terça-feira, 29 de maio de 2012

Gilmar rompe amizade com Jobim



Gilmar rompe amizade com JobimFoto: Folhapress

SEGUNDO MÔNICA BERGAMO, A RELAÇÃO AZEDOU DEPOIS QUE O MINISTRO DO STF FOI INFORMADO DE QUE AS ACUSAÇÕES CONTRA ELE POR TER SE ENCONTRADO COM DEMÓSTENES TORRES EM BERLIM TERIAM PARTIDO DE LULA

29 de Maio de 2012 às 07:34
247 – Uma amizade que estava prestes a ser selada por um livro se transformou em ira pública. O ministro do STF Gilmar Mendes rompeu sua relação com o ex-ministro Nelson Jobim. O motivo principal, segundo Mônica Bergamo, seria o ex-presidente Lula. Gilmar está convencido de que as acusações contra ele por ter se encontrado com Demóstenes Torres em Berlim teriam partido do ex-presidente. Além disso, se diz constantemente perseguido pelo PT.
Leia os trechos da coluna de Mônica Bergamo:
TÃO PERTO TÃO LONGE
Nunca antes a relação entre Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), e o ex-ministro Nelson Jobim, amigos de longa data, esteve tão abalada. Ambos trocaram mensagens duras por e-mail no fim de semana. E, a interlocutores, têm feito considerações nada abonadoras um sobre o outro.
NA ESTANTE
Jobim se dedicou no sábado e no domingo a desacreditar o depoimento de Gilmar Mendes em relação ao que este entende ter sido uma tentativa do ex-presidente Lula de pressioná-lo no julgamento do mensalão. Mendes mantém tudo o que disse e ainda acrescenta detalhes. Ele e Jobim estavam escrevendo um livro juntos -agora sem data de publicação.
A FONTE
A raiva de Gilmar Mendes em relação a Lula cresceu do dia do encontro, há um mês, à sua revelação, no sábado, na revista "Veja". No meio do caminho, o ministro ouviu de jornalistas que todo o tiroteio contra ele por ter se encontrado há tempos (antes do escândalo Cachoeira) com Demóstenes Torres em Berlim partiria de Lula. Foi aí que o caldo entornou.
LINHA DE TIRO
A mágoa aumentou porque Mendes considera que nunca perseguiu o PT no STF, mas se sente alvo permanente da sigla. Ele votou, por exemplo, pela absolvição de Antonio Palocci no caso da quebra de sigilo do caseiro, de Aloizio Mercadante no caso dos aloprados e de Luiz Gushiken no mensalão.
FRÁGIL
No dia em que Lula visitou o escritório de Jobim, ele levou um tombo na entrada. O ex-presidente já havia caído dias antes em sua própria casa. O tratamento com quimioterapia pelo qual passou para combater o câncer de laringe enfraqueceu a musculatura de uma de suas pernas, agora em recuperação.
SOBROU
Os réus do mensalão ficaram perplexos e furiosos com o que consideram descuido de Lula em seus diálogos com Jobim e Gilmar. Acham que o ex-presidente, na ânsia de ajudar, acabou conturbando o clima de vez.

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