quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vitória de Jader fortalece PMDB na briga com o PT




Vitória de Jader fortalece PMDB na briga com o PTFoto: Divulgação

PEEMEDEBISTAS CONSEGUEM ANULAR NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL TÁTICA PETISTA QUE PRETENDIA LEVAR PAULO ROCHA (À DIR.) AO SENADO NO LUGAR DE BARBALHO; É MAIS UM CAPÍTULO NA DISPUTA ENTRE DOIS PARTIDOS QUE NÃO PARECEM DISPOSTOS A DIVIDIR O PODER

14 de Dezembro de 2011 às 19:09
247 – A disputa entre os aliados PT e PMDB ganhou novo capítulo nesta quarta-feira. E a favor do partido do vice-presidente Michel Temer. O PMDB conseguiu emplacar o julgamento do ex-deputado e ex-senador Jader Barbalho (PA) na frente de Paulo Rocha (PT-PA), que também pleiteava o cargo ocupado até então por Marinor Brito (Psol-PA). O partido conseguiu convencer o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, a concluir o pedido de Jader antes do julgamento de pedido semelhante Paulo Rocha.
Não bastasse, Peluso ainda votou uma segunda vez no julgamento, para desempatá-lo, já que a nova ministra do STF, Rosa Weber, ainda não tomou posse. O julgamento do caso de Jader Barbalho antes da chegada de Rosa Weber era essencial para a vitória de Jader, pois era esperado que a ministra fechasse a porta para o peemedebista, abrindo passagem para o petista Paulo Rocha, que, agora, sai definitivamente do páreo. O PT vinha tentando apressar o processo de Rocha para passar na frente de Jader.
Ponto para o PMDB, que também vem se desentendendo com o PT na Caixa Econômica Federal, como o 247 tem registrado em matérias sobre a migração de contas dos servidores da Bahia do Banco do Brasil para a Caixa Econômica Federal (CEF) (aqui e aqui). Os desentendimentos entre os dois partidos levaram a bancada do PMDB no Congresso Nacional a ameaçar uma rebelião para 2012. Os peemedebistas se dizem insatisfeitos com o espaço do partido no governo.
O PMDB perdeu ministérios importantes entre o governo Lula e o governo Dilma, como a pasta da Saúde. E não se sente convidado a participar das decisões mais importantes do governo. “Nossos ministérios (Agricultura, Turismo, Minas e Energia, Previdência e Secretaria de Assuntos Estratégicos) não estão no centro deste governo, não participam da elaboração das políticas econômica e social”, reclamou o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) recentemente. Os dois partidos também disputam espaço na Câmara, onde o PT considera quebrar o acordo feito com o PMDB para se revezar a presidência da Casa.

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