segunda-feira, 21 de novembro de 2011

“Boquete” em Parada Gay no Acre será discutido na Assembleia


acre
"Boquete" gera polêmica em Rio Branco
A Parada Gay no Acre, que reuniu milhares de pessoas neste domingo (20), em Rio Branco, será o principal tema dos debates da terça na Assembléia Legislativa. Deputados da bancada evangélica já manifestaram descontentamento ao líder do governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB), por causa de uma performance registrada durante o evento.
Enquanto um trio elétrico tocava o hino evangélico “Faz um milagre em mim”, um homem fazia “boquete” (felação) no pênis de borracha usado por outro homem, quando os manifestantes caminhavam na Via Chico Mendes, em direção ao estacionamento do estádio Arena da Floresta.
A performance, fotografada pelo blogueiro Marcos Venícius, está tendo enorme repercussão nas redes sociais do Acre.
- Eu nunca tinha visto algo tão escancarado. Os dois homens não são um casal. Eu percebi a movimentação desde o início. O homem de camisa verde era o mais atrevido, enquanto o outro só dançava. O velhinho se aproximou e permitiu o flagrante - relata Venícius.
O governo do Acre é o principal patrocinador da Parada Gay, mas o deputado Moisés Diniz não concorda com a perfomance.
- O detalhe mata o conjunto. Vou fazer a defesa do conjunto e vou condenar a irresponsabilidade. A coordenação do evento deveria ter retirado os dois manifestantes. Existem regras de convivência na sociedade. O que fizeram é abominável e se tornou um tiro no pé do movimento - afirma Diniz, autor de uma lei estadual do Dia da Diversidade.
Segundo o líder do governo, a reação que está havendo não é uma reação moral dos evangélicos, mas uma reação da sociedade. Diniz disse que nenhuma pessoa, em pleno juízo discorda, que o que fizeram depõe contra a bandeira da diversidade sexual.
- O estado não deveria ajudar nenhuma manifestação desse tipo. Minha divergência nesse nesse campo abrange o meu governo, os evangélicos e católicos. Manifestação religiosa, de gênero e cor, o estado tem que ficar à margem. A pornografia depõe contra o movimento. Além disso, entoar o hino evangélico foi uma provocação descabida. Há fundamentalistas nas religiões, mas esse tipo de provocação também tem cunho fundamentalista. Isso é intolerância - acrescentou o líder do governo.
O ativista Germano Marino, presidente da Associação de Homossexuais do Acre, considera “mentira absurda” que o “boquete” tenha ocorrido enquanto estava sendo cantado o hino evangélico.
- É só prestar atenção na foto para perceber que as pessoas estavam caminhando. A interpretação do hino estava sendo realizada na concentração, no Calçadão da Gameleira, com as pessoas paradas. Sobre a apresentação do hino, este foi interpretado fantasticamente bem pelo cantor Gentil Quimel, que por muitos anos participou da Assembleia de Deus, e que por ela mesma foi expulso por ser homossexual - afirma Marino.
Para o presidente da Associação de Homossexuais do Acre, o que impera é o preconceito e a homofobia. No entendimento dele, como a foto foi tirada na Parada Gay, os “militantes fervorosos da discriminação, da homofobia, do racismo, do machismo e do fundamentalismo, se aproveitam para reafirmar os seus posicionamentos retrógrados e falsos moralistas”.
- No Carnaval, cenas como estas não são tão provocativas. Não é que a Parada Gay seja um carnaval fora de época, mas é a expressão da população em estar participando de um evento que vem somar com o gosto e a cultura popular. É quem disse que fazer sexo oral com preservativo não é uma política de estado oriunda do ministério da saúde? - indaga Marino.
O presidente da Associação dos Homossexuais do Acre disse que o governo estadual “gastou apenas” R$ 30 mil com a organização do evento.
Foto: Marcos Venícius

