sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Vaccarezza alfineta Jucá sobre CPI no Senado

 

Vaccarezza alfineta Jucá sobre CPI no SenadoFoto: AGÊNCIA BRASIL

EM MAIS UM CAPÍTULO DOS DESENTENDIMENTOS PT X PMDB, LÍDER DO GOVERNO NA CÂMARA DÁ RECADO A LIDER DO GOVERNO NO SENADO: ACHOU “MUITO ESTRANHO” SENADO TER “COMIDO MOSCA” COM CPI

11 de Agosto de 2011 às 20:16
Evam Sena_247, Brasília – Enquanto a oposição espera contar com a insatisfação de deputados da base aliada para criar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Corrupção, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), manda recado para o líder do governo no Senado, Romero Jucá, sem citar o nome do peemedebista. 
No final de julho, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), conseguiu, com o apoio de senadores da base, as 27 assinaturas necessárias para a criação da CPI dos Transportes. O Palácio do Planalto teve que intervir e fazer promessas a senadores da base, como João Durval (PDT-BA), Reditário Cassol (PP-RO) e Clésio Andrade (PR-MG), que retiraram suas assinaturas. O pedido de abertura da comissão de inquérito foi arquivado. 
“Acho que pessoas experientes como eles não comeriam mosca. Achei muito estranho”, disse Vaccarezza. O líder negou que o mesmo acontecerá na Câmara e que a oposição já tenha conquistado deputados da base. 
A insatisfação com a liderança de Jucá também é manifestada por senadores petistas. Afirmam que ele negocia muito com a oposição, como se o governo não tivesse maioria na Casa. Reclamam também do longo tempo em que ele ocupa o posto, atravessando os governos FHC, Lula e Dilma.
Antes de ser nomeada ministra-chefe da Casa Civil, a então senadora Gleisi Hoffmann, criticou publicamente Jucá durante votação conturbada de medidas provisórias no plenário. “Essa Casa ainda pensa com a cabeça da legislatura passada, quando o governo precisava negociar”, disse a hoje ministra.
Por outro lado, integrantes da cúpula do PMDB defendem dar “um susto” em Dilma, segundo informou hoje o site Congresso em Foco. Segundo relatos de presentes em reunião na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), na última terça-feira, parte do partido que mostrar a sua força e importância para governabilidade. 
Duas estratégias foram propostas, a mais dura, apoiar a criação da CPI. Essa sugestão é apoiada pelo líder do partido no Senado, Renan Calheiro (AL), segundo o site. A alternativa mais branda é permitir a aprovação de projetos prejudiciais ao governo, como a regulamentação da emenda 29, que aumenta repasses para a saúde, e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 300, que estabelece um piso nacional para policiais e bombeiros. Ambas aumentam os gastos públicos.
Ainda segundo o Congresso e Foco, Sarney e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), teriam lembrado o desgaste político que pode provocar uma CPI.

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