhados no serviço público, sobrando-lhes as ruas para o cometimento de crimes contra o patrimônio, a vida etc...


As páginas policiais não me deixam mentir. A sensação de insegurança que toma conta dos grandes centros urbanos idem.

Contudo, nada há que possa refreá-los.


Isso não nos impede de fazermos a seguinte reflexão: sempre que um novo escândalo de corrupção aparece em substituição a outro as personagens são recorrentemente pessoas bem aquinhoadas, com grau de instrução superior e que possui vida financeira estabilizada e teoricamente não teria nenhuma razão objetiva de envolver-se com o submundo do crime e nunca temos notícia do envolvimento de alguém comum do povo, a gente humildade que trabalha de sol a sol e quando alguma política pública é destinada em seu benefício a gritaria estridente ressoa em alto som para tratá-los de forma a humilhá-los, a ferir sua dignidade como fazem com os beneficiários do bolsa família e todos que recebem algum tipo de compensação governamental em reconhecimento pelo injusto tratamento dispensado por décadas de exclusão social.


Esse cidadão brasileiro honesto, decente, trabalhador em que pese as imensas dificuldades que tem que superar em seu dia a dia, sofrendo as mais terríveis agruras quando precisa de algum serviço público para ser atendido, merece todos nossos aplausos. Mesmo tentado a praticar o crime, resiste, por vezes estando em um ambiente que lhe é tão peculiarmente propício, não raro respirando ares que facilmente poderia levá-lo a cercar-se dos mais empedernidos ladravazes e assim ultrapassar a linha tênue que o separa do convívio social que se baseia em convenções, escolhendo, contudo, apartar-se do mundo da criminalidade, suas extensões e consequências, preferindo uma vida frugal ao luxo advindo de conduta criminosa.


De concreto, quando raramente surge o envolvimento dessa gente humilde na corrupção, é porque foi aliciada para figurar em um de tais esquemas como laranja. Emprestar seu nome, uma conta bancária para que terceiros com acesso disponível utilizem de forma criminosa. Jamais os vemos figurar como mentores, estão sempre numa escala abaixo. Isso é para os Cerverós, os Baruscos, os Youssefs que soltos por aí aos borbotões, subornam, corrompem e saqueiam o erário.


Todo esse longo preâmbulo para aduzir o Swissleaks e a Operação Zelotes da PF. Para quem não sabe, o Swissleaks é um mega esquema de sonegação fiscal com aberturas de contas bancárias para fins de ludibriar a receita federal. Cerca de 9 mil brasileiros que nunca perderam uma noite de sono preocupados com o que vão comer amanhã, se irão ter trabalho, como pagarão suas contas no fim de mês, burlaram o fisco para livrar-se de suas responsabilidades quanto a pagar regularmente os impostos devidos.

Não há crime pior do que o de sonegar impostos. Nem mesmo o crime de homicídio pode equiparar-se aos de evasão e sonegação fiscais. Contudo, para o brasileiro a sonegação não lhe causa nenhuma indignação. É algo a ser tratada com indiferença, desfaçatez, como que de somenos importância e simplesmente trivial.


Em todas as nações civilizadas é senso comum que sonegação fiscal é crime de lesa pátria e tem que ser duramente combatida. Menos no Brasil.


Por aqui milhões de pessoas saíram as ruas para se mostrarem indignadas com a corrupção. Algumas destas foram desmascaradas por estarem na lista de sonegadoras divulgada no Sweissleaks.


As autoridades que cabem fiscalizar para coibir a sonegação, nada fizeram para impedir que esses maus brasileiros fossem abrir contas bancárias em paraísos fiscais com o claro objetivo de sonegar. Uma falha imperdoável que está sendo apurada em sede de CPI, não pelos esforços próprios do governo, senão em face da repercussão mundial do vazamento da lista do HSBC suíço que por aqui chegou e ensejou um pedido de CPI.


Quando todas as atenções estavam voltadas para os desdobramentos da CPI que investiga a lista vazada no Swissleaks, eis que somos surpreendidos pela Operação Zelotes da PF a mais importante operação policial da história dessa instituição e, pasmem, não está recebendo o mesmo tratamento dispensado à Lava Jato e tampouco a outras operações da PF tão espalhafatosamente divulgadas na grande mídia.



Até sabemos por quê. A Globo também figura no polo passivo como sonegadora de impostos. É responsável pelo desvio de mais de 600 milhões de reais dos cofres públicos cujo blogue O Cafezinho de Miguel do Rosário deu conhecimento público, ainda que anterior a operação Zelotes da PF, realizada nessa semana finda, descobrindo um mega esquema de sonegação fiscal que roça a casa dos 20 bilhões de reais.


Estima-se que no Brasil a sonegação é da ordem de 500 bi por ano. Não há crime maior pela dimensão e efeitos que deixam o país mais empobrecido e com seu desenvolvimento comprometido. Não obstante, isso nem comove a Receita e menos ainda o governo, às voltas com um arrocho fiscal que recairá sobre os lombos do trabalhador, convidado especial para arcar com os sacrifícios de um ajuste iníquo a pretexto de se fazer economia de palitos e reequilibrar as contas públicas, enquanto a sangria dos cofres públicos corre solta, seja pela corrupção endêmica, seja pela sonegação fiscal.


No entanto, em se tratando de corrupção, a que incomoda é essa do varejo, a do atacado que envolve milhões de brasileiros num crime coletivo ´de sonegação fiscal passa ao largo. De fato, nem eles acham que seja crime. Se achassem não estampariam cartazes hipócritas pedindo o fim da corrupção e teriam vergonha de exigir o fim de algo ao qual dão contribuição decisiva para que continue existindo.