quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Central de grampo clandestina em Minas investigava auroridades




PM2 que investigava sindicato estava à disposição da PGJMG
Caiu como uma bomba: Vídeo identifica agente da PM2 que estava a serviço do
“Serviço de Inteligência” da PGJMG investigando Sindicato

Novojornal vem denunciando há mais de três anos a existência de uma central de
grampos e investigações clandestinas instalada no prédio da Procuradoria de Justiça de
Minas Gerais. A estrutura foi montada em função de um convênio assinado entre a
Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais (PGJMG) e a Polícia Militar de Minas Gerais
(PMMG), através da Casa Militar do Governo de Minas.

Esta central vem há anos municiando o Governo de Minas de informações
oriundas de escutas telefônicas e investigações de lideranças políticas, religiosas e sindicais.
Até mesmo parlamentares, juízes e desembargadores são investigados por esta
“Central de Inteligência”. Tudo, contrariando a lei que determina que a Polícia Civil
é a Polícia Judiciária.

Em setembro de 2008 Novojornal noticiava que tivera acesso a 50 Cds de diversas
gravações realizadas por esta central clandestina. Foi inclusive publicado na época
cópia de um depoimento prestado na justiça mineira, comprovando a existência desta
central.

O material, após ser copiado e enviado para o exterior, por motivo de segurança,
foi encaminhado para a CPI dos Grampos em Brasília. A CPI encerrou seus trabalhos sem
jamais divulgar o investigado em relação a central clandestina da PGJMG.

Assim como no empastelamento do Novojornal pela PGJMG, utilizando membros da PM2,
diversas vezes as dependências do Novojornal foram invadidas levando computadores
e outros objetos que se encontravam na redação. Mesmo de pose de boletins de ocorrência,
estes fatos jamais foram investigados.

Só agora, diante da greve dos professores e da inexplicável participação da PGJMG
nas negociações, finalmente o “Serviço Secreto” da Procuradoria de Justiça de
Minas Gerais mostra a cara.


Ao contrário de suas atribuições, há anos a alta direção da Procuradoria de Justiça
de Minas Gerais, a contra
gosto de uma significativa parcela do Ministério Público de Minas Gerais,
vem aparelhando a instituição para servir de órgão acessório do Poder Executivo
de Minas Gerais.

O Deputado Rogério Correia (PT), procurado por nossa reportagem, ao tomar
conhecimento destes fatos mostrou-se bastante assustado. Afirmando:
“Vou solicitar cópia deste convênio celebrado entre a casa militar,
PM e Procuradoria, além de esclarecimento a respeito da atuação
desta possível central de inteligência”.

O político vinha denunciando que a coordenadora e integrantes
do sindicato estavam sofrendo ameaças de policiais, que estavam
à paisana e em carros descaracterizados.

O que acabou por comprovar-se nessa terça-feira, 6 de setembro.
O deputado Rogério Correia (PT) esteve na sede do Sindicato,
em Belo Horizonte, para averiguar o que estava acontecendo.
Lá, ele e Beatriz Cerqueira, coordenadora do SindUTE,
flagraram na porta da instituição um carro parado.

A placa foi checada. Informalmente, Correia obteve a informação
de que ela seria de acesso restrito e de uso do serviço
reservado da Polícia Militar mineira. O motorista não quis se identificar
nem responder as perguntas de Correia, abandonando o veiculo,
porém foi fotografado e filmado, o que possibilitou sua identificação.

Concluindo, Correia afirmou que pedirá também a relação dos policiais
que se encontram a serviço junto a PGJMG acompanhado
de suas folhas funcionais onde contém a foto do policial.

Matéria de Novojornal publicada em setembro de 2008:

Por que a imprensa pode fazer piadas com a sociedade e nós somos proibidos de fazer com ela?


O Conversa Afiada reproduz artigo do deputado Paulo Pimenta, que convocou um publisher (sic) da Folha (*) para dar explicações à Câmara sobre a tentativa de censurar um blog.

