A jornalista Maria Cristina Fernandes, doValor, é a primeira, nos grandes jornais, a escrever, pondo o nome embaixo, que a imprensa está boicotando não apenas o livro, mas o tema trazido, de novo, à tona, pelo A Privataria Tucana.
O seu artigo, exclusivo para assinantes na página do jornal, foi reproduzido aqui.
Merece aplauso, e não há reparo algum a fazer na sua conclusão que não é apenas o tucanato que se escafede do tema.
Mas merecem destaque algumas informações, sabidas e esquecidas, que ela publica, sem medo de patrulhas.
Por exemplo, que uma única operação da Polícia Federal achou US$ 30 milhões mandados para fora por contas CC-5, um dos portões apontados por Amaury.
Ou que o impasse sobre acusações a Gustavo Franco e a Henrique Meirelles fez empacar a CPI do Banestado, cujos documentos, em parte, por uma destas circunstâncias que se pode atribuir à Providência, vieram às mãos de Amaury Ribeiro, justamente por ter de responder ao processo que lhe moveu Ricardo Sérgio de Oliveira, o homem a quem a Veja chamou de “coletor” das campanhas de José Serra.
E, como noticiar fatos não ofende, publica também que, nestes indigestos dias, reuniram-se ontem num dos mais bem afamados restaurantes franceses da Paulicéia, o La Casserole, o indigitado Ricardo Sérgio, o chefe da Casa Civil do governo FHC, Clóvis Carvalho, e José Carlos Dias, ministro da Justiça efeagáciano e parceiro em muitas causas de Arnaldo Malheiros, advogado de José Serra.
Como disse Paulo Preto, não se abandona um amigo na beira da estrada.
PS. A blogosfera, como diz Fernandes, está realmente dedicando um tempo imenso ao livro do Amaury. Pudera, com todas as nossas limitações – será que alguém imagina que um blogueiro possa pegar o telefone e pedir uma entrevista a estes personagens, como podem fazer os repórteres de jornal ? – estamos tentando apurar e revelar os fatos que a grande imprensa segue mantendo nas sombras.
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