Governo eleva salário mínimo de 2012 para R$ 622,73



Governo eleva salário mínimo de 2012 para R$ 622,73Foto: Divulgação

MINISTRA DO PLANEJAMENTO, MIRIAM BELCHIOR, JÁ ENTREGOU AO CONGRESSO NACIONAL A PROPOSTA DE ORÇAMENTO; MUDANÇA OCORREU POR CONTA DA REVISÃO DO INPC DESTE ANO

Por Agência Estado
21 de Novembro de 2011 às 19:47Agência Estado
O Ministério do Planejamento enviou ao Congresso hoje o novo valor para o salário mínimo de 2012, elevando de R$ 619,21 para R$ 622,73. O ofício enviado pela ministra Miriam Belchior atualiza os parâmetros econômicos utilizados na elaboração da proposta orçamentária do próximo ano. A mudança ocorreu por conta da revisão do INPC deste ano, índice usado no reajuste do mínimo.
A previsão de INPC constante da proposta orçamentária enviada originalmente foi de 5,7%. Pela regra do reajuste, o número mais a taxa de 7,5% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, significou o valor de R$ 619,21 para o mínimo, o equivalente a um aumento de 13,6%. Com a atualização, a inflação subiu para 6,65% e o aumento foi para 14,26% para o mínimo atual de R$ 545.

“Yes, he cares”. Sim, ele se importa.....Com as empreiteiras



Parece irritado o governador Geraldo Alckmin com a decisão da juíza Simone Casoretti, que na sexta suspendeu contratos da linha 5 do metrô paulistano e afastou o presidente da empresa. O tucano classificou a ordem judicial de "absoluta irresponsabilidade" e prometeu dela recorrer ainda hoje.

Ricardo Feltrin, da Folha, soube em abril de 2010 os resultados da licitação da linha 5, que só seriam divulgados oficialmente seis meses depois. Documentou-os em vídeo e cartório e esperou. Em outubro, quando o governo abriu os envelopes, batata: lote por lote, estavam lá as empresas vencedoras conforme antecipado.

A concorrência, aberta na gestão José Serra, foi finalizada quando seu vice, Alberto Goldman, completava o mandato. Ficou para Alckmin, empossado em janeiro, a decisão de validar ou anular a licitação.

Começou um jogo bruto de construtoras a fim de intimidar o governo tucano e a reportagem  da Folha  Empreiteiras contrataram peritos para colocar em dúvida a publicação.

Incapazes de atestar qualquer trapaça, formularam argumentações laterais, como a de que existem meios técnicos de fraudar uma gravação em vídeo como aquela, de modo a simular que havia sido feita no passado.

Lançaram questionamentos genéricos e imprecisos para lembrar ao governo que, anulada a licitação, partiriam para cima na Justiça, cobrando indenizações fabulosas. A pressão deu certo, e Alckmin validou a concorrência. Evitou contencioso com empreiteiras, mas expôs-se a uma duríssima refrega, que apenas se inicia, com o Ministério Público.

Haveria, portanto, risco à sequência das obras fosse qual fosse a decisão do governador. A questão era definir a causa e o adversário.

Opção A: anular uma licitação sobre a qual pesa indício veemente de conluio e enfrentar as empreiteiras. Opção B: validar tudo e desafiar o interesse público. Alckmin escolheu seu lado.

"Yes, he cares." Sim, ele se importa. Texto de Vinicius Mota

A derrota da turma de direita na USP


Antônio David: Como pode defender uma proposta, perder, e dizer que ‘é golpe’, Malufinho?

