DESTA VEZ, FOI O AVATAR OFICIAL DA IMPRENSA DA PRESIDÊNCIA QUE ESCORREGOU NO TWITTER; @IMPRENSAPR POSTOU LINK DA REVISTA PIAUÍ QUE DEBOCHA DE JOSÉ SERRA; PRESIDÊNCIA RECONHECE "GRAVIDADE DO ERRO", JÁ QUE O ALVO DO TUÍTE FOI O TUCANO DERROTADO POR DILMA ROUSSEFF EM 2010
Diego Iraheta _247 - Depois de José Serra se confundir no Twitter, a Presidência da República se enrolou na rede nesta quinta-feira, 19, ao debochar do tucano derrotado por Dilma Rousseff nas eleições de 2010. Por volta das 15h30, o avatar oficial da Imprensa Presidência – @imprensaPR – postou um link da Revista Piauí que ironiza Serra. “Com a volta da Luiza, quem tá indo para o Canadá é o Serra...”, tuitou a Secretaria de Imprensa da Presidência da República. Foi uma referência ao meme que invadiu a web e o offline nos últimos dias – o comercial com a “Luíza do Canadá”.
A @imprensaPR divulga eventos da agenda da presidente Dilma e notícias sobre programas e investimentos do governo federal. Na timeline da Presidência, não há espaço para brincadeirinhas ou links para sites bem-humorados como a Piauí. O Twitter oficial da PR segue o estilo sisudo de um órgão público, que não deve ser partidário ou contrapartidário (!).
Procurada pelo 247, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República esclareceu que houve um engano do funcionário que opera o Twitter oficial. O analista de mídias sociais, que trabalha há dois anos na PR, já pediu exoneração. A assessoria do órgão reconhece a “gravidade do erro” e explica que o funcionário iria postar o link no Twitter pessoal, mas acabou tuitando no institucional. A Secretaria de Imprensa vai avaliar o caso e decidirá se aceita ou não a exoneração do funcionário.
De fato, quem trabalha com redes sociais está sujeito a esse tipo de equívoco. Tuitar o pessoal no corporativo ou vice-versa. O problema ganha dimensões muito maiores, no entanto, quando o erro cometido é no Twitter oficial de um determinado órgão público – como a Presidência. Ainda mais se o tuíte ataca ou ironiza a oposição, representada por Serra como rival de Dilma.
“A mídia social é muito mais sensível porque é muito rápida e tem uma massificação muito grande. Depois que você posta, você não consegue voltar atrás”, avalia ao 247 o cientista político Leonardo Barreto, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB). O acadêmico considera que todas as instituições públicas devam ter um código de conduta para regulamentar a comunicação delas via redes sociais. “É a mesma coisa de um político deixar microfone aberto durante uma conversa”, compara.
Uma hora depois do tuíte enrolado, a Presidência postou: "Pedimos desculpas a todos pela publicação não autorizada, hoje, neste perfil, do retuíte indevido de um site humorístico".
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