Clique aqui para ler “Juiza Quintela não censura e derrota Dantas”

Por que a imprensa pode fazer piadas com a sociedade e nós somos proibidos de fazer com ela?


O caso da ação judicial movido pelo jornal Folha de S. Paulo contra os irmãos Lino e Mario Bocchini é exemplar para provocar uma reflexão sobre os limites éticos do debate da liberdade de expressão sob o ponto de vista de setores importantes da mídia tradicional. Os irmãos Bocchini criaram o blog Falha de S.Paulo, espaço irreverente e descontraído de análise e críticas de matérias e conteúdos veiculados no tradicional diário paulista.

Como paródia, naturalmente, o blog é “uma obra literária que imita outra obra literária”, evidentemente que em tom caricato com “objetivo jocoso ou satírico”, segundo o dicionário Houaiss. Observa-se aqui com nitidez aquilo que classifico como uma característica marcante da mídia tradicional e conservadora do Brasil. A seletividade na abordagem dos temas ou como analisar temas semelhantes de maneira distinta a partir dos interesses que estão em jogo, propondo-se a criar indicativos no leitor/telespectador sobre a relevância dos acontecimentos e os fatos essenciais para o seu comportamento no meio social, não só refletindo, mas também reconstruindo a própria realidade, ao gosto dos grandes empresários da comunicação deste país. Verifica-se, assim, o papel ideológico representado pela mídia tradicional, atuando em favor da manutenção da preeminência ideológica dominante.

No processo eleitoral de 2010, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) questionou no Supremo Tribunal Federal a proibição de fazer sátiras a políticos durante a campanha. Acertadamente, o STF liberou o uso de sátiras e manifestações de humor contra políticos, acatando proposta da Abert. “O riso e o humor são expressões renovadores, de estímulo à prática da cidadania. O riso e o humor são transformadores, saudavelmente subversivos, são esclarecedores e reveladores, e, por isso, são temidos pelos detentores do poder”, afirmou no julgamento o ministro Celso de Mello.

No mesmo julgamento, Gustavo Binenbojn, advogado da Abert, destacou: “a sátira e o humor são formas consagradas de manifestação artística e crítica política. O advogado da Abert reforçou ainda a tese da entidade de que a proibição do humor causa “grave efeito silenciador”.

No episódio em que a atriz Juliana Paes move processo contra José Simão, colunista da Folha de S. Paulo, a advogada do jornal, Tais Gasparin, a mesma que agora assina a ação contra o blog Falha de S.Paulo, alega: “tratar o humor como ilícito, no fim das contas, é a mesma coisa que censura”. A Folha de S. Paulo, que apoiou a ditadura no Brasil, mantém-se, nesse episódio do blog Falha, coerente ao seu passado, mas em contradição com seu discurso atual de defesa da liberdade de expressão no país. De qual Folha estamos falando?

Seguindo a defesa da Folha, o Casseta & Planeta, Pânico na TV, CQC estariam impedidos de utilizar a paródia como instrumento de crítica humorística, que “se valem de elementos visuais de importantes personalidades públicas para identificação pelos telespectadores”. É o que dizer então do fato do cartunista Ziraldo ter criado a revista “Bundas”, como paródia da revista “Caras”, ou em plena ditadura o jornal O Pasquim referir-se ao jornal O Globo como “The Globe”.  Não há registro de terem sido censurados ou de tentativa de censura.

Por fim, é curioso observar também que a MTV Brasil em três oportunidades no dia 28 de junho levou ao ar o logotipo idêntico usado pelo blog Falha de S.Paulo que satiriza o jornal Folha de S. Paulo, que foi proibido pela justiça, no mesmo contexto (paródia) sem que nenhuma ação fosse movida contra o Grupo Abril, dona da MTV Brasil, revelando mais uma vez que a imprensa pode fazer piada com ela mesma, a sociedade não. Lobo não como lobo, já diz um velho ditado popular.

