segunda-feira, 12 de março de 2012

Autor de Privataria Tucana vai em cana em MT



Autor de Privataria Tucana vai em cana em MTFoto: DIVULGAÇÃO

JORNALISTA QUE GANHOU FAMA COM A PUBLICAÇÃO DO LIVRO QUE DENUNCIA FRAUDES NAS PRIVATIZAÇÕES DO GOVERNO FHC, AMAURY RIBEIRO JR. FOI ESCOLTADO NO SÁBADO E CONFUNDIDO COM “LADRÃO DE GADO” ENQUANTO PRODUZIA REPORTAGEM SOBRE A IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS PARA A TV RECORD, NA REGIÃO DE RONDONÓPOLIS

12 de Março de 2012 às 12:26
247 – Autor de um dos livros mais vendidos no Brasil recentemente, “A Privataria Tucana”, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. alcançou fama instantânea ao denunciar um esquema ocorrido durante o processo de privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso. Em seu trabalho seguinte, no entanto, Ribeiro Jr. passou por uma situação um tanto diferente, que pode ser definida como humilhante ou simplesmente constrangedora.
Na noite do último sábado, 10, o jornalista foi detido pela Polícia Militar na região de Rondonópolis, no Mato Grosso, e confundido por um “ladrão de gado” enquanto fazia levantamentos sobre propriedades rurais da Igreja Mundial do Poder de Deus para uma reportagem para a TV Record. Tanto ele quanto seu colega, identificado apenas como “Leandro”, mostraram credenciais da emissora do bispo Edir Macedo.
Os jornalistas foram escoltados até um posto da Polícia Rodoviária Federal na rodovia BR-163 e de lá levados para a capital, Cuiabá. Os dois informaram no dia que seguiriam para São Paulo ainda na manhã de domingo. A denúncia foi feita formalmente por dois gerentes de fazendas da região de Mineirinho (a 70km de Rondonópolis), que informaram haver dois homens “suspeitos” em uma caminhonete, que rondava o local desde à tarde. Segundo a polícia, não foi registrado Boletim de Ocorrência por não haver delito.
Amaury Ribeiro Jr. não apenas causou um grande furor com o lançamento do livro “A Privataria Tucana”, no início de dezembro, chegando a esgotar estoques em pouquíssimo tempo, como continua recebendo homenagens até hoje. À época do lançamento, houve a suspeita de que até o ex-governador José Serra, envolvido nas denúncias de Amaury, teria tentando comprar todo o estoque da obra na Livraria Cultura, em São Paulo (leia mais).

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