Morreu na manhã deste sábado (17) o ator e diretor Sergio Britto, aos 88 anos. Ele estava internado desde novembro no Hospital Copa D'or, no Rio, por conta de problemas cardiorrespiratórios. O velório ocorrerá à tarde na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), no centro.
Veja imagens da carreira do ator Sergio Britto
Leia e assista entrevista de Sergio Britto para a Folha em 2010
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Em agosto, ele já havia sido internado no mesmo hospital, ao apresentar um quadro de bronquite e infecção respiratória.
Luciana Whitaker - 26.abr.95/Folhapress |
O ator e diretor entre fitas de vídeo da sua videoteca |
À Folha, porém, Britto disse que só começou a se considerar ator em 1953, com as estripulias de "Uma Mulher e Três Palhaços".
Em 1959, foi fundador, em São Paulo, do Teatro dos Sete, em parceria com Gianni Ratto, Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Ítalo Rossi. Duas décadas depois, fundaria, no Rio, o Teatro dos Quatro, sala que funciona até hoje. Foi também diretor do Centro Cultural do Banco do Brasil.
Na televisão, ele foi o diretor de "Ilusões Perdidas", primeira novela da TV Globo, em 1965.
A mudança na carreira aconteceu quando ele deixou os papéis de galã, adequados ao seu então perfil atlético, e passou a fazer espetáculos difíceis como "Fim de Jogo" (1970), "Tango" (1972), "Autos Sacramentales" (1974) e "Quatro Vezes Beckett" (1985).
Britto relatou sua tentativa de suicídio, quando cortou os pulsos, aos 22 anos. Segundo ele, era uma tentativa de se libertar, livrar-se da medicina que estudou para agradar os pais --cursou até o sexto ano, na Faculdade da Praia Vermelha, e formou-se em 1948.
Cinemaníaco compulsivo, tinha uma coleção com milhares de fitas de vídeo, a maioria filmes de todas as épocas. As demais eram gravações de ópera, outra de suas paixões.
Em 2010, lançou a autobiografia "O Teatro e Eu" (Tinta Negra), em que fala dos grandes amigos, como Fernanda Montenegro, e dos colegas com quem se desentendeu, casos de Beatriz Segall, Laura Carneiro, Osmar Prado e outros.
Neste ano, o ator contracenou com Suely Franco na peça "Recordar é Viver", dirigida por Eduardo Tolentino, em texto de Hélio Sussekind.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1022829-morre-aos-88-anos-o-ator-e-diretor-sergio-britto.shtml
Filipe Redondo - 15.fev.09/Folhapress |
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