Não há dúvidas, portanto, que a ação contra o blog Falha de S.Paulo é um recado a todos os blogueiros, sites, tuiteiros e qualquer outro tipo de protagonismo possível que as novas tecnologias têm permitido aos cidadãos e à sociedade civil de romper com lógica vertical da comunicação. “Liberdade de expressão é bom, é um princípio, mas não para vocês. O monopólio da informação e da livre manifestação do pensamento é nosso, e qualquer tipo de crítica será censurado. E se possível, ainda queremos, buscar uma indenização daqueles que insistirem em nos desafiar”.


Paulo Pimenta é jornalista e deputado federal.

Ex-vendedor de picolé em represa tem hoje 4.000 funcionários

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO


Aderbal Nogueira entrou na Nutrin há 18 anos como auxiliar de almoxarifado. Há três anos, assumiu a presidência da companhia.

Sob seu comando, a empresa mais que dobrou de tamanho. Passou do faturamento de R$ 110 milhões, com a gestão de 150 restaurantes empresariais, para R$ 250 milhões e 410 restaurantes. O número de funcionários aumentou de 1.500 para quase 4.000.

Neste depoimento, Nogueira, filho de doméstica e vendedor de picolé na infância, conta como hoje chegou à liderança da empresa de restaurantes corporativos.

Adriano Vizoni/Folhapress
O executivo Aderbal Nogueira, ex-vendedor de picolés e hoje presidente da Nutrin
O executivo Aderbal Nogueira, ex-vendedor de picolés e hoje presidente da Nutrin
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Sou baiano de Xique Xique, oeste da Bahia. Filho de mãe baiana e pai pernambucano. Quando tinha três anos, meu pai se separou da minha mãe e ela foi para São Paulo trabalhar de doméstica.


Eu fiquei com meus avós. Um ano e meio depois, minha mãe já estava com a vida ajeitada e foi me buscar. Fomos morar no Cambuci (centro).


Minha mãe casou de novo, com um metalúrgico. Desses que são fãs do Lula para ele, é Deus no céu e Lula na Terra. Tiveram dois filhos.


A vida sempre foi muito dura, minha mãe ganhava muito pouco. O dinheiro do padrasto, que considero o meu pai, pagava o aluguel. O salário da mãe ia pra comida. Eles colocaram nós três na escola e diziam que a gente tinha de estudar.


Aos dez, vendo a dificuldade da família, fui vender picolé na represa de Guarapiranga. A gente morava em Interlagos. Eu estudava de manhã; à tarde, vendia picolé.


O bairro era muito pobre. Mas a gente conseguia ser feliz. Meus avós vinham sempre da Bahia nos visitar.


Em 1982, meu pai ficou desempregado. Foi um tempo difícil. Minha mãe resolveu que queria voltar pra Bahia. A família toda foi junto.


Montamos um açougue, trabalhei carregando carne. Mas não deu muito certo e voltamos de novo para São Paulo. O pai sempre dizia que, para onde quer que fosse, carregaria a família toda.


Quando voltamos, eu queria fazer faculdade, mas não tinha dinheiro. Arrumei emprego de office-boy na empresa Stanley-Home. Mas o dinheiro era pouco.


Um amigo me deu um toque sobre um trabalho de figurinista de circo. Nos dias em que não precisavam de figurinista, eu vendia pipoca e chupe-chupe na porta do circo. Cheguei a ganhar muito dinheiro no circo.


Com quatro ou cinco apresentações, tirava mais que o salário de office-boy. Assim, consegui fazer faculdade. Me formei em contabilidade na Unip (Universidade Paulista).
Há 18 anos, meu antigo chefe foi para a Nutrin, em Americana (SP), e me levou. Entrei como auxiliar de almoxarifado e passei por todas as áreas: financeira, compras, contas a pagar e até pelo restaurante.


Há três anos, a empresa passou por processo de profissionalização e fui convidado a assumir a presidência.


Depois de 20 anos pagando aluguel, hoje tenho uma casa confortável, digna de presidente de empresa, com piscina e churrasqueira.


