segunda-feira, 25 de junho de 2012

Agora é o presidente do STF que faz pressão sobre revisor do "mensalão"


O STF dos dias atuais é uma caricatura de um tribunal. Seus ministros não estão preocupados em realizar um julgamento justo para aqueles que já foram condenados com antecedência pela imprensa, no chamado processo do "mensalão", escaramuça golpista inventada para derrubar o presidente Lula do cargo ao qual o povo brasileiro o elegeu ainda no ano de 2002.

Curiosamente a maioria dos ministros que ocupa o posto máximo da justiça brasileira foi indicada pelo ex-presidente Lula. Não que este detalhe por si só ou acompanhado implique em que os juízes do STF fossem cair na tentação de ceder a favores recebidos de um ex-chefe de Estado, o maior de todos estarem na corte de justiça mais importante do país. O usufruto da posição de juízes serve-lhes para com o saber de que possui interpretem a constituição e faça dos seus julgados, justiça, não importa quem seja o réu.

Não estariam cumprindo com sua missão se cedessem a pressões; ao açodamento de alguns que na imprensa dão como certa a condenação dos réus, embora os autos do processo demonstrem o contrário, seja cristalinamente claro no tocante a revelar que o "mensalão" da forma como foi denunciado, uma mesada mensal e regular para deputados votarem em projetos do governo nunca existiu e não há provas que corroborem com a denúncia apresentada no STF.

Contudo, neste julgamento que se avizinha e que a mídia joga todas suas fichas, tudo indica que não haverá outro resultado possível além de uma previsível condenação.

Quando não é a imprensa a fazer pressões sobre os ministros do STF, especialmente em cima do ministro revisor, Ricardo Lewandovisk, é o próprio presidente do tribunal que vai aposentar-se, ele e o ministro Cesar Peluzzo que com os votos de Gilmar Mendes,  e Joaquim Barbosa, uma maioria bem próxima a que condenará os réus se forma para um julgamento eivado de vicios que não dignifica o STF.

O presidente do STF  num gesto inédito pressionou o ministro revisor cujo relatório encontra-se sob sua responsabilidade para um parecer definitivo e fez a informação chegar a imprensa. O decoro do cargo, a parcimônia, a cautela no pronunciar-se, o comedimento, qualidades essenciais a um juíz, passa ao largo dos ministros midiáticos do STF que estão mais preocupados em aparecer para a plateiazinha que está a bancar o espetáculo, do que com o que poderá acontecer a vida daqueles que serão julgados.

Brito enviou um oficio cobrando do revisor que apresse-se com seu relatório, fato nunca antes presenciado no STF. Uma quebra de toda liturgia dos ritos processuais daquela corte. Eu é que não gostaria de está sob o crivo de juízes tão apressadinhos em mostrar serviço à turba, em ser  jogado como isca para ser devorada pelos tubarões.

Apenas a vaidade de aparecer para os holofotes faz o presidente do STF tomar medidas tão descabidas e despropositadas. Ele decidiu que deverá entrar para história do Supremo como o presidente que colocou em pauta e julgou o mensalão.

Ao que parece seu voto é pela condenação dos réus. Senão toda esta pantomima seria execrada pela imprensa. Aí seu esforço iria por água abaixo. Se ele não votar pela condenação a imprensa não hesitará em fazer picadinho da imagem dele, o que demonstra que o agir em direção concordante com o que a imprensa publica, sobre o tema, só prova sua falta de isenção.


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