sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ciro, pelos próprios erros, é carta fora do baralho




Ciro, pelos próprios erros, é carta fora do baralhoFoto: Divulgação

EX-MINISTRO E EX-GOVERNADOR, CIRO GOMES REAPARECE PARA SE LANÇAR À PRESIDÊNCIA EM DUAS ENTREVISTAS, MAS, PELOS PRÓPRIOS ERROS, DIMINUIU DE TAMANHO EM SEU PARTIDO, O PSB, E, POR MAIS QUE NÃO QUEIRA ADMITIR, ESTÁ FORA DO PÁREO

18 de Novembro de 2011 às 12:03
247 – Depois de meses de silêncio, Ciro Gomes reapareceu no noticiário nesta sexta-feira -- em entrevistas ao Uol e ao Valor econômico -- para dizer que ainda tem pretensões de disputar a Presidência da República. Seria a terceira vez do hoje socialista, que deve ficar apenas na vontade, já que, ano após ano, aquele que já figurou entre os favoritos para assumir o Palácio do Planalto, desperdiçou todas as oportunidades que surgiram à sua frente.
Ciro jogou fora a grande chance que teve, em 2002, derrubado pelas próprias grosserias. O ex-ministro e ex-governador era visto como uma alternativa desenvolvimentista, menos radical e não aventureira ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Então candidato pelo PPS, Ciro chegou á reta final com reais chances de disputar um segundo turno, mas se enrolou pela língua.
Provocado, o candidato disse, entre ouras coisas, que a única função de sua mulher, a atriz Patrícia Pilar, em sua campanha era dormir com ele. Depois do fracasso, Ciro trocou várias vezes de partido, aderiu ao lulismo para depois condená-lo e, num movimento equivocado, foi convencido por Lula a transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo – sem poder utilizá-lo em candidatura ao governo do estado.
Os erros transformaram o ex-ministro em um personagem menor dentro de seu partido, o PSB, presidido hoje por um franco candidato à Presidência, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Em sua entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta sexta, Ciro disse que, apesar de tudo isso, mantém o projeto pessoal de disputar a Presidência, mas que “não vai mais brigar”.
O ex-ministro elogia Campos, mas põe em questão a falta de sentido de sua candidatura no momento. “Para uma candidatura ter sentido é preciso ter estrada, projeto, argumento”, disse o ex-ministro, que evitou dizer que trocaria de partido para disputar as eleições e defendeu prévias no caso de o PSB decidir por uma candidatura própria à Presidência. Segundo ele, o partido ainda não discutiu a possibilidade de Campos disputar a presidência.

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