por Antônio David
Não é de hoje que a turma da direita procura desesperadamente os holofotes e microfones da imprensa para se autoproclamar os representantes da “maioria”, os que vieram para salvar os estudantes contra a “esquerda radical” que, segundo eles, toma conta do movimento estudantil da USP.
No dia seguinte mesmo da ocupação da Administração da FFLCH, alguns estudantes de direita postaram-se em frente do prédio ocupado, procurando as câmaras de TV para fazer o discurso que já conhecemos: que este movimento estudantil é uma minoria, e que eles são os verdadeiros porta-vozes da “maioria”.
Esqueceram-se os colegas de dizer que na última eleição para o DCE da USP, eles, porta-vozes da “maioria”, tiveram apenas 5% dos votos, num universo de mais de 8 mil votos. Onde estava a “maioria”, que não votou neles? Que eu saiba, a “maioria” não tem porta-vozes oficiais e não deu procuração a ninguém pra que fale em nome dela.
Seu principal líder é Rodrigo Souza Neves, estudante de História até ano passado e agora estudante de Gestão de Políticas Públicas, amplamente conhecido como “Malufinho”. O motivo? A foto, no final desse artigo. Se falo dele, é porque ele é de fato o líder, articulador, porta-voz e figura pública do grupo. A crítica não é personalista; o grupo é que parece ser.
Há alguns dias, durante uma reunião do Conselho de Centros Acadêmicos em Ribeirão Preto, Malufinho gabava-se dizendo que sua chapa “ganharia fácil” a eleição do Centro Acadêmico. Eu estava lá, e ouvi ele dizer isso. Pois bem, a eleição já aconteceu, e a chapa do Malufinho perdeu de lavada. A chapa concorrente teve mais que o dobro de votos. Nem no seu próprio curso Malufinho é maioria.
Agora que estamos em greve, com mais de 50% do campus Butantã parado (vale lembrar, o maior campus da USP), Malufinho e sua turma estão esperneando, dizendo que o adiamento da eleição foi golpe. Malufinho só esqueceu de dizer que ele não apenas estava na assembleia que deliberou pelo adiamento da eleição, como defendeu a proposta de não adiar a eleição. Todos ouviram sua defesa, e ele teve o mesmo tempo dado aos outros para defender sua proposta. Como pode, uma pessoa defender uma proposta, perder, e depois sair dizendo “é golpe”? Se é golpe, o coerente não seria ter dito que aquela votação não poderia acontecer? Mas Malufinho e sua turma parecem não se preocupar com a coerência.
Aos que não estavam na assembleia, um dado curioso: a votação foi mais ou menos 3 mil contra 10. (Isso mesmo, votaram contra o adiamento da eleição só os membros da chapa da direita que estavam na assembléia, umas dez pessoas. Os demais 3 mil votaram pelo adiamento da eleição). Essa deve ter sido a votação mais folgada da história das assembleias dos estudantes da USP.
Atentado à democracia é haver uma eleição no meio de uma greve tão grande, com tanta adesão. Se a eleição ocorresse na data original, um imenso contingente de estudantes não teria condições de votar, dada a impossibilidade de organizar a eleição e de organizar as atividades de greve ao mesmo tempo. Precisa dizer? Uma criança de dez anos é capaz de entender isso. Além disso, não há absolutamente nada no Estatuto do DCE que impeça uma assembléia de mudar a data da eleição numa situação como a que estamos vivendo. Mas Malufinho e sua turma parecem ignorar isso tudo.
Agora eles evocam o Estatuto do DCE. Que ironia! Pois, não bastasse Malufinho interpretar o Estatuto de maneira equivocada, ele se esquece que, segundo o Estatuto, a diretoria do DCE deve seguir as deliberações aprovadas nas instâncias do DCE (Art. 7), a saber, o Congresso dos Estudantes da USP, as Assembleias e o Conselho de Centros Acadêmicos. Será que Malufinho e sua turma reconhecem essas instâncias? Como eles inscreveram uma chapa, pressupõe-se que sim. Será? É duvidoso, haja vista o tanto de ataques que eles fazem contra as deliberações dessas instâncias.
