sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Com 72%, Dilma é mais popular que FHC e Lula



Com 72%, Dilma é mais popular que FHC e LulaFoto: Roberto Stuckert Filho/PR

APESAR DA CRISE ECONÔMICA E DA QUEDA DE SETE MINISTROS, DILMA ROUSSEFF CHEGA AO FIM DO PRIMEIRO ANO DE GOVERNO COM AVALIAÇÃO MELHOR QUE OS ANTECESSORES; APROVAÇÃO DO GOVERNO, DE 56%, TAMBÉM É RECORDE; NÚMERO DE BRASILEIROS QUE ACREDITA QUE PRÓXIMOS TRÊS ANOS SERÃO BONS É OUTRO QUE SUBIU

16 de Dezembro de 2011 às 13:36
247 – Saiu uma nova pesquisa CNI/Ibope sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff e, mais uma vez, a aprovação da presidente cresceu. Após quase um ano de governo, 56% dos brasileiros classificam a gestão da petista como ótima ou boa – em setembro o percentual era de 51%. A aprovação pessoal de Dilma também subiu, mas apenas um ponto percentual, de 71% para 72% (como a margem de erro da pesquisa é de 2%, a aprovação pessoal fica entre 70% e 74%).
A aprovação do governo de Dilma é maior que as dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, que, ao fim do primeiro ano de governo, eram aprovados, respectivamente, por 43% e por 41% da população. No início do segundo mandato, FHC era aprovado apenas por 17% dos brasileiros. Já Lula, agravada a 51% no fim do primeiro ano de seu segundo mandato.
Na comparação pessoal, Dilma também fica na frente dos dois colegas. Ao fim do primeiro ano de governo, FHC agradava a 57% dos brasileiros. Já Lula tinha a aprovação de 66%. No fim do primeiro ano do segundo mandato, Fernando Henrique agradava a 26% da população, e Lula, a 65%.
A avaliação positiva recorde de Dilma Rousseff fica curiosa quando analisada à luz de outro dado da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria: o assunto mais lembrado pelos consultados envolve denúncias de corrupção. Dos entrevistados, 28% lembraram de imediato de alguma notícia ligada a irregularidades no governo. Ou seja, a população aparentemente está satisfeita com a forma como Dilma tem lidado com as denúncias de irregularidades que surgiram durante 2011.
Os cidadãos consultados lembraram com mais frequência (23%) do caso do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, que deixou o governo depois de semanas tentando se segurar no cargo. Apesar da queda de sete ministros, as expectativas do brasileiro em relação ao governo Dilma melhoraram. Até setembro, 56% dos brasileiros imaginavam que os próximos três anos de Dilma seriam bons ou ótimos. Agora, são 59%.
Nesta sexta-feira, a presidente concedeu longa entrevista aos jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto. Confira reportagem da Agência Brasil:
Agência Brasil - A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (16) uma "relação civilizada" com a oposição. Ao ser lembrada da disposição de "estender as mãos" para os oposicionistas, ideia que fez questão de destacar em seu discurso de posse, Dilma disse que teve "muito prazer" em conversar com Fernando Henrique Cardoso e de manter uma boa relação com governadores.
"Acredito que é preciso estender a mão civilizadamente para a oposição. Acredito muito na relação civilizada. Não precisa ter a mesma posição, mas capacidade de entender. E se pode ter outras posições. E sempre me dispus a ter. E considero também muito boa a relação com os governadores dos partidos de oposição."
Dilma citou sua relação "aproximada" com governadores tucanos como os de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Minas Gerais, Antônio Anastasia, e de Alagoas, Teotônio Vilela, além da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, do DEM. "Relação civilizada significa conversa, que é uma das atividades intrínsecas do ser humano", ressaltou a presidenta em um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
Ela contou que não leu o livro Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Júnior, que aponta um esquema de desvio de recursos públicos no processo de privatização de empresas estatais ocorrido na década de 1990.
"Eu não li nem o meu", disse, referindo-se ao livro A Vida Quer É Coragem, biografia recém-lançada da presidenta, assinada pelo jornalista Ricardo Amaral. Ela também não quis comentar a possibilidade de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Câmara para investigar as denúncias contidas no livro Privataria Tucana.
Dilma citou situações que envolvem relação entre opositores governistas e que produziram efeitos negativos. Um exemplo citado pela presidenta foi o episódio da votação do teto da dívida dos Estados Unidos.
"Neste ano, nos países do mundo, a relação entre oposição e situação foi incivilizada, até deletéria, como no episódio da votação do teto de endividamento dos Estados Unidos", disse Dilma. Chega a um ponto em que um fala uma coisa e o outro fala outra. Essa é uma das piores doenças da democracia, é quando se perde o compromisso do bem comum", disse Dilma.
"É preciso lembrar que, em todas as circunstâncias, o que está em jogo é interesse do país", destacou a presidenta.

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