quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Troca de impressões com um amigo, sobre o livro negro do cristianismo.‏

Encontrei o livro, salvo engano, no sitio da Folha de São Paulo exposto à venda. Como sei que na busca do google invariavelmente encontramos o link para o download gratuitamente, fiz a busca e achei o link que lhe enviei. Nada de intencional no que diz respeito a hospedagem está num sitio satanista, pornográfico e ateísta. Coincidência que sequer parei para avaliar. Geralmente é um procedimento rotineiro que adoto, o de sempre baixar no primeiro site que a informação de meu interesse esteja disponível. Somente quando o link está corrompido ou quando o servidor não é o megaupload, do qual sou assinante, é que procuro outro.



Permanece, porém, o fato de que em aceitando os termos de seus arrazoados, significa, trocando em miúdos, que embora não fosse o desejo de Deus que a mensagem de Cristo se tornasse mundialmente conhecida pela espada, considerando os primórdios do cristianismo, apartir de quando tornou-se religião de Estado, servindo depois como poderoso instrumento de conquista e de dizimação de inúmeras civilizações, a relação custo benefício, por fim pendeu mais para benefício do que para custo.



Aí temos um Deus pragmático. Se milhões morreram durante o processo de expansão do cristianismo, centenas de milhares tiveram suas vidas salvas em nome do bem maior. Baixas aceitáveis se vislumbrássemos, sob este ponto de vista, de que no futuro o cristianismo seria assentado em outras bases em que a conversão se daria pelo convencimento, associado a ação do Espírito Santo de Deus, atuando fortemente no coração das pessoas, tal como aconteceu durante o ministério dos apóstolos, assim também como acontece hoje.



Por este raciocínio, isentamos a Deus da responsabilidade que porventura possamos atribuir-lhe. A validade dos argumentos acima se efetiva na percepção da capacidade de Deus de erguer da morte aqueles que por questão de justiça não tiveram a opção da escolha. É plenamente factível que assim seja. Não me nego o direito de crer, o difícil é convencer a outros que a impassibilidade de Deus tenha permitido que o cristianismo se disseminasse por vias tão oblíquas. Sei que não devo ter esta pretensão. É o trabalho de Deus ainda a completar-se.



O crer sempre leva a aceitar e quase nunca a contestar. Sempre estou me dando a chance da aceitação, ainda que vociferando. De uma coisa tenho certeza: se não tivesse passado pela experiência do despertar espiritual em Cristo, mesmo estando afastado, por conflitos interiores que se apresentam com a falsa aparência de que são insuperáveis, dificilmente teria o cristianismo ou outra religião formal como modo de vida a ser alcançado. Hoje não estaria propenso a aceitar a salvação divina proposta no evangelho. E não estaria pela simples razão de que tudo que conheço, vejo e aprendo caminha em direção contrária. A salvação é como encontrar uma agulha no palheiro, talvez por isso Jesus a tenha comparado a uma porta estreita.



A chama da esperança não enfeneceu de todo dentro de mim. A confiança de uma conversão genuína permanece viva e não desistirei enquanto o último suspíro me restar. Em nenhuma circustância desacreditaria da existência de Deus, nem que fosse o mais sábio de todos os homens. As palavras de Paulo em romanos constituem argumentos inescusáveis da existência de Deus. O universo e tudo que nele há, incluindo a maior de todas as criações, o ser humano, não poderia existir sem a intervenção de um criador amoroso e provedor. O cristianismo, sim, este cristianismo, mergulhado em tantas contradições, me fez desacreditar por vezes que tivesse alguma coisa a ver com o Deus que o universo revela. São idas e vindas que me mantém na busca do reecontro com Cristo Jesus.



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