terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mídia Ignora Corrupção de Governos Tucanos.

O PIG costuma justificar o pseudojornalismo investigativo que faz notadamente contra o executivo que tem algum gestor do PT à frente, como função que lhe cabe, sob a alegação de que é dever da imprensa fiscalizar os atos dos governos para bem informar a população. Missão nobre, se não usasse os meios de que dispõe seletivamente para atingir apenas o lado que combate partidarizamente, em especial as adminstrações ligadas à base aliada do ex e da atual presidenta, excluindo do alvo a ser atingido, governos tucanos que contam com  providencial omissão da grande mídia quando o assunto em tela diz respeito a malversação do dinheiro público, só reportando fatos dessa natureza, depois de noticiados por outros veículos alternativos, num jogo promíscuo de segurar até onde der para finalmente apropiar-se do furo como se tivesse originado de sua iniciativa.

Um dos mais tenebrosos casos de corrupção que envolvem os governos tucanos de São Paulo tem a multinacional francesa Alstom, como ponta de lança de um esquema de suborno e de distribuição de propina a autoridades públicas de São Paulo, em troca de contratos superfaturados na expansão do metrô. Não se trata de um esquemo novo, vem desde 1998, ainda na gestão Covas. Nenhum grande jornal brasileiro interessou-se em desvendar as nuances desse esquema que sobrevivi há quatro governos tucanos: Covas, Alckmin, Serra, Alckmin. Apenas no governo Serra, duas tentativas de abertura de CPIS e discussão do caso foram abafadas pela base aliada do governador tucano de então.

Foi preciso um jornal internacional de peso, especializado em matéria economica, Wall Stret Journal, publicar reportagem informando de uma investigação no âmbito do minstério público suíço que tinha como alvo o conteúdo de um arquivo de 11 pastas, encontradas na casa de um banqueiro suíço, para o PIG interessar-se tardiamente sobre o caso, fazendo-o superficialmente, en passant, apenas como desencargo de consciência e não passar recebido de haver levado "furo" de um jornal estrangeiro.

Procurado pela Folha para prestar esclarecimento com relação ao suposto pagamento de propina a membros do PSDB, anterior ao governo seu, pela Alstom, Serra declarou: " Não há o que investigar e que soube dos documentos suíços pelos jornais". Sobre o fato de seu secretário dos tranportes, Mauro Arce, ter sido secretário de energia durante a época em que foram feitos repasses às offshores, Serra respondeu: " não há o que declarar". Nada mais foi dito e nem nada mais foi perguntado.

É com luva de pelica que o PIG costuma tratar seus apaniguados. Diferentemente dos casos de corrupção envolvendo adminstrações petistas, em que um batalhão de repórteres é escalado para fazer uma ampla cobertura, ir até as últimas consequências, às vezes atropelando os fatos, em defesa de uma tese preconcebida baseada na presunção de culpa, em clara violação aos preceitos constitucionais.

Reportagem do portal R7, do grupo Record de comunicação, repercutida na rede Record de televisão e pela Record News, traz o caso Alstom novamente à tona. Com base no depoimento de uma testemunha que teria acompanhado de perto o esquema de propina pago a autoridades paulistas pela Alstom, para "caixinha" de políticos de São Paulo e Brasilia, o deputado do PT Simão Pedro encaminhará ao minstério público as denuncias para eventuais apurações. Nem a Folha, Estadão, Revistas Semanais e Rede Globo, deram qualquer notícia do caso a seus leitores e telespectadores. Não obstante a ampla repercursão do telejornalismo da Record ao fato em questão. Ignoraram como de praxe. Pelo visto, o papel de fiscalizar os atos de governo que a imprensa avoca para si como missão, só serve quando os devios de condutas praticados tem relação com governos Petistas. E se fosse o contrário?
  

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