quarta-feira, 11 de abril de 2012

Lula quer CPI para se vingar de Marconi



Lula quer CPI para se vingar de MarconiFoto: Divulgação

INVESTIGAÇÃO FOI ABERTA POR PRESSÃO DE DILMA, A PEDIDO DO EX-PRESIDENTE. A SEDE DE VINGANÇA DE LULA PELO CASO DO MENSALÃO É MAIOR DO QUE SEU TEMOR DE QUE O ESCÂNDALO DE CACHOEIRA POSSA RESPINGAR AINDA MAIS EM INTEGRANTES DO PT; “A PRINCÍPIO, LULA É A FAVOR DE QUE HAJA CPI", DISSE PAULO OKAMOTO, DIRIGENTE DO INSTITUTO LULA

11 de Abril de 2012 às 07:11
247 – A pedido de Lula, a presidente Dilma Rousseff deu o ultimato necessário ao Senado e à Câmara para que a CPI do Cachoeira saísse do papel. A investigação dos esquemas do empresário dos jogos ilegais vai permitir ao ex-presidente se vingar de antigos desafetos. O principal alvo é o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que já teve seu nome envolvido na teia do bicheiro, segundo os grampos da Polícia Federal na Operação Monte Carlo.
A sede de vingança de Lula é maior do que o temor de que o escândalo de Goiás possa respingar ainda mais em integrantes do PT. Nesta terça-feira, o chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, do DF, se afastou do cargo para se defender das acusações de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Como lembrou Fernando Rodrigues na Folha de hoje, o clima de "vendetta" ainda existe por causa do tratamento que os petistas e seus aliados mensaleiros consideraram injusto no processo do mensalão -o mais grave caso de corrupção durante o governo Lula e que destruiu a carreira de vários políticos.
Ainda na Folha, Paulo Okamoto, dirigente do Instituto Lula, revelou o estado de espírito do presidente sobre o caso: “A princípio, Lula é a favor de que haja CPI. O que ouvi ele dizer é que está com os poucos cabelos que tem em pé com tudo que há sobre o caso. Se for verdade o que a imprensa está dizendo, Marconi entregou o Estado para Cachoeira”.
Em seu primeiro mandato, em 2000, Perillo regulamentou uma lei estadual que autorizava a exploração de loteria instantânea. A grande beneficiária do decreto era a Gerplan. Figura no inquérito da Operação Monte Carlo como uma antiga empresa de propriedade de Carlinhos Cachoeira, recolhido desde 29 de fevereiro ao presídio federal de Mossoró (RN).
Ao Estadão, Perillo também reconheceu que concedera duas audiências ao contraventor, ambas para tratar de benefícios fiscais para a fábrica dele de medicamentos genéricos, a Vitapan. Além das audiências, o governador admitiu encontros com Cachoeira em ocasiões festivas.

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