terça-feira, 13 de março de 2012

Del Nero, o homem forte por trás de Marin



Del Nero, o homem forte por trás de MarinFoto: DIVULGAÇÃO

DEPOIS DA RENÚNCIA DE RICARDO TEIXEIRA À PRESIDÊNCIA DA CBF, QUEM ASSUMIU O POSTO FOI JOSÉ MARIA MARIN; AOS OLHOS DAS FEDERAÇÕES ESTADUAIS, PORÉM, O REAL MANDATÁRIO SERÁ MARCO POLO DEL NERO, DIRIGENTE PAULISTA E COM FORTES LIGAÇÕES AO EX-GOVERNADOR DE SÃO PAULO; ESTADOS VEEM CENÁRIO COMO DESANIMADOR

13 de Março de 2012 às 13:30
247 – Ricardo Teixeira renunciou ao cargo de presidente na CBF e deixou o vice do Sudeste – o mais velho no cargo dentro da entidade – José Maria Marin, como seu sucessor. Mas quem realmente ganha grande importância com a mudança de comando é Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol e aliado de Teixeira. Foi ele, por exemplo, quem indicou Marin para o cargo que o levou ao comando da entidade máxima do futebol brasileiro e é ele, ao que parece, quem realmente vai mandar no esporte bretão nos próximos meses.
A possibilidade desanima as federações dos outros Estados brasileiros, que acreditam no beneficiamento e fortalecimento da entidade paulista neste momento de transição, visto que Del Nero é quem teria relações mais estreitas com o atual presidente da confederação nacional, José Maria Marin. O poderoso dirigente, no entanto, nega qualquer favorecimento. “Todos são iguais perante a lei. Da paulista ao Acre, ao Rio Grande do Sul, todos serão ouvidos da mesma forma”, afirmou Del Nero logo após o anúncio da saída de Teixeira.
Outra classe que quer aproveitar o momento de transferência de poder para mudar de vez a situação é a dos clubes de futebol, que enxergam no momento de fragilidade a oportunidade de criar, definitivamente, a Liga Nacional, que manteria a organização dos campeonatos na mão das próprias equipes. Este é um sonho antigo dos cartolas que por algumas vezes já fracassou, mas que agora volta à tona. À CBF restaria o comando sobre a Seleção Brasileira e a organização de temas como arbitragem e gestão do futebol.
Ao assumir o cargo de presidente da CBF, José Maria Marin afirmou que faria uma “gestão de continuidade” ao que fez até então Ricardo Teixeira. A revolta, tanto das outras federações como dos clubes, pode acabar mudando o atual rumo do futebol brasileiro.

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