terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pela unidade do PSDB, Alvaro Dias pleiteia Palácio do Planalto



Pela unidade do PSDB, Alvaro Dias pleiteia Palácio do PlanaltoFoto: Divulgação

LÍDER TUCANO NO SENADO DEFENDE PRÉVIAS PARA A ESCOLHA DO PRÓXIMO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA EM 2014, PARA DAR A FIM A IMPOSIÇÃO DE SERRA OU AÉCIO, E SE APRESENTA COMO ALTERNATIVA; MAS PSDB TEM PLANOS MENOS AMBICIOSOS PARA ELE: DISPUTAR GOVERNOS DE RIO OU DISTRITO FEDERAL

17 de Janeiro de 2012 às 20:43
Rodolfo Borges _247 – A três anos da próxima eleição presidencial, o quadro no PSDB é o mesmo das eleições de 2010: depois de aparentemente abrir mão de concorrer à prefeitura de São Paulo, José Serra permanece sustentando seu projeto pessoal de se eleger presidente do Brasil, enquanto o senador Aécio Neves se apresenta, ainda que de forma tímida, como a alternativa mais clara. Tendo em vista o fracasso nos últimos três pleitos, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), vem sugerido uma mudança de estratégia, como registrado pelo 247 em março de 2011. Em vez de impor mais uma vez o nome de seu candidato, o partido deveria submetê-lo à escolha dos militantes. A novidade é que Dias se incluiu pela primeira vez entre os pleiteantes ao cargo nesta semana.
O comentário foi feito em entrevista ao portal Congresso em Foco publicada nesta terça-feira. “É preciso consultar os militantes. Tenho a cautela de não antecipar as decisões pessoais. Não cabe priorizar uma ambição pessoal. É necessário convocação”, disse ao site, defendendo a valorização da militância do partido. “Se eu fosse chamado (pela maioria do PSDB), atenderia. Mas ainda não fui chamado”, completa o senador.
O líder do PSDB considera que a imposição dos nomes de Aécio e Serra tem atrapalhado a unidade partidária, e que a melhor forma de reerguer o partido é começando pelas bases. “Na última eleição não tivemos problemas porque o candidato era único. Na próxima eleição, daqui a quatro anos, podemos ter outros nomes. Estabelecer primárias seria a medida preliminar indispensável, porque antes de se falar em nomes deve se discutir o método de escolha. Não vejo método mais eficiente do que esse”, comentava o senador ao 247 há quase um ano.
A naturalidade com que Dias fala de uma possível candidatura se escora provavelmente no fato de que o hoje senador já pleiteou a posição em 1989, quando perdeu para Ulysses Guimarães a indicação do PMDB – seu partido então. Na época, Dias era governador do Paraná. O político que iniciou a carreira como vereador, em 1968, e chegou á liderança do partido no Senado após o fracasso da candidatura a reeleição de Arthur Virgílio (AM), em 2010, tenta dar fim às panelinhas criadas dentro do PSDB. Conseguirá? Outra: você votaria em Alvaro Dias para presidente?
Outros planos
Apesar da solicitude de Alvaro Dias, o PSDB parece ter outros planos:
Agência Estado - O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), foi sondado pelo presidente de honra do PSDB do Rio de Janeiro, Marcelo Alencar, e pelo diretório regional do partido no Distrito Federal para disputar o governo do Estado ou do DF. No terceiro mandato de senador, Dias diz que somente no ano que vem é que vai avaliar o rumo que adotará politicamente. Mas ele praticamente descarta a opção de concorrer às eleições fora do Paraná. "Embora esteja disposto a cumprir missões que o partido me impuser, tenho de considerar que a prioridade é o meu Estado", afirma o senador.
Com mais três anos de mandato no Senado, Alvaro Dias já foi vereador, deputado e governador de seu Estado. "Tenho compromissos com a minha origem, não tenho pretensão de deixar o Paraná", acrescenta. O senador admite que se sentiu "prestigiado" pela sondagem. "O convite gratifica, acredito que seja a repercussão do meu trabalho no Senado, de não fazer medir esforço para destacar o trabalho da oposição", justifica.
O líder reconhece que a procura por um nome fora do DF e do Rio de Janeiro demonstra que o partido tem de ser "revitalizado". No Distrito Federal, o PSDB se aliou nas últimas eleições com o grupo do ex-governador Joaquim Roriz e foi mal sucedido. A ex-governadora tucana Maria de Lourdes Abadia disputou uma vaga ao Senado graças a um recurso, já que sua candidatura foi questionada com base na Lei da Ficha Limpa. No Rio, o partido apoiou a candidatura do governo do ex-deputado Fernando Gabeira (PV), que ficou em segundo lugar com 20,68% dos votos do Estado.

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