quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Era uma casa muito engraçada, não tinha teto...



Era uma casa muito engraçada, não tinha teto...Foto: MAURÍCIO CAMARGO/AGÊNCIA ESTADO

GOVERNADOR DE SÃO PAULO, GERALDO ALCKMIN (PSDB), INAUGURA CASAS COM PROBLEMAS ESTRUTURAIS E ENTREGA EM DEZEMBRO CONJUNTOS HABITACIONAIS AINDA NÃO CONCLUÍDOS

05 de Janeiro de 2012 às 07:54
247 – No dia 10 de dezembro, o governo de São Paulo preparou uma surpresa de natal para moradores de São Bernardo do Campo: a distribuição de 188 apartamentos. No ato de entrega, Alckmin disse aos moradores: "Amanhã vai ser o sorteio dos apartamentos e, em seguida, faz a agenda da mudança. Natal já na casa nova". O problema é que nenhum deles está concluído, e as pessoas não puderam ocupar a casa nova.
Num total, 442 casas, também em Jaboticabal (região de Ribeirão Preto) e Caraguatatuba (litoral norte) continuam vazias.
Até ontem operários ainda faziam reparos. Segundo o governo, o custo do empreendimento foi de R$ 12,3 milhões. "Maquiaram para o comício, mas entregar que é bom nada", disse o presidente da associação dos moradores do bairro, Sérgio Nascimento.
Mesmo as casas que foram efetivamente entregues, apresentam problemas. As moradias de Ribeirão Preto estão com infiltração, vazamento e não possuem itens prometidos pelo governo, como aquecedores solares. Na cidade de Viradouro, os problemas se repetem. As ruas não estão asfaltadas e as casas, já ocupadas, possuem pintura inacabada e portas sem maçaneta.
Em reunião na noite de ontem à noite, o governo de São Paulo decidiu cobrar maior rigor das empresas contratadas para fiscalizar as obras entregues pela CDHU. "Vamos buscar o risco zero. Entregamos 15 mil unidades. São falhas pontuais. Mas existem e sempre é possível melhorar. Essa foi a orientação do governador", afirmou o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo.
Na campanha de 2010, o governador defendeu uma nova política habitacional: em vez de construir casas, subsidiar projetos de construção de moradias. Mas os planos de Alckmin podem ser manchados por uma disputa entre o secretário de Habitação, Silvio Torres, e o presidente da CDHU, Antônio Carlos do Amaral Filho.

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