quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Corregedor da PF deve ser novo secretário para Grandes Eventos



Corregedor da PF deve ser novo secretário para Grandes Eventos Foto: FABIO MOTTA/Agência Estado

JOSÉ RICARDO BOTELHO, QUE OCUPAVA A SECRETARIA COM R$ 1 BILHÃO PARA GASTAR, DEIXOU O POSTO ALEGANDO QUESTÕES PESSOAIS, LOGO DEPOIS DE OUTRO DIRETOR DO ÓRGÃO PEDIR EXONERAÇÃO; FAVORITO PARA A VAGA, VALDINHO JACINTO É ACUSADO DE BATER RECORDE DE COMPRA SEM LICITAÇÃO

25 de Janeiro de 2012 às 21:23
247 – É o delegado Valdinho Jacinto Caetano, atual corregedor da direção da Polícia Federal, o favorito para assumir o cargo de secretário Extraordinário para Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça. O antigo titular, José Ricardo Botelho, pediu demissão no último fim de semana, alegando questões pessoais. Seu substituto deve ser anunciado até sexta-feira.
A saída de Botelho, que teria como justificativa a saúde de familiares, ocorreu logo após um outro diretor do órgão, Odécio Carneiro, pedir exoneração, depois de ver seu nome envolvido em denúncias de desvios de recursos dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. A secretaria em questão foi criada no ano passado para coordenar a segurança no país, mas em especial durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
A secretaria é responsável por comandar mais de 50 mil homens e tomar conta de um orçamento de R$ 1 bilhão. Sua estrutura conta com diretorias de operações, inteligência, logística e projetos especiais. O provável substituto de Botelho é um delegado federal extremamente reservado e respeitado dentro da PF, e que exerceu várias funções na instituição. A principal delas foi a de corregedor-geral da corporação, cargo que ocupa atualmente. Mas paira sobre ele uma suspeita.
Como noticiado pelo 247 em setembro do ano passado, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), maior entidade de classe da PF, encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) dossiê com denúncias sobre a gestão de Valdinho Jacinto Caetano à frente da superintendência regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro. A Fenapef sustenta que obteve documentos, relativos aos exercícios financeiros de 2007 e 2008, a revelar que o gestor praticou 580 atos de dispensa de licitação. Na média, foi dispensada 1,6 licitação, por dia, no período, diz a Fenapef.

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