Foto: DIVULGAÇÃO
Estratégia implantada pelo presidente Marcial Portela, de gerar lucro a qualquer custo para socorrer as operações na Espanha, já causa problemas entre os funcionários e pode também provocar crise com a Receita Federal
247 – Dias atrás, quando se anunciou a saída de Fabio Barbosa da presidência do conselho de Administração do Santander, Brasil 247 foi o único jornal brasileiro a noticiar os bastidores da queda (leia mais). Barbosa saiu por discordar dos métodos implantados pelos espanhois, especialmente pelo novo CEO Marcial Portela, de visar apenas os resultados de curtíssimo prazo – o Brasil já gera mais de 25% dos resultados globais do Santander, que vive uma crise na Espanha e pode ser rebaixado pelas agências de rating.
Desde então, temos sido procurados por funcionários, que, sob a condição do anonimato fazem relatos alarmantes.
Um deles: “Na minha agência, um dos gerentes foi internado em clínica psiquiátrica. Outro acaba de voltar de licença para tratamento psiquiátrico. Outra gerente foi demitida por justa causa por erros banais provocados pela pressão por resultados. Os espanhois estão espremendo a equipe e os espanhois até o bagaço para aumentar a remessa de lucros”.
Outro depoimento: “O clima no banco é o pior possível, até os funcionários oriundos do Santander estão sentindo o clima ruim (...) Temos vários funcionários chorando e/ou tomando remédio tarja preta. (...) Um prova de que busca o lucro a qualquer custo foi a absurda idéia do banco acabar com as centrais de serviços, obrigando os caixas das agências processarem milhões de envelopes depois que o expediente se encerra, fazendo com que funcionários que por lei deveriam trabalhar 6 horas trabalhem 8, 9 até 10 horas. Tem caixa saindo da agência 8, 9 horas da noite. Alguns são obrigados a trabalhar com ponto batido para não fazer hora-extra. Conclusão: doença incapacitante a médio prazo, clara violação de direitos trabalhistas. Engana-se o BC, a sociedade, consumidores que acham que a venda casada acabou, pelo contário, muito das metas só são batidas com a imposição de venda casada. É um empréstimo e um seguro ou título de capitalização no meio, e quando não havia assinatura, utiliza-se da prática do "chico xavier", onde funcionários tinham que fazer com exatidão a assinatura do cliente.”
Problemas também com a Receita
Não bastasse a pressão exercida sobre os funcionários, o banco também pode vir a ter sérios problemas com a Receita Federal. Até hoje, não conseguiu eliminar uma multa de R$ 4 bilhões, decorrente da contabilização da compra do Banespa. E novos problemas podem surgir. Reportagem de capa da Folha de S. Paulo desta segunda-feira aponta que os bancos estão inflando os dados de inadimplência para reduzir seu lucro tributável.
No dia 27 de julho deste ano, o Santander apresentou um balanço que apavorou os investidores – as ações caíram 6% - justamente por ter apontado uma alta recorde nos dados de inadimplência. Terá sido um dado real ou apenas utilizado para reduzir o pagamento de impostos? Naquela ocasião, Portela sugeriu que investidores impacientes deveriam procurar outra ação para aportar seus recursos.
Desde então, temos sido procurados por funcionários, que, sob a condição do anonimato fazem relatos alarmantes.
Um deles: “Na minha agência, um dos gerentes foi internado em clínica psiquiátrica. Outro acaba de voltar de licença para tratamento psiquiátrico. Outra gerente foi demitida por justa causa por erros banais provocados pela pressão por resultados. Os espanhois estão espremendo a equipe e os espanhois até o bagaço para aumentar a remessa de lucros”.
Outro depoimento: “O clima no banco é o pior possível, até os funcionários oriundos do Santander estão sentindo o clima ruim (...) Temos vários funcionários chorando e/ou tomando remédio tarja preta. (...) Um prova de que busca o lucro a qualquer custo foi a absurda idéia do banco acabar com as centrais de serviços, obrigando os caixas das agências processarem milhões de envelopes depois que o expediente se encerra, fazendo com que funcionários que por lei deveriam trabalhar 6 horas trabalhem 8, 9 até 10 horas. Tem caixa saindo da agência 8, 9 horas da noite. Alguns são obrigados a trabalhar com ponto batido para não fazer hora-extra. Conclusão: doença incapacitante a médio prazo, clara violação de direitos trabalhistas. Engana-se o BC, a sociedade, consumidores que acham que a venda casada acabou, pelo contário, muito das metas só são batidas com a imposição de venda casada. É um empréstimo e um seguro ou título de capitalização no meio, e quando não havia assinatura, utiliza-se da prática do "chico xavier", onde funcionários tinham que fazer com exatidão a assinatura do cliente.”
Problemas também com a Receita
Não bastasse a pressão exercida sobre os funcionários, o banco também pode vir a ter sérios problemas com a Receita Federal. Até hoje, não conseguiu eliminar uma multa de R$ 4 bilhões, decorrente da contabilização da compra do Banespa. E novos problemas podem surgir. Reportagem de capa da Folha de S. Paulo desta segunda-feira aponta que os bancos estão inflando os dados de inadimplência para reduzir seu lucro tributável.
No dia 27 de julho deste ano, o Santander apresentou um balanço que apavorou os investidores – as ações caíram 6% - justamente por ter apontado uma alta recorde nos dados de inadimplência. Terá sido um dado real ou apenas utilizado para reduzir o pagamento de impostos? Naquela ocasião, Portela sugeriu que investidores impacientes deveriam procurar outra ação para aportar seus recursos.
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