Também comprei uma moto grande, uma BMW K1300, que era um sonho que eu tinha. Antes, tinha uma Honda CG 125.


Estou onde estou hoje pois nunca parei de estudar. Meus filhos, uma menina de 17 e um menino de 15, querem estudar medicina e direito.


Procuro mostrar-lhes o valor das coisas. A gente viaja para fora do país todo ano, vai a bons restaurantes. Mas dentro de limites, não sou de esbanjar, de tomar uísque caro.
Desde que assumi a Nutrin, a empresa mais que dobrou de tamanho.


Passou do faturamento de R$ 110 milhões, com 150 restaurantes e 1.500 funcionários, para R$ 250 milhões, 410 restaurantes e quase 4.000 funcionários.


O baiano aqui trabalha, você pensa o quê?

Marcos Valério questiona ausência de Lula na ação do mensalão






FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA


Em defesa apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) no processo do mensalão, o publicitário Marcos Valério de Souza reclama que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi incluído na lista dos envolvidos no esquema.

O documento diz que Marcos Valério é inocente, mas afirma que a denúncia da Procuradoria Geral da República é um "raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA [em maiúsculo]."

O advogado do publicitário, Marcelo Leonardo, diz que a participação de seu cliente foi "exagerada" com o intuito de deslocar o foco dos verdadeiros "protagonistas políticos", entre eles Lula.

"A classe política (...) habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário mineiro Marcos Valério, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos objeto desta ação penal", diz a defesa do publicitário.

Ele foi apontado pelo Ministério Público como o operador do esquema do mensalão, esquema de pagamento de propina em troca de apoio político no Congresso Nacional, revelado pela Folha em 2005.

A defesa de Valério nega, ao longo de 148 páginas, a existência do esquema. Diz que os pagamentos efetuados por ele, a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, eram referentes a pagamentos de dívidas da campanha eleitoral de 2002, quando Lula foi eleito presidente da República pela primeira vez.

Também afirma que não existem provas de que tenha ocorrido lavagem de dinheiro, um dos crimes imputados a ele. Além disso, Valério alega que nunca ficou provado que os pagamentos foram feitos com dinheiro público. Neste ponto, o publicitário afirma que a Visanet, apontada como uma das fontes de recursos do mensalão e na qual o Banco do Brasil tem participação, é uma empresa privada.

Ao final, a defesa de Marcos Valério diz que sempre contribuiu com as investigações, apontando todos aqueles que receberam dinheiro por seu intermédio. Por esse motivo, o publicitário afirma que, caso seja condenado, deveria receber perdão judicial ou redução de pena, graças a sua colaboração com a Justiça.

Governo brasileiro prepara ofensiva contra importados

Uma das medidas é a contratação de 120 novos investigadores no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para permitir um maior trabalho sobre casos de dumping
AE
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O governo brasileiro fará uma verdadeira ofensiva para frear a entrada de produtos importados no mercado nacional que estejam prejudicando as empresas brasileiras. A iniciativa prevê fortalecer o controle sobre a fraude nos portos e aeroportos, contratação de novos investigadores para fiscalizar dumping e a adoção de novas leis exigindo testes a produtos estrangeiros. Governos estrangeiros têm alertado para a "tentação protecionista" do Brasil. Mas o governo garante que está fazendo tudo "dentro da lei". 
 
Em 2010, o Brasil liderou a expansão de importações no mundo. Com uma economia em crescimento, e diante de uma ameaça de recessão nos países ricos, o mercado brasileiro e de outros emergentes se tornou prioridade para a ação de empresas de todo o mundo. O real valorizado vem ajudando a incrementar a competitividade dos produtos estrangeiros no Brasil.
 
Há dois dias, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que o governo não aturaria a concorrência desleal. Nessa quarta-feira (7), foi a vez do secretário executivo do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Alessandro Teixeira, explicar como está ocorrendo essa ofensiva, durante sua passagem por Genebra para reuniões na ONU.
 
