Foto: REUTERS
Mustafa Abdul-Jalil, líder dos rebeldes, desembarca em Tripoli para tomar posse de um governo reconhecido pelo mundo inteiro, menos pelo Brasil. Alguém precisa avisar o Itamaraty que Muamar Kadafi perdeu a guerra e já é passado
Na chegada de Abdul-Jalil, um enorme tapete vermelho foi desenrolado e centenas de aviadores e autoridades em ternos correram para próximo do avião à medida que ele descia a escada. Alguns acenaram com sinais de vitória ou gritaram "Deus é grande". Uma multidão se apoderou do ex-rebelde à medida que ele tentava ir para o prédio da força aérea. Sua vinda para Trípoli significa que os ex-rebeldes estão prontos para estabelecer seu governo na capital. Até agora, a maioria dos líderes de movimentos anti-Kadafi ficaram localizados na cidade de Benghazi.
O Brasil é um dos poucos países que ainda não reconhecem o governo de transição, liderado pelos rebeldes. A decisão vem sendo adiada pelo chanceler Antônio Patriota por várias razões. Primeiro, porque Muamar Kadafi era amigo pessoal do presidente Lula. Segundo, porque há interesses bilionários em jogo. A Odebrecht, por exemplo, executava contratos de U$S 1,4 bilhão na Líbia. Outras empreiteiras, como Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, também possuíam contratos importantes obtidos na era Kadafi. É possível que, agora, os prejuízos acabem sendo assumidos pela União (leia mais).
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