sexta-feira, 20 de abril de 2012

Não ação de Gurgel beneficiou Demóstenes




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A grande esperança da defesa do senador Demóstenes Torres é a decisão do Procurador Geral da República, Paulo Roberto Gurgel, de não enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de investigacão especial, solicitado pela Polícia Federal na Operação Las Vegas.
Não procede a alegação de que o não envio deu mais tempo para a PF juntar as provas.
A investigação Las Vegas tinha autorização para grampear Cachoeira e comparsas. Quando a Polícia Federal se deu conta de que Demóstenes era interlocutor frequente, oficiou o juiz de 1a Instância, que encaminhou o pedido de investigação ao STF, através do Procurador Geral.
Ao segurar o pedido, Gurgel beneficiou Demóstenes em dois pontos:
1. Impediu que a PF pudesse grampear diretamente as conversas de Demóstenes e, assim, aprofundar as investigações. Certamente teriam conseguido identificar na hora o golpe do "grampo sem áudio".
2. Permitiu ao advogado de Demóstenes, Kakai, solicitar a nulidade dos grampos apresentados, por não ter autorização do STF. Ora, não teve, porque Gurgel sentou em cima. O juiz e a PF cumpriram com sua obrigação.
Em vez do Conselho Nacional do Ministério Público tentar intimidar procuradores que procuram cumprir com seu dever, está na hora de questionar Gurgel pelo fato de ter falhado com suas atribuições.

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