quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sertanejo Universitário com Pós no Exterior é A Cara do Brasil




O sucesso de Michel Teló me chamou atenção.
 
Tudo começou quando ouvi minha filha de 3 anos cantando essa musica que virou febre na Europa e que já vinha fazendo estrondoso barulho pelo Brasil.
 
Não entrarei nas questões relacionadas ao gosto musical, estilos e etc, porque acredito que isso seja perda de tempo. Cada qual tem suas peculiaridades e musica é estado de espírito.
 
Não saberia cantar mais do que o Refrão do “Ai, delícia, assim você me mata...”
 
Por que o negócio é tão absurdamente contagiante que mesmo sem nunca ter parado para ouvir a musica, sei cantar essa parte.
 
Sou simpático a Teló, mesmo sem conhecer a sua trajetória como artista.
 
Não gosto de Sertanejo Universitário porque não me identifico com as letras.
 
Todavia, entendo que estas falem ao coração e ao estilo de vida de muitos Brasileiros, daí todo este estardalhaço. O Sertanejo Universitário, nada mais é do que uma mescla de vários estilos populares como Axé, Pagode, Sertanejo e até pitadas de forró, com um personal stylist cuidado da imagem do cantor, um bom investidor que disseminará centenas de milhares de discos em todos os lugares que você possa imaginar, de igrejas a puteiros, e como todo bom negócio, tentar retirar o lucro depois nas apresentações.

O Sertanejo Universitário é um produto como outro qualquer. Ele tem metas, tem pessoas inteligentes trabalhando nas estratégias de marketing, tem um público sedento para consumir e data de validade para acabar. Inclua nesta Formula: Mulheres bonitas, álcool, badalação, a alma festeira do povo Brasileiro e tudo se encaixará perfeitamente.
 
Mas não estou aqui para fazer a análise da construção de um produto de sucesso. Como observamos em outros estilos, inclusive no Rock, isso é uma realidade há tempos e aquele papinho de artista que se junta e passa anos e anos na estrada procurando seu caminho, batendo de porta em porta por um espaço, tocando por horas e horas em garagens para construir uma carreira, parece não fazer mais parte do cenário atual. Não há mais tempo para isso. A velocidade do consumo deve ser proporcional a velocidade das novidades, porque o tempo de duração de um “artista” é cada vez mais volátil. O Dinheiro sempre mandou e agora manda ainda mais.
 

 
Arrebata toda atenção.
 

 
Tem uma musica tocada nos principais países europeus, dançada por Soldados Israelenses, vídeos com recordes de acessos no Youtube e  o mais interessante...
 
Espontaneamente.
 
Ao transcender as barreiras do Brasil, independente do que diga a letra ou do que represente como arte ou não a elite intelectual desse país em que o sucesso é pecado, como dizia Tom Jobim, , Michel Teló vira reportagem de uma super revista influente do MUNDO e pega todos os holofotes para si.
 
O mais legal?
 
Sem que ninguém enfiasse a musica dele goela abaixo dos Gringos.
 
Sem que tivesse uma assessoria de imprensa moldando a imagem dele como garanhão, ou mesmo criando personagens para agradar menininhas pré-menstruadas, para o mercado INTERNACIONAL.  Por mais interessante e relevante que seja o trabalho de marketing desses importantes profissionais que constroem a imagem dos ídolos teens desse país, sabemos que isso em 99% das vezes acaba por só funcionar por aqui mesmo, e minha simpatia por Teló vem de justamente conseguir transcender isso e comprovar o quanto é extraordinário o poder da internet e a
 
Imprevisibilidade ao programar certas ações.
 

 

 

 
Achei divertido a forma como se disseminou e simpático com um artista que provavelmente nunca imaginou que isso pudesse acontecer, enquanto outros já estavam com milhares de estratégias montadas para atacar o mercado internacional, cheio de regras e com especialistas programando tudo minuciosamente, conseguiu chegar lá.
 





 

 

 

 

Ta sendo divertido acompanhar isso tudo.

Nenhum comentário: