terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fritura do 7º ministro começou no dia em que caiu o 6º


No último domingo, minutos após a internet começar a repercutir o pedido de demissão de Carlos Lupi, sexto ministro de Dilma Rousseff acusado de corrupção neste primeiro ano de seu primeiro – e último? – mandato, blogs e sites de Globo, Folha, Estadão e Veja já passavam a investir contra a próxima vítima, o ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
Concomitantemente, os mesmos blogs e sites corporativos de oposição ao governo federal também começaram a repercutir matérias afirmando que “prosseguem os problemas” nos ministérios que acabaram de perder seus titulares, o que coloca os substitutos sob ameaça.
Agora a notícia mais interessante: escrevo após ter me encontrado com um descontente que trabalha em uma redação qualquer da mídia tucana e fiquei sabendo que a matéria remetendo aos ministérios recentemente “faxinados” por uma mulher que o machismo midiático converteu em “faxineira” trata de providenciar para que não faltem alvos em 2012, porque, a partir de janeiro, os ministros começarão a ser degolados por atacado.
O efeito dominó, de queda de um ministro após o outro, vai virando efeito boliche…
Vai indo muito bem o governo Dilma e sua covardia e apatia galopantes. A administração pública está paralisada, auxiliares da presidente no primeiro escalão já começam a refletir se vale a pena esperar que virem alvo ou se não é melhor pularem fora logo desse barco furado.
Outra informação importante que recebi é a de que já haveria ministros dispostos a pedir demissão assim que a primeira denúncia for feita se não receberem apoio claro, inequívoco e imediato da presidente da República tão logo virem alvo, o que, obviamente, não ocorrerá, de forma que a paralisia na administração pública federal tende a se aprofundar.
Em 2012, portanto, ao invés da média atual de queda de um ministro a cada 30 dias – partindo de maio, quando começou a cair o primeiro, Antonio Palocci – poderemos ver duas, três ou mais demissões em cada leva, já que um ministério que perdeu o titular poderá sofrer novo ataque ao novo titular.
Através de denúncia como a de ter pegado carona em jatinho, feita por qualquer desqualificado saído dos arquivos de qualquer delegacia, todo aquele que trabalha na administração pública pode virar alvo enquanto é abandonado à própria sorte.
Servir ao governo Dilma vai se tornando um péssimo negócio.
Dizem que o governo Dilma se guia por pesquisas. Quando apontam indício de queda de popularidade no âmbito do bombardeio midiático, esse governo cede em seguida sem refletir que não foi a falta de reação imediata da presidente à denúncia que lhe causou a perda de popularidade, mas a sequência de denúncias em si.
Quem não notou a falta de pesquisas sobre a popularidade de Dilma, popularidade que a mídia diz que sobe porque a presidente cede, saiba que isso se deve a que não convém à direita midiática que o prejuízo político dela venha à tona agora. Ao não apontar o viés político dos que estão desmontando seu governo, Dilma vai virando um Obama de saias.

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