Procurador orienta índios contra usina de Belo Monte
Numa série de seis vídeos gravados em aldeias da etnia Xikrin, da Terra Indígena Trincheira Bacajá, no Pará, o procurador da República Felício Pontes orienta os índios a exigir mais dinheiro da Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina de Belo Monte, informa reportagem de Agnaldo Brito publicada na Folha deste sábado.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Pontes é o procurador que mais combate o projeto. Ele participa das 13 ações contra Belo Monte que tramitam na Justiça paraense.
O vídeo, captado e produzido pela jornalista Rebecca Sommer, foi gravado entre os dias 13 e 14 de outubro, numa das aldeias da terra indígena Tricheira Bacajá, no Xingu.
Veja trechos do vídeo:
O material chegou a ser disponibilizado por quatro dias (de 17 a 21 de novembro) no Youtube. A Folha apurou que o material foi sacado da web após pedido do Ministério Público Federal do Pará.
O procurador admitiu à reportagem que pediu a retirada dos vídeos e alegou que o fez em razão de a jornalista não ter autorização para divulgação. Mesmo assim, disse que tinha conhecimento da produção do filme. A equipe de filmagem pernoitou na aldeia com o procurador.
Pontes diz em vários trechos da gravação que a Terra Indígena deve "lutar contra a barragem", mas, caso não seja possível interromper a construção da usina, os indígenas devem se articular e exigir mais dinheiro para compensar impactos ambientais e minimizar os efeitos que o projeto terá sobre o modo de vida da etnia.
Leia mais na edição da Folha deste sábado, que já está nas bancas.
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