Foto: Felipe L. Gonçalves/Edição/247
PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF JÁ TERIA DECIDIDO; EM BREVE, ALOIZIO MERCADANTE DEIXA O MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA ASSUMIR O DA EDUCAÇÃO; MOVIMENTO FORTALECE INTENÇÃO DE MERCADANTE CONCORRER AO GOVERNO DE SÃO PAULO EM 2014; SENADORA MARTA SUPLICY FICA SEM COMPENSAÇÕES POR GESTO DE ABRIR PASSAGEM PARA CANDIDATURA DE FERNANDO HADDAD
Marco Damiani _247 – O que estará sendo planejado no Palácio do Planalto para compensar o gesto da senadora Marta Suplicy de abrir mão de sua pré-candidatura a prefeita de São Paulo, com 30% de intenções de voto, para o ministro da Educação, Fernando Haddad? Ela figurou nas listas de prováveis integrantes do ministério, que seria reformulado no início de 2012, mas uma primeira mudança já dada como certa, apesar de não haver confirmação oficial, mais parece uma punição do que um prêmio. É a transferência do atual ministro Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, para a pasta da Educação, no lugar do candidato petista Fernando Haddad. A mudança, que segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, será feita em breve, dará espaço, ainda, para Haddad tirar duas semanas de férias, às vésperas de, finalmente, apresentar sua plataforma à cidade.
Uma vez no Ministério da Educação, Mercadante terá um cargo de maior visibilidade que o atual, podendo desenvolver um trabalho capaz de deixar sementes políticas em milhares de municípios, especialmente os do Interior de São Paulo, onde o PT sempre se mostra carente de apoio. A partir de Brasília, mas com muitas viagens, o ministro será o porta-voz de uma área estratégica do governo, com verbas garantidas pessoalmente pela presidente Dilma. Para ele, uma forte ascensão na estrutura de poder do governo.
Marta Suplicy, na confirmação dessa hipótese, perde duplamente. Pela ida de Mercadante – certamente um dos seus adversários mais fortes dentro do PT, com quem tem diálogo próximo a zero – e pela manutenção de um paulista no Ministério, o próprio Aloizio, o que sempre dificulta a nomeação de mais um representante do Estado para o primeiro escalão do governo. No caso, Marta. A atenuante é que também o Haddad que sai é paulista. Para se ter ideia, porém, do valor de sua vaga na Educação, vale lembrar que o ex-presidente Lula aconselhou Dilma, dias atrás, a promover não uma grande reforma ministerial, mas, ao contrário, a menor possível, para não criar mais áreas de atrito com a base governista. O certo é que, por enquanto, tudo o que se tem de claro nessa possível mexida é fortalecimento para Mercadante, tranquilidade para Haddad e nem um tapinha nas costas para Marta.
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