Contratação
 
Uma das medidas é a contratação de 120 novos investigadores no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para permitir um maior trabalho sobre casos de dumping. Segundo Teixeira, uma suspeita de dumping no País leva em média 15 meses para ser apurado por falta de funcionários. "Nosso objetivo é baixar esse tempo para dez meses".
 
Na prática, a medida vai ajudar o setor nacional que esteja sendo alvo da prática ilegal de estrangeiros a se proteger de forma mais rápida da concorrência. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), porém, indicam que o Brasil é o país que lidera na aplicação de medidas de dumping desde o final de 2010. Teixeira insiste que não se trata de protecionismo. "Isso é defesa comercial."
 
Um segundo pilar da ofensiva ocorrerá nos portos e aeroportos. Desde agosto, o MDIC vem colaborando com a Receita Federal em um trabalho de "inteligência comercial". A meta é a de fechar o certo contra fraudadores que estão trazendo produtos importados para dentro do País com notas falsas, valores menores para não pagar impostos e mesmo contrabando.
 
Teixeira preferiu não falar quais são os setores que serão mais fiscalizados. Mas o Estado apurou que calçados, têxteis, ótica, brinquedos e pneus estão entre os maiores suspeitos. Há duas semanas, a Receita iniciou a Operação Panos Quentes 3, com a meta de identificar a fraude nas importações têxteis.

O novo local do World Trade Center é uma "vitória da vida", diz arquiteto

População do sul de Manhattan dobrou desde os atentados

AFP
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A nova área onde ficava o World Trade Center, em Nova York, representa "uma vitória da vida", declarou nesta quinta-feira (8) seu principal arquiteto, Daniel Libeskind, a alguns dias do décimo ano dos atentados do 11 de Setembro. O local, ainda em reconstrução, fala "da memória e do amor, é uma vitória da vida sobre os acontecimentos", declarou ele a jornalistas, explicando a filosofia de seu projeto.
Libeskind, escolhido em fevereiro de 2003 para repensar o conjunto dos 6,5 hectares do sítio devastado, explicou que, enquanto imigrante, queria fazer do local, situado no sul de Manhattan, não distante da Estátua da Liberdade, um símbolo "de vida e de liberdade". Não se tratava apenas de construir, mas "de criar uma memória, a memória das cerca de 3.000 pessoas de 90 países diferentes que vieram a falecer" nos atentados do 11 de Setembro, disse ele.
Explicou que quis dar, à torre emblemática, a WTC1 (one World Trade Center), também conhecida com o nome de "torre da liberdade", "uma altura impossível de ser ultrapassada". A torre terá 104 andares e será a mais alta da América: 541 metros, com uma seta de 124,3 metros. Ela será concluída em 2013.
Terá 1776 pés (a unidade de medida nos Estados Unidos), correspondendo à data da declaração da independência. Libeskind insistiu nesta escolha simbólica para o arranha-céu, nascido da tragédia. "Isso tem sentido", afirmou. Durante a mesma entrevista à imprensa, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, falou sobre o avanço dos trabalhos no local, e do renascimento do bairro do sul de Manhattan, onde a população dobrou em 10 anos, chegando a 56.000 pessoas. "O caminho não foi fácil", disse, "mas a vida retornou".
Domingo, por ocasião do décimo aniversário dos atentados, o memorial do 11 de Setembro, um amplo espaço paisagístico de três hectares, será inaugurado na presença do presidente Barack Obama. Dois imensos tanques de granito foram escavados, no local exato onde ficavam as torres gêmeas do WTC. Em sua volta, estão inscritos os nomes das cerca de 3.000 vítimas do 11 de Setembro e as dos primeiros atentados contra o WTC, em fevereiro de 1993.
Para atrair famílias, era importante estabelecer no bairro escolas públicas de boa reputação, como a Millennium High School, aberta em 2002, recordou Bloomberg. A tarefa é permanente e, nesta semana, será inaugurada outra escola no prédio Frank Gehry. "Nosso objetivo era transformar o distrito financeiro, que virou uma cidade-fantasma depois dos ataques. Queríamos uma comunidade vibrante e dinâmica 24 horas por dia. Há, agora, mais lojas abertas ao sul de Manhattan, do que em 10 de setembro de 2001", disse Bloomberg.
Para Helène, uma turista francesa que visita pela terceira vez a zona do World Trade Center, a área, agora, é motivo de muita admiração. "Estive aqui em 2002 e em 2005. Era um buraco horrível, tinha a impressão de que a cidade nunca se recuperaria. Agora, vejo o memorial, a outra torre já reconstruída; além disso, com a morte de Bin Laden, acho que o país tem tudo para poder virar a página", afirma.

