Deu no Brasil 247, na nota "Caiu a casa de Gurgel":
Comento, olhando por outro ângulo possível.
- Gurgel designou alguém de sua absoluta confiança, a própria mulher, que é subprocuradora, para analisar o inquérito, e ela respondeu ao delegado, após um mês, não ter encontrado elementos jurídicos que fundamentassem um pedido de investigação ao Supremo;
- Por outro lado, Gurgel não arquivou o inquérito, como acontece quando não há crimes.
- Em nota recente, ele disse que a decisão foi "estratégia de investigação".
Ligando os pontinhos, há duas conclusões possíveis:
1) Ou o Procurador-geral de fato prevaricou ou, no mínimo, falhou, como a maioria dos parlamentares da CPI suspeitam;
2) Ou ele decidiu não pedir autorização ao STF, pois lá estava na presidência o ministro Gilmar Mendes, cuja proximidade com Demóstenes Torres havia sido explicitada no episódio do grampo sem áudio, pouco tempo antes.
Neste caso, pedir ao STF autorização para investigar Demóstenes levaria a investigação ao conhecimento de Gilmar Mendes.
Um mês antes do relatório da Operação Vegas chegar às mãos de Gurgel, Gilmar Mendes havia batido boca com ele via imprensa, acusando o ministério público de atuação partidarizada (confira aqui).
Gurgel não admitirá que deixou de pedir investigação ao Supremo naquele momento por desconfiar de um ministro do STF. Mas a suspeita de que a motivação possa ter sido esta é bastante razoável.
- Gurgel designou alguém de sua absoluta confiança, a própria mulher, que é subprocuradora, para analisar o inquérito, e ela respondeu ao delegado, após um mês, não ter encontrado elementos jurídicos que fundamentassem um pedido de investigação ao Supremo;
- Por outro lado, Gurgel não arquivou o inquérito, como acontece quando não há crimes.
- Em nota recente, ele disse que a decisão foi "estratégia de investigação".
Ligando os pontinhos, há duas conclusões possíveis:
1) Ou o Procurador-geral de fato prevaricou ou, no mínimo, falhou, como a maioria dos parlamentares da CPI suspeitam;
2) Ou ele decidiu não pedir autorização ao STF, pois lá estava na presidência o ministro Gilmar Mendes, cuja proximidade com Demóstenes Torres havia sido explicitada no episódio do grampo sem áudio, pouco tempo antes.
Neste caso, pedir ao STF autorização para investigar Demóstenes levaria a investigação ao conhecimento de Gilmar Mendes.
Um mês antes do relatório da Operação Vegas chegar às mãos de Gurgel, Gilmar Mendes havia batido boca com ele via imprensa, acusando o ministério público de atuação partidarizada (confira aqui).
Gurgel não admitirá que deixou de pedir investigação ao Supremo naquele momento por desconfiar de um ministro do STF. Mas a suspeita de que a motivação possa ter sido esta é bastante razoável.
O que precisa ficar claro é se houve de fato uma "estratégia de investigação" justificável que melhor atendesse aos interesses republicanos da sociedade brasileira.
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