sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Para Fifa, Orlando Silva já é carta fora do baralho



Para Fifa, Orlando Silva já é carta fora do baralhoFoto: Edição/Felipe L. Gonçalves/247

SITUAÇÃO DO MINISTRO DO ESPORTE NÃO É BOA NO PALÁCIO DO PLANALTO E FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE FUTEBOL JÁ AGUARDA PARA NOVEMBRO A INDICAÇÃO DA PRESIDENTE DILMA DE UM NOVO INTERLOCUTOR BRASILEIRO PARA A ORGANIZAÇÃO DA COPA DE 2014, AVISOU HOJE O SECRETÁRIO-GERAL DA FIFA, JERÔME VALCKE (À DIR.)

21 de Outubro de 2011 às 16:02
Evam Sena_247, em Brasília – Para a presidente Dilma Rousseff, a situação do ministro dos Esportes, Orlando Silva, é grave, embora ainda não haja provas sobre as acusações feitas principalmente pelo policial militar João Dias Ferreira, que tinha contratos com o ministério no programa Segundo Tempos, e já foi preso por suspeita de falsificação de notas fiscais. 
A permanência de Orlando Silva vem ficando cada vez mais insustentável, porém. A Fifa, suspeita de estar por trás do jogo de denúncias, já dá o ministro como afastado. O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, afirmou hoje na Suíça que a entidade terá um novo interlocutor no governo brasileiro, no lugar de Orlando Silva. 
“Novembro [visita da Fifa ao Brasil] é a ideia de quando vamos ver o novo representante da presidente Dilma [Rousseff] para a Copa. E representante dos parlamentares. Estou confiante que a presidente apontou uma equipe independentemente do que acontecer com Orlando [Silva]”, disse. 
Em reunião chamada de emergência por Dilma, depois que ela chegou da Angola, com a coordenação política do governo, a presidente disse acreditar que o desgaste político de Orlando Silva é irreversível e que a demissão do ministro é só uma questão de tempo. Ela pediu para que a CGU (Controladoria-Geral da União) faça uma varredura nos contratos suspeitos para avaliar a melhor hora de demissão. 
Diante de tantos ataques a Orlando, o partido do ministro, PCdoB, que o tem defendido veementemente, começa a avaliar os riscos de perder a direção do ministério do Esporte, que mantém desde o início do governo Lula, em 2002. Alguns comunistas já avaliam que a tentativa de poupar o ministro tem levado o próprio partido ao desgaste, o que pode comprometer sua imagem e seus cargos.
A cena política espera, apreensiva, a divulgação das provas que João Dias entregou à Polícia Federal na última quarta-feira. Ele diz ter o áudio de uma reunião de que participou no Ministério em abril de 2008, em que o ministro não estava presente. O encontro, confirmado pela Pasta, foi para tratar da prestação de contas das ONGs do policial. Ele afirma que fez acordo para aliviar suas dívidas com o ministério em troca não delatar o suposto esquema de cobrança de propina. João Dias afirma ter entregue documentos fraudulentos que comprovam suas denúncias.

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