Há alguns dias, a imprensa divulgou uma pesquisa feita pelo Datafolha, que supostamente dá razão para Malufinho e sua turma. A chamada em um jornal de grande circulação foi: “Pesquisa indica que maioria dos alunos da USP é a favor da PM no campus”. No entanto, uma leitura mais atenta mostra que não é bem assim.
Segundo o Datafolha, 58% dos entrevistados são a favor da presença da PM no campus. É possível que entre os docentes o percentual seja o mesmo. Mas, se os trabalhadores do campus tivessem sido entrevistados, muito provavelmente este percentual seria muito mais baixo. Sobretudo se a entrevista tivesse contemplado os trabalhadores terceirizados, muitos dos quais moradores da favela São Remo, que fica ao lado da USP, e que são vítimas diariamente da truculência e dos abusos policiais.
Mesmo se desconsiderarmos essa falha grosseira na pesquisa – afinal, os trabalhadores também são usuários do campus e também necessitam de segurança tanto quanto os estudantes -, ainda assim o resultado é favorável para os críticos da presença da PM no campus. Afinal, com a campanha violenta e diária que a mídia está fazendo contra nós, marcada pelo esforço de estigmatizar nosso movimento e de fazer o elogio da presença da PM no campus, este percentual deveria ser de no mínimo 90%.
Não é à toa que Malufinho e sua turma não vibraram quando saiu o resultado da pesquisa. 58% representa uma derrota para a Reitoria e uma vitória para o nosso movimento. Pois o que os estudantes querem não é a PM no campus; mas sim, segurança. E se muitos ainda acreditam que segurança rima com PM, não é porque a PM traga segurança, mas sim porque nós somos todos os dias bombardeados com mau jornalismo, que, de forma tendenciosa e antiética, ataca nosso movimento e faz a apologia da Polícia Militar.
É sintomático, aliás, que essa mesma pesquisa tenha mostrado que 79% dos entrevistados têm medo de andar pelo campus à noite. Ora, como têm medo, se agora a PM faz rondas ostensivas no campus? Sintoma de que os reais problemas de segurança do campus não foram resolvidos. De fato, não o foram. E não serão, enquanto Rodas for Reitor e enquanto não houver uma estatuinte paritária na USP, que abra a estrutura de poder feudal dessa universidade.
Isso tudo pra dizer que a mídia não apenas manipula as informações; ela inverte a realidade. Defesa da democracia e atentado à democracia parecem na mídia ocupar o lugar um do outro. Há alguns dias, Alckmin afirmava que “os estudantes precisam de uma aula de democracia”. No entanto, a Assembleia Legislativa nunca investigou nenhuma denúncia de corrupção contra seu Governo. Vivemos na era do cinismo.
Não poderia deixar de encerrar este artigo sem compartilhar essa bela foto, de Malufinho prestando solidariedade a seu grande mestre, no Encontro Estadual do PP em 2009. O site de onde copiei a foto está AQUI.  (Aproveitem para guardar essa recordação (rs), antes que eles tirem do ar!)
O que dizer de Maluf? Não falarei das denúncias e dos processos que Paulo Maluf responde na Justiça. Todos já os conhecem. Lembrarei de algumas frases imemoriais, de sua autoria:
- Os EUA não têm AI-5; têm cadeira elétrica.
- Professora não é mal paga; é mal casada.
- O que fazer com um camarada que estuprou uma moça e matou? Tá bom, está com vontade sexual, estupra, mas não mata.
- O Collor é um bom rapaz, mas não aceitem atravessadores. Se quiserem um malufista, votem em mim.
- Nossa polícia é boa. O que atrapalha é essa política de direitos humanos para bandidos.
- Não se pode comprar deputados, porque eles saem por aí contando, e você se desmoraliza com o eleitorado.
- Vou pôr a ROTA na rua.
Com a palavra, Malufinho…
Antônio David é mestrando em filosofia na FFLCH/USP
PS do Viomundo: Malufinho é o jovem de camisa azul, terno e gravata, com a mão no ombro do original.

PM é suspeito de envolvimento na morte de Dudu de Jesus



Polícia investiga se uma discussão pode ter motivado o crime

Rio - Um policial militar já é considerado suspeito pela morte do músico Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu, ocorrido na madrugada do último sábado, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. O PM teria se envolvido em uma discussão na semana passada com os integrantes do grupo Samba Firme, do qual Dudu era vocalista, após um show realizado em Bangu, também na Zona Oeste.
Foto: Reprodução
Músico, filho de Carlinhos de Jesus, foi morto na saída de um bar em Realengo | Foto: Reprodução
O Disque-Denúncia divulgou que recebeu, até às 18h desta segunda-feira, oito denúncias sobre o assassinato do músico. A primeira denúncia chegou às 16h do dia do crime. Não foram divulgados os conteúdos das informações encaminhadas para o órgão.
Todas as denúncias estão sendo encaminhadas à Divisão de Homicídios(DH), responsável pelo caso. O telefone do Disque-Denúncia é o 2253-1177.
Imagens são 'irrelevantes'
As imagens de um depósito de gás e de um supermercado em frente ao local onde o filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus foi morto, divulgadas nesta segunda-feira, não esclarecem as circunstâncias do crime e são "irrelevantes" para o andamento das investigações. A informação é do delegado da DH, Felipe Ettore.
Ainda de acordo com Ettore, 20 agentes da DH estão nas ruas de Realengo, na Zona Oeste do Rio, tomando depoimentos de possíveis testemunhas. A polícia não divulga as informações coletadas até agora para não atrapalhar o procedimento investigativo. O delegado explicou que a família da vítima não será chamada para depor por enquanto.
Todos os integrantes do grupo da vítima, o Samba Firme, já foram ouvidos. Os agentes ainda procuram mais imagens que possam auxiliar na identificação dos suspeitos.
Comoção no sepultamento
O corpo de Dudu de Jesus foi sepultado na manhã deste domingo no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul. O músico e cantor, filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, de 58 anos, foi morto após um show de sua banda.
Foto: Felipe Assumpção / AgNews
Inconsolável, Carlinhos de Jesus se despede do filho assassinado | Foto: Felipe Assumpção / AgNews
Durante o cortejo, as cerca de 200 pessoas que estavam presentes cantaram diversos sambas, entre eles "O show tem que continuar", do Fundo de Quintal. O caixão de Dudu foi coberto com uma bandeira da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba do seu coração. O clima era de total comoção e também de indignação pelo assassinato do músico.
Carlinhos de Jesus acompanhou sepultamento abraçado com o neto Juan, de oito anos, filho de Dudu.  "Estou muito abalado, mas, gostaria de agradecer a presença de todos. Ele era muito querido, gostava de tocar, cantar, namorar. Tenho certeza que isso (o crime) vai ser apurado", disse Carlinhos de Jesus.
Assassinado por dois ocupantes de moto
A Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso, trabalha com a hipótese de execução, mas não descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte). Vocalista do grupo, ele se apresentava toda sexta-feira na choperia Boteko Carioca, na Rua Marechal Fontenelle. Policiais que estiveram no local do crime contaram que o músico foi surpreendido por dois ocupantes de uma moto, por volta das 4h. Um deles desceu do veículo e foi em direção à vítima, que guardava os instrumentos da banda, fez os disparos e fugiu.

Doadora da campanha de Paes ganha contrato de R$ 16 milhões sem licitação



Jornal do BrasilJorge Lourenço
empresa  Nielsen Engenharia, uma das principais doadoras da campanha eleitoral do prefeito Eduardo Paes (PMDB) em 2008, foi contratada pela Secretaria Municipal de Saúde para construção de um hospital na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro. No total, o contrato tem o valor de R$ 16,797 milhões. Fundamentada no artigo 4º da Lei das Licitações, a Prefeitura dispensou a licitação do contrato alegando que a obra é emergencial. 
Ligações perigosas
Em 2008, a Nielsen Engenharia doou R$ 300 mil para acampanha de Eduardo Paes. A doação da empresa corresponde a 12,5% do total de 2,4 milhões que o prefeito recebeu de empresas. Além da Nielsen, também contribuíram a Construtora OAS (R$ 350 mil) e a Multiplan Empreendimentos Imobiliários (R$ 300 mil). 
Passado polêmico
No mês passado, a prefeitura pagou R$ 20 milhões por um terreno da empresa Tibouchina Empreendimentos, cujos donos contribuíram com R$ 245 mil para a campanha eleitoral de Eduardo Paes. A compra foi cancelada após a divulgação da negociação na imprensa. 

