domingo, 22 de agosto de 2010

Wikileaks

Julian Assange foi notícia no mundo inteiro. O motivo? ter vazado em seu site wikileaks dados sigilosos sobre a guerra no afeganistão. O verdadeiro objetivo do site é vazar tudo que esteja protegido pelo segredo em uma visão do indivíduo contra sociedades de controle que se esforçam para perpetuar o sistema em volto em segredos. O governo de Obama minimizou o fato dando a entender que o que foi divulgado era do conhecimento dos altos escalões e somente veio reforçar a idéia de que é preciso mais homens e recursos para o pleno sucesso da guerra que se trava contra o terror. Um fato revelador, porém, oculto pela mídia nativa, é que algumas das informações contidas nos documentos divulgados têm a ver com poderosos grupos midiáticos cooptados por agências dos serviços secretos americanos que seriam pagos para produzirem uma enxurrada de informações favoráveis ao império, como ocorreu na Venezuela onde jornalistas participaram ativamente do golpe que tirou Chaves temporariamente da presidência. Aqui sabe-se que a mídia nativa vê a política externa brasileira como uma ameaça e faz oposição renhida defendendo o atrelamento automático do Brasil com os E.U.A e não perde a oportunidade de criticar duramente as relações brasileiras com políticos progressistas do continente, leiam-se Chaves, Morales,Rafael Corrêa, Lugo. Foi assim desde o primeiro dia do governo Lula. As teses do Império são encampadas e defendidas em clara afronta aos interesses nacionais. Até hoje esta estória do governo Lula está associado as FARCS é recorrente de um modo especifico durante períodos de eleição. É do conhecimento geral que os principais meios de comunicação fazem oposição aberta ao governo Lula. A julgar pela enorme popularidade do presidente é de se imaginar que para cada ataque desferido injustamente contra o presidente, há uma consequência na outra ponta que se traduz na perda de leitores, credibilidade e patrocínio. Portanto, não é irrealístico supor que assim como acontece em outros paises da América do Sul, pode está acontecendo de agências de inteligência norte americanas financiarem grupos de mídias conservadoras em compensação a perda de faturamento por causa das campanhas insidiosas que patrocinam contra o governo Lula. Há plausibilidade nessa argumentação. Nenhum veículo de informação no Brasil que compõe a grande mídia se levantou contra a guerra no Iraque. Pelo contrário, deu completo apoio como fez também em relação ao Afeganistão. Quando o assunto é o Irã ou a Coréia há uma torcida disfarçada alimentada pelo desejos de que os E.U.A invadam estes países e de roldão elimine também com Chaves. Coincidentemente, sempre apoiaram o governo assassino de Uribe, aliado carnal dos E.U.A na américa do sul, apesar de saberem da existência dos paramilitares, grupos de bandidos armados responsáveis pelas mortes dos chamados "falsos positivos", indivíduos inocentes mortos para aumentar os salários dessas milícias e apresentados à sociedeade colombiana como terroristas. O Império está de olho no recém adquirido protagonismo do Brasil e tem muitas preocupações com os passos dados no governo Lula, sobretudo na questão energética que envolvem diretamente os poços do pré-sal. O petróleo é um bem escasso e os E.U.A estão com suas reservas praticamente esgotadas. É na imprensa brasileira que encontram os meios para desestabilizar a gestão do presidente Lula. Até agora foi um furo n'água. Não vão entregar mais quatro anos de mão beijada sem antes fazer grande estardalhaço. Um eventual governo Dilma seria mais suceptível de encontrar em determinados segmentos da sociedade os motivos necessários que justificassem uma situação de golpe. A eleição dos paises periféricos escondem um projeto de governo maior que está acima de candidaturas e diz respeito ao capital financeiro internacional, sendo os candidatos instrumentos da realização dessa agenda. Uns vão com mais sede ao pote e dão aos rentistas mais do que pedem, como ocorreu no governo de FHC. Outros relutam e entregam o correspondente com a condição de também dá aos que nada têm o mínimo do que é exigido. Foi o que aconteceu na gestão Lula. Há uma agenda em que nela se inserem todos os poderes da república: executivo, legislativo e judiciário com forte apôio da imprensa que a qualquer momento poderá servir de meio para desestabilizar qualquer governo democraticamente eleito, como ocorreu em Honduras do presidente deposto Manuel Zelaya. Nada impede de que o mesmo ocorra aqui ou alhures.

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