Foto: DIVULGAÇÃO
BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA, QUE GRAVOU WALDOMIRO DINIZ, EX-ASSESSOR DE JOSÉ DIRCEU, PEDINDO PROPINA, FOI PRESO HOJE NA OPERAÇÃO MONTE CARLO DA POLÍCIA FEDERAL; A ACUSAÇÃO É DE LIDERAR UMA QUADRILHA DE CAÇA-NÍQUEIS EM CINCO ESTADOS
247 – Um dia da caça, outro do caçador. Em 2004, segundo ano do primeiro governo Lula, eclodiu um escândalo que ameaçou o então todo-poderoso ministro José Dirceu. Seu principal assessor, Waldomiro Diniz, havia sido gravado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, pedindo propina para ajudar na liberação dos bingos. Naquele episódio, pela primeira vez, manchou-se a imagem do PT, que, depois, viria a ser arranhada por uma série de escândalos – o principal deles, o Mensalão. Hoje, oito anos depois, Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal. Leia abaixo notícia da Agência Estado sobre a operação:
Os chefes da quadrilha especializada em explorar máquinas caça-níqueis em cinco estados foram presos na manhã desta quarta-feira, 29, durante a Operação Monte Carlo, desencadeada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, com auxílio da Receita Federal.
Segundo o MP, já foram cumpridos oito prisões preventivas, 27 prisões temporárias, 10 ordens de condução coercitiva e buscas e apreensões em diversas localidades. Entre os presos, que já estão na sede da PF, em Brasília, está o líder da quadrilha, Carlinhos Cachoeira, que determinava o fechamento e abertura de casas de jogos no território de seu domínio.
O grupo, segundo a PF, operava há mais de 17 anos com a conivência de algumas autoridades de segurança pública, em pontos em Goiânia e Valparaíso de Goiás, e contavam com a ajuda de agentes de segurança pública, que atuavam mediante o pagamento de propina. Eles davam suporte ao funcionamento das casas do grupo, seja não realizando ações interventivas, seja comunicando os criminosos sobre trabalhos dos órgãos de persecução no enfrentamento à organização, especialmente para que as casas e máquinas caça-níqueis fossem transferidas de local.
Durante a investigação, que durou cerca de 15 meses, foram identificados como integrantes do grupo criminoso infiltrados na área de segurança pública dois delegados de Polícia Federal de Goiânia, seis delegados da Polícia Civil de Goiás, três tenentes-coronéis, um capitão, uma major, dois sargentos, quatro cabos e 18 soldados da Polícia Militar de Goiás, um auxiliar administrativo da Polícia Federal em Brasília, um policial rodoviário federal, um agente da polícia civil de Goiás e um agente da polícia civil de Brasília, um sargento da Polícia Militar de Brasília, um servidor da Polícia Civil de Goiás, um servidor da Justiça Estadual de Valparaíso de Goiás.
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