segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Nem na prisão os réus têm o direito de cumprir com suas penas



Não basta que os réus condenados pelos crimes de que foram acusados durante o julgamento da ação penal 470 estejam cumprindo pena de prisão sob um regime jurídico diferente daquele que originalmente foram apenados. É preciso destruir por completa a sua moral, a disposição de continuar lutando em busca do restabelecimento da verdade.

Para que não paire nenhuma dúvida sobre as intenções que movem um grupo de celerados que tem a seu favor poder contar com o espaço da velha imprensa escrita, não obstante sua visível decadência, com o fito de falsificarem a realidade, moerem até sangrar a reputação dos réus que estão completamente indefesos ante à sanha de um juíz que atua politicamente, usando de critérios dúbios, o peso do cargo que ocupa para persecutoriamente atingir aquilo que neste momento é a principal trincheira no combate as injustiças praticadas pelo ministro presidente do STF,

cuja história o colocará no desvão do esquecimento, refiro-me ao estado de ânimo dos réus que aos poucos está sendo minado por uma campanha sórdida que nem na prisão permitem que os réus cumpram com a pena que a justiça lhes impôs, alimentada em nome de um suposto privilégio que é dado aos réus, chamados de poderosos, o que faria qualquer pessoa de bom senso gargalhar com tamanha asneira, acriticamente endossada por uma legião igualmente de pessoas vís, um público formado por esse jornalismo de fancaria que ora vige no país.

Público do faça o que eu digo mas não faça o que faço, os falsos moralistas que gostam de apregoar com vociferações contra a corrupção praticando-a na escuridão, longe da luz do sol, o melhor desinfetante. Os mesmos que votaram nos homens que estão no congresso a legislarem em causa própria, os representantes do povo, da elite fajuta que critica o bolsa família argumentando que é um cabresto que dá votos ao PT, mas vota num candidato porque é seu amigo de infância, ou filho de alguém que conhece, ainda que tal candidato não tenha nenhum preparo moral para assumir as funções legislativas próprias dos congressistas, uma compra de voto disfarçada, pior do que a do pobre que vota por reconhecimento, em gratidão a uma obra social de extrema relevância que para muitos é o tudo que existe em matéria de segurança alimentar.

Mas o tempo urge contra o capitão do mato do STF que está a serviço da casa grande. Em breve sua presidência passará e toda sua obra baseada no ódio ruirá, a verdade reflorescerá para o bem da justiça e essa narrativa mentirosa que prevaleceu durante o julgamento da AP 470 seja por fim recontada porque não há sequer verossimilhança na história segundo a qual o governo do ex presidente Lula teria comprado os votos dos congressistas por meio de uma mesada de 30.000,00

Os votos dos parlamentares são comprados sim. Lula os comprou, Dilma idem, FHC ibidem e todos os demais presidentes. Mas compraram-nos não por meio de uma mesada, compraram-nos por meio da liberação de verbas das famigeradas emendas parlamentares, a maior imoralidade que existe dentro do congresso nacional, a fonte original da corrupção de parlamentares que permanece intocada, remediada através de uma emenda constitucional do orçamento impositivo, institucionalizando e oficializando a corrupção, uma fortuna na casa dos 30 bi movimentada anualmente, sem nenhum critério de fiscalização dado o número de parlamentares, a fragmentação das verbas pulverizadas em centenas de pequenas obras impedindo que sejam devidamente fiscalizadas. Um escândalo de proporções oceânicas. Não é do múnus do congressista a liberação de recursos. Seu papel é o de tão somente propor leis e fiscalizar os atos do executivo, além de outras previstas na constituição.

Essa página grotesca da história do STF precisa ser virada e vai para o negrume que escurece aquela antes egrégia corte, hoje um simulacro de corte de justiça.

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