quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Central de grampo clandestina em Minas investigava auroridades




PM2 que investigava sindicato estava à disposição da PGJMG
Caiu como uma bomba: Vídeo identifica agente da PM2 que estava a serviço do
“Serviço de Inteligência” da PGJMG investigando Sindicato

Novojornal vem denunciando há mais de três anos a existência de uma central de
grampos e investigações clandestinas instalada no prédio da Procuradoria de Justiça de
Minas Gerais. A estrutura foi montada em função de um convênio assinado entre a
Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais (PGJMG) e a Polícia Militar de Minas Gerais
(PMMG), através da Casa Militar do Governo de Minas.

Esta central vem há anos municiando o Governo de Minas de informações
oriundas de escutas telefônicas e investigações de lideranças políticas, religiosas e sindicais.
Até mesmo parlamentares, juízes e desembargadores são investigados por esta
“Central de Inteligência”. Tudo, contrariando a lei que determina que a Polícia Civil
é a Polícia Judiciária.

Em setembro de 2008 Novojornal noticiava que tivera acesso a 50 Cds de diversas
gravações realizadas por esta central clandestina. Foi inclusive publicado na época
cópia de um depoimento prestado na justiça mineira, comprovando a existência desta
central.

O material, após ser copiado e enviado para o exterior, por motivo de segurança,
foi encaminhado para a CPI dos Grampos em Brasília. A CPI encerrou seus trabalhos sem
jamais divulgar o investigado em relação a central clandestina da PGJMG.

Assim como no empastelamento do Novojornal pela PGJMG, utilizando membros da PM2,
diversas vezes as dependências do Novojornal foram invadidas levando computadores
e outros objetos que se encontravam na redação. Mesmo de pose de boletins de ocorrência,
estes fatos jamais foram investigados.

Só agora, diante da greve dos professores e da inexplicável participação da PGJMG
nas negociações, finalmente o “Serviço Secreto” da Procuradoria de Justiça de
Minas Gerais mostra a cara.


Ao contrário de suas atribuições, há anos a alta direção da Procuradoria de Justiça
de Minas Gerais, a contra
gosto de uma significativa parcela do Ministério Público de Minas Gerais,
vem aparelhando a instituição para servir de órgão acessório do Poder Executivo
de Minas Gerais.

O Deputado Rogério Correia (PT), procurado por nossa reportagem, ao tomar
conhecimento destes fatos mostrou-se bastante assustado. Afirmando:
“Vou solicitar cópia deste convênio celebrado entre a casa militar,
PM e Procuradoria, além de esclarecimento a respeito da atuação
desta possível central de inteligência”.

O político vinha denunciando que a coordenadora e integrantes
do sindicato estavam sofrendo ameaças de policiais, que estavam
à paisana e em carros descaracterizados.

O que acabou por comprovar-se nessa terça-feira, 6 de setembro.
O deputado Rogério Correia (PT) esteve na sede do Sindicato,
em Belo Horizonte, para averiguar o que estava acontecendo.
Lá, ele e Beatriz Cerqueira, coordenadora do SindUTE,
flagraram na porta da instituição um carro parado.

A placa foi checada. Informalmente, Correia obteve a informação
de que ela seria de acesso restrito e de uso do serviço
reservado da Polícia Militar mineira. O motorista não quis se identificar
nem responder as perguntas de Correia, abandonando o veiculo,
porém foi fotografado e filmado, o que possibilitou sua identificação.

Concluindo, Correia afirmou que pedirá também a relação dos policiais
que se encontram a serviço junto a PGJMG acompanhado
de suas folhas funcionais onde contém a foto do policial.

Matéria de Novojornal publicada em setembro de 2008:

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