Deputados do DF faltam às sessões até no Canadá



Deputados do DF faltam às sessões até no CanadáFoto: Divulgação

PATRÍCIO, CELINA LEÃO, DR. MICHEL E WASHINGTON MESQUITA FORAM A QUEBEC PARA PARTICIPAR DE REUNIÃO INTERPARLAMENTAR, MAS TIRARAM O DIA PARA PASSEAR EM MONTREAL

08 de Setembro de 2011 às 15:17
Priscila Mesquita_Brasília247 – Uma viagem que dá a oportunidade de conhecer novas políticas públicas, a chance de trocar informações com parlamentares de outros países e a possibilidade de discutir temas com personalidades reconhecidas mundialmente. Foi com esse discurso que cinco deputados distritais deixaram Brasília no sábado (3), rumo à Quebec, no Canadá, gastando pelo menos R$ 75 mil dos cofres públicos. A viagem, com duração de cinco dias, foi paga pela Câmara Legislativa e noticiada pelo Brasília 247.
Mas quatro deles resolveram aproveitar o feriado de 7 de setembro, apesar de a data não ser comemorada no Canadá. Em vez de participarem das atividades da XI Assembléia Geral da Confederação Parlamentar das Américas (Copa), o presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT); o vice-presidente, Dr. Michel (PSL); a presidente da Comissão de Ética, Celina Leão (PMN) e o presidente da Comissão de Educação e Saúde, Washington Mesquita (PSDB) foram passear em Montreal, cidade que fica a duas horas e meia de Quebec. A única a participar das atividades da Copa na quarta-feira foi Liliane Roriz (PRTB), que não embarcou com o grupo.
Os parlamentares se deslocaram de uma cidade a outra em um carro do consulado brasileiro em Montreal. Patrício confirmou a viagem ainda durante o deslocamento. Ele disse que tinham combinado um dia antes, por telefone, e justificou: "Vamos falar sobre democracia, paz e direitos humanos". Não foi bem isso que aconteceu. Os distritais passearam em Montreal e participaram das festividades do 7 de Setembro em terras canadenses, enquanto deveriam estar participando das sessões da assembleia em Quebec. Segundo Dr. Michel, eles foram representar o Distrito Federal na solenidade em Montreal e foram recebidos pelo cônsul-geral brasileiro na cidade, Oswaldo Portella. "Fomos apresentados às autoridades e aos brasileiros que moram lá."
A ausência dos deputados do DF no evento de Quebec foi notada pelos demais participantes porque o local reservado à comitiva de Brasília – na segunda fileira - ficou com quatro dos cinco lugares vazios. Os gazeteiros faltaram à sessão de abertura, na qual falou um ex-presidente da Costa Rica, Oscar Árias, e da reunião da Comissão de Educação, Cultura e Ciência e Tecnologia, programada para a parte da tarde. Nem mesmo Washington Mesquita, que é presidente da Comissão de Educação da Câmara, se preocupou em estar na comissão. Liliane disse que preferiu permanecer em Quebec por entender que a participação no evento era a prioridade da viagem. "Quando quero viajar a passeio saio de Brasília acompanhada da minha filha", disse.
A programação desta quinta-feira incluiu duas reuniões: da Comissão de Democracia e Paz e da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Na quarta-feira à noite, no jantar, os quatro deputados que deixaram de trabalhar comemoraram o aniversário de Patrício.

