terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Reação do PSDB à "Privataria Tucana" dependerá de Serra, diz secretário do partido



Marina Dias
O secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), afirmou que integrantes de seu partido irão se reunir em Brasília ainda esta semana para discutir quais providências serão tomadas a respeito das denúncias do livro "A Privataria Tucana", de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr. De acordo com Castro, as conversas contarão com o parecer do ex-governador José Serra, um dos principais alvos das acusações de Amaury.
"A reportagem sobre o livro saiu neste fim de semana (na revista CartaCapital). Então, hoje, quando estão recomeçando os trabalhos em Brasília, a gente vai conversar dentro do partido e com o ex-governador José Serra para ver o que fazer. Vamos ver qual é o desejo dele, se acionar judicialmente ou apenas ignorar tudo isso", explicou o secretário-geral tucano em entrevista a Terra Magazine.
Ligado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado rechaça qualquer possibilidade de fogo amigo dentro do PSDB. Segundo o jornalista Amaury Ribeiro Jr., há um esquema de espionagem e contra-espionagem entre Serra e Aécio desde 2009, quando ambos disputavam espaço para se candidatar à Presidência da República no ano seguinte. "Ainda não falei com Aécio, mas ele não tem nada a ver com este livro. Essa história de espionagem não é verdadeira", declara Castro.
O livro
Em "A Privataria Tucana", o jornalista Amaury Ribeiro Jr. afirma, por meio de documentos, ter comprovado desvios de recursos e pagamentos de propina durante o processo de privatizações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A obra descortina, ainda de acordo com o autor, um esquema de lavagem de dinheiro com conexões em paraísos fiscais, unindo integrantes do PSDB, como José Serra, ao banqueiro Daniel Dantas. Pessoas vinculadas ao ex-governador tucano, entre elas, sua filha, Verônica Serra, também são citadas.

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