quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"Desafiei o denuncismo e o assunto está superado"



Foto: Renato Araújo/ABr

MINISTRO DO TRABALHO NEGA QUE TENHA DESAFIADO DILMA ROUSSEFF A DEMITI-LO AO DIZER QUE SÓ SAIRIA "ABATIDO A BALA" E TENTA ENCERRAR COMOÇÃO EM TORNO DE DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO; NESTA QUINTA, ELE SE EXPLICA NA CÂMARA

09 de Novembro de 2011 às 14:37
247 com Agência Brasil - Ao comentar as denúncias de pagamento de propina no Ministério do Trabalho, o ministro Carlos Lupi disse hoje (9) que o assunto está superado e que todos os esclarecimentos já foram prestados ao seu partido, o PDT, e à imprensa. “A gente já deu as respostas que tinha que dar, apresentou os documentos, o procurador-geral da República já se pronunciou. Agora, estou aqui para trabalhar”, explicou, na abertura do encontro sobre estratégia de inclusão produtiva urbana do Programa Brasil sem Miséria.
O ministro aproveitou para negar que tenha desafiado Dilma Rousseff a demiti-lo ao dizer que só sairia "abatido a bala". "Estou desafiando a onda de denuncismo que o Brasil virou. Eu estou desafiando a gente macular a honra das pessoas sem direito de defesa. Eu estou desafiando aqueles que mentem", disse Lupi em reunião no Plano Brasil Sem Miséria. Apesar de dizer que o assunto está encerrado, nesta quinta ele se explica mais uma vez, agora em comissão da Câmara Federal.
Lupi reafirmou que a equipe que trabalha com ele não cobra propina em nome do partido, mas lembrou que o ministério conta com cerca de 10 mil funcionários. “Não posso impedir que alguém do vigésimo escalão, na ponta, tenha feito alguma coisa errada. Se tiver feito, cadeia para o corrupto e para o corruptor”, disse.
O ministro voltou a classificar a denúncia como vazia e irresponsável e pediu que sejam apresentadas provas relacionadas a supostos pagamentos de propina que envolvam o seu nome. “É um instrumento dos covardes, que se escondem atrás do anonimato. Gostaria de desafiá-los a apresentar.”
Sobre o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou a existência de contratos sem fiscalização no ministério, Lupi argumentou que 186 deles, na realidade, não foram disponibilizados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
“O Brasil está dando certo. Muita gente não se conforma com isso e quer inventar muita coisa. Mas estamos com a consciência tranquila”, disse. Perguntado se poderia ser a bola da vez, diante da sucessão de demissões de ministros nos últimos meses, Lupi respondeu: “Só se for a bola sete, que é a bola que dá a vitória”.

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