segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A “noite dos cristais” na Cracolândia da Chuíça (*)



Foto de Felix Lima mostra policial ao atirar bala de borracha contra cem usuários de crack
Saiu na primeira página da Folha (**):

PM dispersa usuários de crack com bombas e tiros


Policiais e seguranças passam a noite tentando liberar ruas da cracolândia. Polícia Militar afirma que balas de borracha foram disparadas para liberar a circulação nas ruas do centro de SP


AFONSO BENITES

FELIX LIMA

DE SÃO PAULO


O primeiro fim de semana de ocupação da PM na cracolândia foi marcado por correria, bombas de efeito moral e tiros de balas de borracha entre a noite de sábado e a madrugada de ontem.


A movimentação dos usuários de crack foi intensa desde as 22h de sábado na região do Bom Retiro, localizado no centro de São Paulo.

Era um esconde-esconde.


De um lado, os viciados caminhavam frequentemente de uma rua para outra procurando os traficantes. De outro, PMs, guardas-civis e seguranças de prédios iam em busca dos usuários de crack para evitar aglomerações.


Por volta das 23h45 de anteontem, cerca de cem usuários e traficantes se concentraram na rua dos Gusmões, entre as ruas Guaianases e Conselheiro Nébias.


Foi o sinal para que dois policiais militares saíssem de um carro da corporação e disparassem bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a turba.


A ação, que durou menos de três minutos, foi presenciada pela Folha. Não houve confronto. Após os tiros, usuários de drogas se espalharam por toda a região.


Cerca de 20 minutos mais tarde, o bairro estava cheio de carros da PM e da Guarda Civil Metropolitana.


Até as 2h de ontem, ao menos outras três bombas de efeito moral foram atiradas no quadrilátero das avenidas Duque de Caxias e Rio Branco, da alameda Barão de Limeira e da rua dos Timbiras.



Apesar da ação da PM, ontem à tarde, usuários de drogas estavam nas ruas de novo. Na rua Guaianases, dez deles fumavam crack sem ser incomodados. Por volta das 14h, um carro da polícia passou e o grupo dispersou.

Navalha
O que faz a Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário ?
Foi a pergunta que se fez, aqui, o Wálter Maierovitch.
São Paulo já se separou da Federação e tem uma política de Direitos Humanos própria ?
Uma Constituição própria, redigida por Alfredo Buzaid ?
Se fosse num estado do Nordeste, no Rio, em que a Polícia tratasse doentes como se fossem ciganos, aleijados e homossexuais do III Reich – o que faria a Ministra ?
Ou São Paulo ganhou a Guerra da Secessão em 1932 ?




Paulo Henrique Amorim

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