sábado, 26 de junho de 2010

Protógenes Nega Vazamento Na Satiagraha

Matéria do Novo Jornal.
http://www.novojornal.com/politica/noticia/protogenes-nega-vazamentos-na-satiagraha-17-06-2010.html




Esta foi a explicação dada pelo próprio delegado, hoje afastado da PF, em depoimento ao juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que o investiga pelo vazamento de informações sigilosas.



Protógenes é alvo de Ação Penal em que é acusado de ter vazado para a imprensa informações reservadas da Operação Satiagraha, na qual ele próprio investigava supostos crimes financeiros e de corrupção do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity.



Em seu depoimento, prestado na sexta-feira (11/6), Protógenes fez questão de enaltecer sua boa atuação na Polícia Federal e das dificuldades que lhe foram criadas por seus superiores na época da Satiagraha, como o diretor de Inteligência Daniel Lorenz e o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa.



Bom mesmo, segundo ele, era o antecessor de Correa, Paulo Lacerda.



Protógenes contou em juízo que chamou agentes da Abin para atuar na Satiagraha depois que descobriu que Daniel Dantas dispunha de milhares de licenças para exploração do subsolo brasileiro.



Segundo ele, o fato transformava a investigação em questão de Estado. Lembrou na audiência, que não foi a primeira vez que teve de se haver com órgãos de Inteligência.



Em sua exposição ele informou à plateia que a Kroll, empresa multinacional de auditoria de riscos empresariais é conhecida por ser uma extensão da CIA, a agência de inteligência do governo dos Estados Unidos.



O delegado só não se sentiu muito à vontade para falar dos fatos que motivaram sua convocação para depor.



Protógenes não soube explicar quem usava os sete celulares que a polícia apreendeu em seu poder.



Perguntado sobre as centenas de ligações que trocou com jornalistas da "TV Globo" e do jornal "Folha de S. Paulo", Protógenes negou que tenha sido ele. Sempre evitou a imprensa, garantiu.



Protógenes também negou ter feito às chamadas registradas nos telefones que estavam com ele para a empresa Nexxis, do ex-sócio de Daniel Dantas, Luís Roberto Demarco, e para Paulo Henrique Amorim. Protógenes garante que só sabe quem é Demarco porque ele foi investigado na Satiagraha, já que tinha conta no Banco Opportunity.



Também negou que tenha feito as comunicações registradas nos celulares para os juízes Fausto Martin de Sanctis e Márcio Vilani, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, e para o procurador da República, Rodrigo De Grandis.



Por fim, Protógenes disse que enquanto comandou a Satiagraha nem usava celular.

Por precaução, pois tinha medo de ser rastreado por gente interessada em atentar contra sua vida.



Na época desses registros telefônicos, a operação era secreta e só as pessoas a quem Protógenes informou do inquérito sabiam dela.

O delegado afastado da PF terminou sua peroração afirmando que recebeu mais de uma centena de ameaças de morte, principalmente pela internet.

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