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Um blogueiro do jornalão teve a cara-de-pau de dizer que o Estadão precisa de uma semana para ler o livro e comentar a respeito!
Rárárá.... rárárá.... rárárá....
Não é só o Serra que malufou, é o Estadão também, ao me sair com um argumento destes, como se tratasse de uma resenha literária. Melhor seria continuar calado.
O livro é reportagem. É denúncia. Tem documentos. Contestar ou aprofundar o que está no livro é furo de reportagem. Nenhum jornal espera uma semana em busca de furos.
Se os documentos fossem falsos, seria furo reportagem provar a mentira. Mas o problema é que qualquer jornalista ou internauta que lê o livro pode entrar no site da Juscesp (Junta Comercial, órgão do governo do Estado de São Paulo, sob rigoroso contole tucano) e pimba!... confirma todas as informações sobre transações societárias da filha e genro do Serra provenientes de paraísos fiscais.
No livro tem documentos como parecer do Banco Central e relatórios da CPI do Banestado que fazem parte de um processo no judiciário paulista não coberto por sigilo. Os jornalistas vão lá e pimba!... tudo confirmado nos arquivos do Tribunal de Justiça.
Então, qualquer jornalismo sério, teria que debruçar-se sobre a verdade e, no mínimo narrar os fatos: a família Serra tem empresas e negócios em paraísos fiscais. Teve sociedade com Daniel Dantas. Esses jornais publicaram coisas menos importantes sobre ministros da Dilma, como propriedade de sítio sem qualquer suspeita, então como ocultar essas tenebrosas transação das família Serra? Que dê à eles o direito a "ouvir o outro lado", mas não é possível ignorar fatos.
O Estadão (*) está para José Serra (PSDB/SP) na Privataria Tucana, assim como o Correio Braziliense estava para José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF) no episódio do Mensalão do DEM. O Correio Braziliense fez o ridículo papel de esconder a notícia por uma semana, o Estadão (*) está fazendo o mesmo.
(*) e a Folha, Globo, Veja também.
Um comentário:
O Ministério Público e a Polícia Federal descobriram que o ex-governador José Roberto Arruda foi vítima de uma chantagem articulada pela procuradora Deborah Guerner e Durval Barbosa. Apurou também que as gravações em que Arruda aparece recebendo R$ 30 mil de Durval eram de 2005, antes portanto de sua posse como governador, informação sonegada à opinião pública quando o escândalo estourou. A essas boas notícias soma-se a decisão tomada hoje pelo Tribunal de Contas do DF, de aprovar as contas do Governo Arruda de 2010. Não será nenhuma surpresa se em breve ficar claro que Arruda foi, na verdade, vítima de uma farsa monumental.
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