Quem comprava cocaína do Nem ? Quem o Nem comprava ?


O nome dos compradores dele está no notebook

Domingo Espetacular exibiu neste domingo, na Rede Record, reportagem do produtor Ricardo Andreoni e deste ansioso blogueiro sobre as perguntas que a romaria de jornalistas da Globo à Rocinha não chegou a fazer:

- Quem comprava cocaína do Nem ? Quem sustentava o maior criminoso do Rio ?

- O Nem disse que metade de sua renda era para comprar policiais. Quem o Nem comprava ?

Sobre a primeira pergunta, a resposta é facil.

O notebook do Edu, o traficante que fazia o  delivery para o Nem, está na 14ª Delegacia do Rio, na Lagoa.

É só abrir o disco rígido.

Moleza.

Quem o Nem comprava ?

O ansioso blogueiro tem uma sugestão: perguntar ao delegado e aos dois investigadores da delegacia de Maricá, que fica a 60 km do Rio, e queriam levar o Nem, porque tinham negociado a rendição dele.

Talvez esses três notáveis agentes da Lei saibam quem o Nem comprava.

Quem comprava do Nem ? -  todo mundo na Rocinha sabe quem é.

Artistas, empresários, jogadores de futebol.

O Ricardo Andreoni não subiu de mototaxi, mas passou uma noite na Rocinha, a tomar cerveja com uns vizinhos do Nem.

Não conseguiu ninguém que falasse para a câmera.

Mas, soube que três jogadores da seleção do Ricardo Teixeira e do Brasileirinho da Globo passavam por lá.

Um deles, cauteloso, só subia depois de seu segurança assegurar que estava “tudo limpo”.

Esse  segurança do super-craque impunha tanto respeito no morro que os traficantes tratam ele de “cocô mole”.

E sobre os artistas ?

Quem comprava cocaína do Nem ?

Mole.

Este ansioso blogueiro entrevistou um simpático morador da Rocinha que coleciona autógrafos de artistas.

É só dar uma olhada na coleção dele.

Ou ficar ali, na moita.

Não precisa nem subir o morro.

Outro morador disse ao ansioso blogueiro que os que sustentavam o negócio do Nem compravam ali embaixo, mesmo, na saída do túnel.

Nem subiam.

E, claro, já tem outro no lugar do Nem.

E os que compravam do Nem comprarão do sucessor do Nem.

Business as usual.

A Globo, segundo o Mauricio Dias, na Carta Capital, quer fazer do Beltrame um novo Gabeira.

A Globo quer usar o Beltrame para emparedar o PT e a Dilma no Rio.

Isso talvez explique a nova paixão da Globo: o Beltrame.

Longe vai o tempo em que a elite do Rio chamava o Beltrame de “carniceiro” e marchava de branco na praia do Leblon para avisar que era da Paz.

A reportagem do ansioso blogueiro disse assim: a retomada da Rocinha foi uma vitória e pode ser uma derrota.

Este ansioso blogueiro desconfia que a gente vai saber quem comprava cocaína do Nem e que policiais o Nem comprava quando o Cerra se eleger Presidente.

Em tempo: liga o Vasco Moscoso de Aragão, capitão de longo curso, a poucas milhas de distância da mancha da Chevron do Cerra:

- Sabe de outro caderninho que sumiu ?

- Não, Vasco, que caderninho que sumiu ?

- O daquele velhinho que distribuía cocaína e que afundou no buraco do metrô do Cerra …

- Que buraco, o do presidente do metrô do Cerra, Vasco ?

- Não, meu filho. Naquela cratera ali ao lado do prédio da Abril. Lembra ?

- Sim ! Lembro do buraco do metrô do Cerra.

- Pois é, o caderninho sumiu.

- É verdade. E se jogarem o notebook do Edu no buraco do metrô do Cerra ?, pergunto.

Pano rápído.


Paulo Henrique Amorim