segunda-feira, 7 de maio de 2012

Como diz Agamenon, Cabral criou uma nova UPP, Unidade de Propina em Paris





Na última semana o Blog do Garotinho fez sérias revelações que abalaram a política no estado do Rio de Janeiro e no Brasil. Tudo comprovado com vídeos e fotos, além de documentos. Ao invés de explicar os fatos, o governador Cabral tentou a velha estratégia de tentar desqualificar o denunciante e foi além, plantando notas ameaçadoras contra em mim em vários jornais. Quero informar aos leitores que a última denúncia é mais grave que a primeira das farras de Cabral com Cavendish na Europa acompanhado da “Gangue dos Guardanapos”. Trata-se da comprovação de que o governador Sérgio Cabral mantém sociedade na firma SCF (Sérgio Cabral Filho) com Carlos Emanuel, vulgo Avestruz, acusado pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, de receber propinas da Camargo Corrêa, de 5% de R$ 40 milhões que a empreiteira recebeu do governo do Estado.

O fato de que a investigação estar parada, por decisão do STJ não é relevante. O Superior Tribunal de Justiça não disse que as provas obtidas pela Polícia Federal são falsas. Apenas afirmou que foram obtidas a partir de uma denúncia anônima. Ora, quem faz uma denúncia anônima muitas vezes quer se proteger de retaliações. Cabral tentou negar a sociedade, mas está comprovada como mostrei aqui no blog.

Nos últimos cinco anos o nosso blog foi quase uma voz solitária mostrando a quadrilha instalada no governo do Estado sob o comando de Cabral.

Nós revelamos os contratos bilionários firmados entre o governo do Estado e o grupo Facility, do empresário Arthur César Soares Filho, o Rei Arthur, em valores até superiores às mutretas de Cabral e Cavendish. Nós mostramos o superfaturamento nas UPAs para favorecer outro empresário, Ronald de Carvalho, amigo do vice-governador Pezão e dono da Metalúrgica Barra do Piraí. Denunciamos também a vergonhosa situação da educação no estado que virou um balcão de negócios. Lembram-se quando mostramos a ligação do principal fornecedor da área de informática da secretaria estadual de Educação, ligado ao Mensalão do Arruda e sócio do fazendeiro Jorge Picciani? Um escândalo, mas nada foi feito. Vocês devem recordar o escândalo do superfaturamento do aluguel dos carros da frota da Polícia Militar. Outra vergonha com o dinheiro público.

E a farra de incentivos fiscais, onde até termas em que se pratica prostituição, além do cabeleireiro particular da primeira-dama foram beneficiados?

Cabral é um irresponsável, desonesto, um gângster da política, que montou uma rede com tentáculos nos outros poderes do estado para praticar o patrimonialismo, ou seja transferir o patrimônio público para si, e claro, para alguns amigos mais próximos.

Se pensam que já viram tudo, pode aguardar que vem muito mais. O Palácio Guanabara de transformou na cova dos ladrões, e não vamos recuar da nossa postura de mostrar ao povo brasileiro a conduta desses maus homens públicos. Eu não sei quem disse a frase, mas tinha toda a razão. Durante cinco anos mostramos documentos, uma fartura enorme de provas, mas uma imagem valeu mais do que todas as palavras e documentos. Vocês conhecem a frase “uma imagem vale mais que mil palavras”. Cabral sentado no restaurante mais caro do mundo, acompanhado pelo empreiteiro investigado pela CPI do Cachoeira; ou dançando na boquinha da garrafa com seu secretário Wilson Carlos; ou ainda, a “Gangue dos Guardanapos”, onde secretários e o empreiteiro se misturavam, bêbados, dançando e debochando do povo. Essas imagens foram fundamentais para que todos os veículos de comunicação do Brasil descobrissem o Cabral que eu descobri logo após a eleição, um farsante, deslumbrado pelo dinheiro, apaixonado pela futilidades, um homem sem nenhum princípio que para satisfazer seu ego é capaz de bajular, mentir, e agir da forma mais leviana e baixa.


Em tempo: Ainda hoje no blog mais revelações sobre Cabral e a sua turma. Aguardem. Mas recomendo a leitura da divertidíssima coluna do Agamenon, publicada no domingo no Globo, sobre as farras de Cabral e a “gangue dos guardanapos”.


Reprodução do Globo
Reprodução do Globo

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