quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bin Laden teria sido morto por um guarda-costa?





Há muitas e muitas razões pelas quais não aceitar o que talvez venha a revelar-se como uma das mais impressionantemente bem-sucedidas operações de manipulação ‘psicológica’ das massas desse jovem século 21.



Uma equipe de 14 SEALs, elite da elite da marinha dos EUA, e quatro helicópteros, sob a batuta do diretor Leon Panetta da CIA podem, sim, ter dado cabo de Bin Laden. Mas a narrativa do Pentágono, de tiro na testa, bala de ouro, é mais falsa-fria que “o rei mandou esquecer / essa transa pesada”. Bin Laden sempre disse que morreria como shaheed – mártir, lutando por sua causa, que não se renderia. Um dos seus guarda-costas com certeza trouxe-lhe a bala, no momento em que ele ordenou, quando Bin Laden concluiu que por ordem do Profeta caberia a ele impedir aquela baboseira & CIA norte-americana.



O fogo cruzado de todos os jornais em Washington desde as primeiras horas só repetia falas dos “funcionários dos EUA” de sempre, que repetiam que o serviço secreto do Paquistão [ing. Pakistani Inter-Services Intelligence (ISI)] não sabia de nada – no sentido de terem sido mantidos à margem, para não entregarem todos os segredos a Bin Laden –, enquanto o pessoal do Pentágono só repetia que Bin Laden fora morto uma semana antes, em ataque de avião-robô drone (os pilotos dos jatos sintonizaram-se / com o rádio da cabine [5]).



Outros repetiam que as Forças Especiais receberam pistas diretamente do serviço secreto do Paquistão. Até que Washington usou fontes próprias para confirmar “que foram autorizados a atacar, diretamente pelo governo do Paquistão” e então, ok, agitaram a Casbah.



A rede GEO TV paquistanesa exibiu mix totalmente diferente. O pessoal do ISI espalhou que a operação foi totalmente operação paquistanesa – conduzida depois que um helicóptero foi derrubado (alguém, do Pentágono, também falou sobre isso) e uma equipe que lá estava para investigações acabou envolvida em troca de tiros. Soldados paquistaneses ajudaram a cercar o local. Prenderam algumas mulheres e crianças e homens armados, todos árabes, que então confessaram que Bin Laden estava no local. Em seguida, houve nova troca de tiros, durante a qual Bin Laden foi morto. Então entraram em cena dois helicópteros dos EUA que vieram para recolher o corpo de Bin Laden. Segundo essa versão, o incêndio que se viu na casa foi causado pelo helicóptero derrubado.



O relato da “troca de tiros”, pelos EUA, também é confuso. Pelo que disse Obama, não teria havido feridos ou mortos entre os norte-americanos. Não faz sentido. O local com certeza era fortemente protegido... ou, de fato, não passava de local onde os EUA mantinham Bin Laden preso.



A CIA só faz repetir que foi operação para matar (“target killing”, assassinato programado). Tampouco faz sentido. Capturar Bin Laden vivo – como Saddam Hussein – alcançaria os píncaros dos minaretes da humilhação e seria golpe que renderia lucros de Relações Públicas muito mais sumarentos, para a Casa Branca. Só a hipótese de bin Laden já estar morto explica a rapidez com que Washington fez sumir o cadáver no fundo do Mar da Arábia – para desespero de vários especialistas em Sharia.



A casa foi completamente queimada, reduzida a cinzas. Convenientemente – como aconteceu no 11/9 – não há nem cena do crime nem cadáver. Esse roteiro não seria aprovado nem em reunião de roteiristas do seriado CSI, Crime Scene Investigation. O mundo aguarda fotos autênticas, não manipuladas, do cadáver, e os resultados do teste de DNA.



E, antes do que se espera – como no caso de Saddam – algum informante revelará que as coisas não se passaram como Hollywood preferiria: que foi empreitada individual de empreendedor cheio de iniciativa, à caça do prêmio de $50 milhões. Quanto à dica milionária, de onde estaria o alvo, só pode ter saído do serviço secreto do Paquistão. Nesse caso, o comandante do exército, general General Ashfaq Kiani – queridinho do Pentágono – é autor do imprimatur decisivo. Quanto recebeu? Dessas perguntas e respostas fabricam-se as lendas....



Nenhum comentário: