quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Chalita, o candidato livre para bater em Kassab



Chalita, o candidato livre para bater em KassabFoto: NIELS ANDREAS/AGÊNCIA ESTADO

A AVALIAÇÃO É DO TUCANO AÉCIO NEVES; O SENADOR MINEIRO REVERBEROU AS CRÍTICAS DA COLEGA MARTA SUPLICY À ESTRATÉGIA DO PT EM SÃO PAULO; SEGUNDO ELE, A TENTATIVA DE APROXIMAÇÃO COM KASSAB FEZ RESSURGIR A CANDIDATURA DE SERRA E LIBEROU CHALITA PARA FAZER “OPOSIÇÃO VIGOROSA” AO PREFEITO

29 de Fevereiro de 2012 às 18:16
247 – O senador Aécio Neves (PSDB-MG) se uniu à colega Marta Suplicy (PT-SP) nas críticas à conduta do PT em São Paulo, e, segundo ele, quem sai ganhando com o flerte frustrado entre PT e PSD não é exatamente o candidato do seu partido, (provavelmente) José Serra, mas o do PMDB, o deputado federal Gabriel Chalita. Segundo Aécio, Chalita “estará mais livre para fazer uma oposição vigorosa”. O candidato do PMDB, que já garantiu que não abre mão da candidatura, já vinha dando o tom de oposição a Kassab bem antes de o PT perder para o PSDB a disputa por uma aliança com o prefeito.
Após a decisão de Serra de entrar na corrida pela sucessão em São Paulo, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, passou a criticar com mais veemência a gestão de Kassab, mas será difícil ao petista se estabelecer como alternativa ao atual governo, tendo em vista que seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, articulava um acordo com o PSD de Kassab. “Por um lado, (a articulação entre PT e PSD) fez ressurgir a candidatura mais vigorosa do Serra, que nós queríamos, mas estava adormecida. Por outro, desmoraliza o discurso que as bases e a militância do PT fazem de oposição à administração de Serra e Kassab nos últimos anos”. criticou Aécio Neves.
Ao mesmo tempo em que criticou a conduta do PT, Aécio Neves elogiou a entrada de Serra na disputa e aproveitou para negar que ela tenha algo a ver com a eleição presidencial de 2014. Ele admite que o ex-governador terá protagonismo em 2014, sendo ou não candidato, mas considerou a decisão de Serra um “gesto de grandeza”, que ajuda a “reunificar as oposições” e terá reflexos nas eleições pelo resto do país, graças à dimensão nacional da disputa em São Paulo.
Afora discordâncias partidárias, numa coisa pelo menos Aécio Neves tem razão: enquanto PT e PSDB se engalfinham antes mesmo de as eleições começarem, quem pode se dar bem em São Paulo é Gabriel Chalita, o único candidato livre para bater numa gestão aprovada por apenas 20% dos paulistanos.

Nenhum comentário: