quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Após discussão, fatura traz nome de cliente como ‘Vadia’


02/08/2012 – 06h00
A Net trocou o nome de uma cliente de Sorocaba (SP) na fatura de cobrança. O fato poderia ser considerado um simples equívoco, não fosse um detalhe: “Katia” virou “Vadia”, e isso pouco depois de ela discutir com uma atendente da empresa por telefone.

O caso começou em 16 de julho, quando Katia Nogueira ligou para a Net para renegociar uma dívida. Ela diz que foi orientada a pagar a fatura de junho para que o sinal de internet e TV a cabo não fossem interrompidos, mas que, no dia seguinte ao pagamento, o acordo foi descumprido.

Katia diz que ligou de novo. “Ela [a atendente] disse que eu não devia atrasar faturas e me deixou 24 minutos na linha até a ligação cair.”

Segundo ela, a atendente pediu várias vezes a confirmação de dados, mas não disse que o cadastro seria alterado. “Não gostei da forma como ela falou e posso ter respondido com má vontade, mas falei meu nome claramente”, afirmou.

No terceiro telefonema, diz, Katia conseguiu a renegociação e o sinal voltou. “Minha surpresa foi receber a conta, com o nome trocado. Cheguei a achar que era ‘Nadia’, mas depois entendi e me senti extremamente mal.”
A cliente registrou um boletim de ocorrência.

Anteontem, ela recebeu um pedido formal de desculpas da Net, além de flores e bombons, mas manteve o cancelamento do serviço. “Agora estou sem nada, mas com a dignidade”, afirmou.

Para o chefe da sessão de fiscalização do Procon de Sorocaba, José Antonio de Oliveira Júnior, pode ter havido “exposição do consumidor ao ridículo”. “O fato de um cliente buscar seus direitos, mesmo que reclamando e sendo mais exigente, não autoriza a empresa ao constrangimento”, disse.

A Net informou, em nota, que solicitou o “imediato afastamento da funcionária do quadro de prestadores de serviço”. Disse ainda que notificou a empresa Contax, responsável pelo atendimento aos clientes, sobre a ocorrência, que diz “não tolerar”.

A Contax, por meio de sua assessoria, disse que lamenta o ocorrido e que demitiu a colaboradora, por ferir seu código de ética.

A empresa informou ainda que os colaboradores passam por um “intensivo processo de treinamento focado nas necessidades do cliente”. (MARÍLIA ROCHA)

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“Justiça é condenar todos”


“Justiça é condenar todos”

Foto: STF/Divulgação_Folhapress

PROCURADOR-GERAL ROBERTO GURGEL, QUE ENGAVETOU CASO DEMÓSTENES TORRES, DIZ QUE STF CONDENARÁ TODOS OS RÉUS DA AÇÃO PENAL 470, CUJO JULGAMENTO COMEÇA NESTA QUINTA, E DISSE AINDA QUE AVALIA SE PEDE OU NÃO O IMPEDIMENTO DO MINISTRO DIAS TOFFOLI; ELE SERÁ O PRIMEIRO A FALAR

02 de Agosto de 2012 às 05:30
247 – Chegou o grande dia. Começa, nesta quinta-feira, o “julgamento do século”. E um dos protagonistas desse processo, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que fará a sustentação oral da peça de acusação e será o primeiro a falar, apontou suas baterias contra os réus. “O Supremo fará justiça. E na visão do Ministério Público, justiça é condenar todos”.
Na sustentação oral, ele terá três grandes alvos: José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, José Genoíno, ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-presidente do partido. Os dois últimos, segundo ele, tinham uma relação de “submissão” em relação a Dirceu, que será apontado como o “chefe da quadrilha”, no “mais atrevido esquema de desvio de recursos públicos da história do País”.
Na véspera, os réus receberam notícias ruins. O Tribunal de Contas da União abriu espaço para reconsiderar decisão que validava os contratos de publicidade do Banco do Brasil com as agências de Marcos Valério, admitindo um recurso apresentado pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira. De acordo com a ministra Ana Arraes, que teve seu voto acompanhado por outros ministros, os contratos são legais e legítimos.
Ontem, o Ministério Público Federal também abriu uma ação por lavagem de dinheiro contra Delúbio Soares, que foi acusado de receber R$ 450 mil oriundos de atividades ilegais.
A grande surpresa do primeiro dia poderá ser um pedido de impedimento do ministro Dias Toffoli, que já advogou para o PT, apresentado por Gurgel. "Eu definirei até o início do julgamento... mas já me manifesto que o importante é que o julgamento ocorra", disse ele ao participar de sessão no STF. Perguntado se a presença de Toffoli poderia causar constrangimento no julgamento, Gurgel afirmou que "este tipo de entendimento é que levará a pedir ou não, a arguir ou não o eventual impedimento ou suspensão do ministro".