"A gente não deve esquecer de ser feliz", diz Bruna ao 247




Foto: DIVULGAÇÃO

ATRIZ FALA SOBRE O SUCESSO DO LONGA 'ONDE ESTÁ A FELICIDADE?', FEITO PRATICAMENTE EM FAMÍLIA: SEU MARIDO É O DIRETOR, ELA A ROTEIRISTA E ESTRELA E O FILHO, DESTAQUE NA EQUIPE

08 de Setembro de 2011 às 12:49
Por Yan Bim_247 – “Cada um tem o seu caminho para a felicidade”. É o que pensa a atriz Bruna Lombardi, que saiu a caminho da sua ao interpretar Teodora em seu último filme, Onde Está a Felicidade, em que protagoniza e assina o roteiro. Bruna falou ao Brasil 247 nessa terça-feira, 6, sobre a produção que envolve toda a família: o longa é dirigido por seu marido, Carlos Alberto Riccelli, e tem o filho do casal, Kim Riccelli, no elenco e na assistência de direção. O lançamento traz ainda a participação de Marcelo Adnet e Dani Calabresa.
O terceiro filme de Riccelli – desses, sua primeira comédia – estreou em 10 de julho no Festival de Paulínia, de onde já saiu com duas premiações: melhor filme eleito pelo público e atriz coadjuvante para a espanhola María Pujalte, que interpreta a personagem Marta. O longa tem cenas da Espanha, de São Paulo, de Paulínia e do Piauí, e chegou aos cinemas na última sexta-feira, 2.
A trama conta a história de Teodora (Bruna Lombardi), que entra em crise ao descobrir que seu marido, Nando (Bruno Garcia), mantinha relação erótica pela internet com uma mulher. Não bastasse isso, o programa sobre culinária afrodisíaca que apresenta na televisão é cancelado. Desiludida e sem emprego, resolve seguir o conselho de sua maquiadora e cair na estrada para uma viagem de autoconhecimento, percorrendo o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.
247 – Você esperava essa ótima recepção para o filme, como os prêmios de Paulínia?
Bruna – Não, eu não esperava esse sucesso. Foi impressionante, superou todas as minhas expectativas. Sem contar que é maravilhoso ver as pessoas rirem, alegres. Me senti muito bem.
247 – A espiritualidade mostrada na história do filme tem a ver com você, pessoalmente?
Bruna – Eu acho que isso tem a ver com todas as pessoas. Afinal, cada um tem seu caminho para a felicidade e isso envolve espiritualidade.
247 – Este não é o primeiro trabalho com seu marido. Como funciona seu relacionamento com ele durante as gravações?
Bruna – Fazemos bons trabalhos, a comunicação é bem fácil. Tenho prazer em trabalhar com ele. É muito bom trabalhar com quem amamos.
247 – Quanto tempo demorou para escrever o roteiro?
Bruna – O roteiro demorou dois anos. Apesar de parecer muito, para o cinema brasileiro é considerado um tempo de certa forma até que rápido. Chegamos a passar por dois países e por mais de trezentas cidades ao longo da construção da história.
247 – E agora, pretende ficar definitivamente no cinema?
Bruna – Não. O bom é fazer o que você gosta. E eu faço tudo. O que atrapalha um pouco é a agenda lotada e a correria do dia a dia, mas faço de tudo.
247 – Como você vê a internet como meio de relacionamento?
Bruna – Adoro a internet para me comunicar (risos). Por ela, todos podem colocar o que quiser e se conhecer. Mas infelizmente, como tudo na vida, também há o lado ruim. Quem quiser usar para prejudicar alguém, vai usar.
247 – Qual foi sua proposta com o roteiro?
Bruna – A ideia do filme é fazer com que as pessoas se lembrem de perguntar a si mesmas: “Será que estou bem?”. Para assim a gente não se esquecer de ser feliz.
Assista ao trailer do filme: