sexta-feira, 8 de junho de 2012

Supremo: circo ou hospício?



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Nem Machado de Assis escreveria roteiro tão insólito.
Um Ministro do Supremo Tribunal Federal enlouquece. Passa a distribuir declarações cada vez mais alucinadas, trasformando o Supremo em circo ou hospício. O presidente do STF nada faz, porque é um poeta apartado das coisas vãs do mundo real.
Os demais Ministros percebem estar convivendo com um louco, mas não querem se meter na questão, porque loucos são imprevisíveis. E se o louco se volta contra eles? E se o louco convoca seu "personal aaponga"? Cada qual trata de se debruçar sobre seus próprios processos e ignorar o Ministro louco.
Sem saber o que fazer com o louco, o reino continua sua vida normal, fingindo que não existe o Ministro louco que desmoraliza o Supremo. De tempos em tempos, colunistas com dificuldade para preencher sua cota de notas, entrevistam o Ministro louco. Ele dá uma declaração louca envolvendo algum colega.
No dia seguinte, burocraticamente os jornais procuram o colega que desmente a nota.
E o reino vai tocando sua vida, procurando ignorar que existe um Ministro louco na mais alta corte.
Só no dia em que o surto se tornar irreversível e o Ministro sair carregado em camisa de força o Supremo tomará alguma atitude.
Por Ana Barbosa
Sem noção
O Estado de São Paulo
Fux contradiz Mendes e diz que nunca foi extorquido por petistas
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou ontem que nunca sofreu nenhum tipo de extorsão ou foi pressionado por petistas por causa do julgamento do mensalão, que deve se iniciar em 1.º de agosto. Ontem, nota publicada na coluna Panorama Político, do jornal O Globo, atribuiu ao ministro Gilmar Mendes a informação sobre a extorsão.
"Fascistas". "É coisa de canalha, de gângster mesmo. Passar isso (conteúdo de escutas) para mídia é coisa de fascistas. Eles (os petistas) estavam extorquindo o Toffoli e o Fux, oprimindo os dois. Estou indignado com essa estória de Berlim. Não vamos tratar como normal o que não é normal. Estamos lidando com bandidos", teria dito Mendes. Procurado pelo Estado, ele não quis se manifestar. O ministro Dias Toffolli estava em viagem.

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